Eu existo em Você - (Romance Gay)

27 - Luz da Esperança

Felícia ficou perplexa após ler aquele email, não sabia se podia acreditar naquela informação. Sem conseguir controlar sua ansiedade, ela ligou para outra secretária, amiga sua que trabalhava em outro setor da empresa.

Depois de quinze minutos de espera, a outra secretária chegou e Felícia pediu para que esta ficasse em seu lugar, até o fim do expediente. Pois ela alegou, que tinha que sair pra resolver um problema urgente. A outra secretária concordou e Felícia à agradeceu muito. Antes de ir embora, ela conversou com a nova estagiária da presidência, Sofia; uma garota bem magrinha de 19 anos, morena clara, que havia substituído Fernando. Felícia deixou bem explicado, algumas tarefas que a garota deveria fazer.

Em seguida, sem mais perder tempo, Felícia se dirigiu pro heliponto da torre dois e correu até um helicóptero da empresa, que estava lá parado. Bateu na janela do piloto, que estava limpando o painel de comando. Ele abriu a porta da aeronave e perguntou:

-Você por aqui? Em que posso te ajudar?

-Oi Ximenes, tudo bem? Eu preciso que você me leve, urgente, nesse lugar aqui. _Explicou Felícia, mostrando uma localização pelo celular.

Ele se assustou um pouco e respondeu:

-Nossa Felícia, mais isso aí fica fora da cidade.

-Por favor Ximenes, não custa nada. É um caso de vida ou morte. _Suplicou ela.

-Hum, não sei se é uma boa ideia. Meu trabalho é fazer o transporte do presidente, vice e executivos da empresa. Se um deles chegar aqui e eu não estiver, estou frito. _Disse o homem, enquanto passava a mão no queixo.

-Ah, por favor Ximenes, não custa nada! Eu fui vice presidente da Diamonds por um mês, quando o Eduardo viajou pra Dubai. Isso deveria contar sim. _Implorou ela, fazendo preces com as mãos.

-Ah, não sei não senhorita. Não quero me envolver em confusão.

Depois de ouvir isso, Felícia ficou brava e disse:

-Ah Ximenes, por favor, não seja injusto! Você lembra que está me devendo um favor?

O piloto logo fez uma careta de surpresa e questionou:

-Que favor?

Ela apenas arqueou uma das sobrancelhas, fazendo uma cara de sarcasmo e ele já lembrando do que se tratava, respondeu:

-Ah sim. É verdade. Você me venceu moça. Sobe aí, a gente vai ter que ir na velocidade máxima.

Em seguida, ela entrou no helicóptero com um sorrisinho de esperteza, estampado no rosto. E logo partiram.

Meia hora mais tarde...

Edu/Denis estava sozinho no sítio cortando lenha, próximo a casa. Fernando havia saído bem cedo, pra trabalhar numa pequena vila, não muito longe dali.

Denis estava muito concentrado no que fazia, exigia uma força e habilidade que ele acabou adquirindo nos últimos meses. Quem diria, se isso fosse há pouco mais de um ano trás, ele nunca imaginaria que poderia ter aptidão, pra fazer esse tipo de serviço braçal. Vestia um macacão jeans, botas pretas e a camisa xadrez branca, estava pendurada em sua cintura. Pois minutos antes, tirou, porquê estava com muito calor.

Ouvindo apenas o canto dos pássaros e o som que fazia, do vento batendo na copa das árvores, logo o rapaz ouviu um ruído diferente, que durou alguns segundos, mas logo passou. Estava distraído com o trabalho e não deu muita importância a isso.

Instantes depois, Edu ouviu uma voz, que gritava:

-Denis, eu sei que é você!

O rapaz percebeu uma voz familiar e logo se virou, levando um grande susto. Largou o machado no chão e disse: