Capítulo XVI

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No outro dia, Ricardo e eu acordamos e fomos direto para o escritório.
Paramos em frente à porta da sala de Ricardo e ele me abraçou.
- Essa noite passou muito rápido. Queria ficar na cama só te paparicando - disse me beijando carinhosamente.
- Por mim, eu ficaria o dia todo agarrada com você, minha delícia - respondi apertando a bunda dele com cara de safada.
- Não faça isso Juliana, ou eu te coloco dentro desta sala e te devoro, hein - falou mordendo meu pescoço.
- Acho que temos tempo, o que acha? - perguntei morrendo de tesão.
Ele abriu a porta da sala e me jogou para dentro, trancou a porta e levantou minha saia.
- Ju, eu não me canso de fazer amor com você. Vamos casar logo, a gente sai em viagem de lua de mel e ficamos um mês sem sair do quarto - foi falando ofegante enquanto desabotoava o terno.
- Quer casar só por causa da lua de mel, safado? - perguntei segurando forte em seu cabelo.
Ele introduziu o pênis dentro de mim, sentou no sofá e eu comecei a rebolar, fazendo com que ele ficasse ainda mais em mim, abocanhou meus seios com vontade e senti um arrepio percorrer meu corpo. Soltei um gritinho e ele pegou minha bunda apertando com força.
- Goza para mim, Ju - pediu quase sussurrando.
Olhei para ele quase desmaiando de tesão e tentei me segurar ao máximo. A excitação tomou conta de mim, minha respiração acelerou e comecei a gemer; ele então passou a me levantar em cima dele e a socar cada vez mais forte, não aguentei mais e gemi alto, gozando freneticamente e ele me seguiu, jorrando aquele jato quente dentro de mim e me preenchendo totalmente.
Exaustos nos olhamos e caímos na risada.
- Eu já disse hoje que te amo? - ele perguntou quase sem fôlego.
- Não, mas eu sei. Eu te amo muito mais. Gostoso - falei puxando o cabelo dele para trás e beijando seu queixo.
Saí do colo dele e percebi que seu pênis ainda estava duro e pronto para uma próxima.
- Nossa! Assim a gente não trabalha hoje - falei olhando aquela coisa linda, grande e rosada.
- Que horas são? - ele perguntou.
- Nove e vinte - respondi olhando o relógio no meu pulso.
- Meu Deus! Elisa está chegando, marquei com ela às nove e meia - disse saltando do sofá.
Fui ao banheiro para me recompor e ele me seguiu.
- Mais tarde quero repetir a dose - falou beijando meu pescoço.
- Você sabe que eu tenho que ir para casa? Ainda não nos casamos, pessoa - disse sorrindo e o olhando do espelho.
- Para Juliana, por favor, muda logo para minha casa e ela será nossa casa - falou me propondo que morássemos juntos.
Meus olhos brilharam com a proposta, só tinha medo de estarmos indo rápido demais.
- Vou pensar nisso, eu prometo - respondi piscando para ele.
Ele abriu um sorriso lindo e isso fez meu coração acelerar.
- Vou ver sua agenda de hoje e depois volto - falei saindo da sala.
Fui para minha mesa, liguei o computador e enquanto eu verificava a agenda de Ricardo o elevador se abriu e Elisa se aproximou. Vi seu rosto todo roxo, sua boca inchada; senti um aperto no peito e me levantei para abraçá-la, que não conteve a emoção e começou a chorar.
- Elisa, pelo amor de Deus o que aconteceu? - perguntei com meus olhos já marejados e muito preocupada com ela.
Coloquei-a sentada e chamei Ricardo.
Ele veio prontamente e quando a viu deu um soco na mesa, revoltado.
- Ricardo cuide dela, vou pegar um copo de água para ela se acalmar - disse saindo rapidamente.
Quando voltei ela já estava sentada no sofá da sala de Ricardo, que estava sentado ao seu lado e acariciava seu o cabelo pedindo que ela se acalmasse.
Ele me olhou e eu entreguei o copo para que ela bebesse.
Ela pegou o copo tremendo e chorando muito ainda.
- Elisa se acalme, preciso saber o que aquele infeliz fez com você - Ricardo disse com raiva.
Ficamos do lado dela, que foi se acalmando aos poucos e começou a nos contar.
- Ontem, quando meu marido chegou em casa e o chamei para jantar, ele começou a me xingar e jogou um copo em mim. Quando eu reclamei, ele me deu socos na cara e disse que me odeia, que sou a desgraça da vida dele, que se não fosse o dinheiro que tenho para receber ele já teria me matado para voltar a viver a vida dele - ela falou descrevendo o que tinha acontecido.
- Meu Deus! - disse colocando a mão na boca.
- Desgraçado - esbravejou Ricardo com ódio - Vamos agora à delegacia, você precisa dar parte dele.
- Não Ricardo, por favor, ele me mata - ela falou tremendo.
- Elisa, você precisa dar parte dele, senão da próxima vez pode acontecer algo ainda pior - falei vendo seu estado.
- Juliana, ele estava nervoso, é só eu ficar quieta e ele não fará mais, a culpa foi minha, eu reclamei, não devia ter reclamado - falou dando desculpa para as ações de seu marido.
- Não, Elisa. Isso não pode acontecer. Você precisa colocar um ponto final, a gente dá um jeito de te esconder até terminar o processo de divórcio - Ricardo disse, tentando persuadi-la.
- Elisa, muitas mulheres passam por violência e não fazem nada achando que a culpa é delas e acabam morrendo nas mãos de seus maridos, não seja mais um número, faça a diferença - expliquei tentando fazer com que ela entendesse o quanto isso é sério.
- Não posso fazer isso, ontem eu descobri que estou grávida, acho que acabei engravidando no dia que ele chegou bêbado e me pegou à força. Não quero que meu filho nasça sem pai - falou chorando.
- Se você continuar assim pode ser que seu filho nem chegue a nascer - falei tentando chamá-la para a realidade.
- Vamos fazer o seguinte, eu já marquei o psicólogo para você hoje, então depois a gente vê isso, o que acha? - perguntou Ricardo.
- Tudo bem, melhor falarmos sobre isso depois - respondeu Elisa se acalmando.
Ricardo me pediu para cancelar todos os compromissos dele e nós acompanhamos Elisa ao psicólogo.
Quando a sessão de Elisa terminou, eu e Ricardo entramos na sala da psicóloga e ela nos disse para não deixarmos Elisa sozinha, pois já na primeira conversa ela percebeu que Elisa estava em um estágio perigoso de depressão e, neste estágio, a pessoa costuma tentar o suicídio.
Ficamos boquiabertos ao ouvir tudo que ela dizia, então levamos Elisa para a casa de Ricardo e tentamos convencê-la a dormir no quarto de hóspedes, mas foi em vão, ela prometeu que ficaria bem e quis ir para sua casa. Nós a levamos até lá e fomos embora, com muito medo que algo acontecesse.

O Poder Do Amor - Obcecada pelo chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora