33 - Sem chão

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Denis não podia acreditar no que estava vendo. O verdadeiro Eduardo estava bem ali, na sua frente, dentro de uma cápsula de vidro, cheia de um líquido azulado. Parecia estar preso por alguns fios, que estavam grudados por todo seu corpo. 

Logo, ele perguntou desesperado:

-Samira, ele está vivo?

Ela muito nervosa, respondeu:

-Eu não sei te dizer.

Denis logo gritou, ainda mais nervoso, apontando o taser para a cabeça de Samira:

-Ele está ou não está vivo? Me responde!

-Eu não sei! Ele está internado numa espécie de criogenia. _Disse ela muito angustiada, quase chorando pela pressão do momento.

Denis começou a tremer e soar frio. Pensava no que fazer, mas logo ordenou:

-Como tira ele dessa coisa? Tira ele daí, agora!

-Não dá! Não posso tirá-lo. 

Denis furioso, frisou:

-Eu disse, tira ele daí agora! Se vira! _Continuava apontando a arma pra Samira. 

Ela com muito medo, se dirigiu á um dos computadores ali próximo e digitou alguns códigos e senhas. Em seguida, disse:

-Eu acho melhor você se afastar um pouco. 

A cápsula começou esvaziar o líquido azul, drenando tudo, devagar. Em seguida, o vidro se abriu totalmente e começou a sair uma fumaça branca dali. A parte metálica se abaixou um pouco e o corpo do verdadeiro Eduardo, foi em direção ao chão. Mas antes que caísse, Denis o agarrou e o abraçou, bem forte. Depois começou a tirar todos os fios, que estavam presos nele. 

Eduardo vestia apenas uma cueca box branca e estava com os olhos bem fechados. Denis começou a limpar seu rosto e acariciar seu cabelo, que estavam mais cumpridos, do que eram antes. Ele tentou ser forte, mas logo começou a chorar igual uma criança. Não acreditava que estava segurando o corpo "vivo", do seu grande amor, depois de mais de uma ano; achando que estava enterrado em algum cemitério em Dubai ou em qualquer outra parte do mundo. Nunca pôde se despedir de verdade dele. 

Mas, inesperadamente, outra grande surpresa lhe era revelada. Lentamente, os olhos de Eduardo Bergamaschi foram despertando e seu amado não acreditou no que viu. Estava reagindo e finalmente falou:

-Denis meu amor, é você?! Está com o mesmo rosto que o meu, mas sei que é você. 

Denis não se aguentou e desabou a chorar, dizendo:

-Eduardo?! Não acredito que está vivo. Depois de todo esse tempo. 

Denis lhe deu um abraço tão apertado, nunca havia demostrado um amor tão grande por alguém, desta maneira. 

Entretanto, aos poucos percebeu que Eduardo estava muito frágil e tentou deixá-lo mais confortável. Era uma cena muito comovente de se ver. Samira também começou a chorar, vendo tudo aquilo acontecer. 

Porém, a voz séria de outro homem, atrapalhou todo o momento: 

-Eu não acredito que você teve a coragem de arriscar todo um planejamento, bater em pessoas inocentes e invadir uma área de segurança restrita. Estou decepcionado com você, Denis.

O rapaz muito assustado, olhou pra trás e disse surpreso:

-Dr. Andrews? O que senhor faz aqui?

-Sim. Eu vim o mais rápido possível, pra tentar impedi-lo de fazer essa tremenda burrice! Mas pelo visto, cheguei tarde demais. 

Denis resolveu encostar Eduardo num balcão próximo e se levantou, indo bem nervoso em direção a Andrews, dizendo:

Eu existo em Você - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora