Capítulo 06

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A minha cabeça estava prestes a explodir.

Acordei morrendo de dor de cabeça, mas segui com os olhos fechados, foi quando eu senti um peso sobre mim, mas precisamente um braço que me envolvia como se fosse um abraço.

Puta que pariu.

Abri os olhos e me deparei com o Luis Gustavo, com seus cabelos grandes caídos sobre o rosto, ele estava sem camisa, olhei rapidamente para debaixo da coberta e me encontrei vestida com a mesma roupa de ontem à noite e ele estava com sua calça.

Me senti mais aliviada na hora, eu não me lembrava de muita coisa de ontem a noite depois do jogo "verdade ou desafio", mas se estávamos vestidos, significa que não aconteceu nada além de beijos, graças a Deus.

Voltei minha atenção ao loiro ao meu lado, ele dormia tranquilamente, comecei a arrumar seus cabelos e fazer um leve cafuné, ele começou a se mexer e eu paralisei na hora, se ele acordasse agora eu nem saberia o que lhe falar.

Levantei da cama lentamente para não acordá-lo, peguei uma roupa e meu celular e segui para o banheiro. Eram 10:00hrs da manhã e as meninas ainda não haviam chegado, havia uma ligação perdida da minha mãe, mas depois eu retornaria. Tomei um banho rápido, coloquei uma regata branca com um shorts preto, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo e fui para a cozinha.

Preparei um café da manhã e liguei para minha mãe que já deveria estar surtando por eu não ter ligado para ela no dia anterior e só ter respondido suas mensagens hoje, a mesma atendeu logo no segundo toque e me encheu de perguntas e sermões.

– Mãe ta tudo bem, eu só sai com uns amigos e acabei esquecendo de ligar – eu repeti pela 3º vez para ela que continuava a dizer que eu já não me importava mais com ela.

– Agora que conheceu gente nova nem lembra mais da família – ela falava até que o Luis Gustavo gritou do corredor meu nome – quem é?

– Vou ter que desligar agora mãe – ele apareceu na cozinha, ainda sem camisa e com um sorrisinho no rosto.

– É um menino Julia? Você ta namorando e não me contou?

– Eu não to namorando mãe, é um amigo que dormiu aqui – olhei para frente e o mesmo permanecia com um sorriso travesso na cara e com as sobrancelhas erguidas – só faz uma semana que eu estou aqui, depois eu te ligo, tchau, manda um beijo pro meu pai.

Ela murmurou um "tchau" e eu desliguei o telefone, me sentei na bancada e encarei o menino à minha frente.

– Bom dia flor do dia – ele falou, murmurei para ele a resposta e ele continuou – pensei que depois de ontem nós já estávamos mais que namorando amor.

– Como assim Luis Gustavo Ferraz? – eu gelei, eu só posso que fiz merda – eu não me lembro de nada de ontem.

– Você me pediu em namoro, depois me obrigou a vir pra sua casa, nós tivemos uma noite bem cansativa e cheia de amor, se é que me entende – eu arregalei os olhos e ele gargalhou alto.

– Seu idiota, quase tive um infarto, não brinca com essas coisas – bati no seu braço enquanto ele não parava de rir – é serio, eu não me lembro de nada de ontem depois daquele jogo.

– Digamos que você bebeu pra caralho, a gente até dançou e ficamos mais umas vezes, quando era umas 4:00hrs você quis vir embora, eu te trouxe, porém você não queria dormir sozinha e começou a chorar pra mim ficar – escondi minha cara com as mãos e ele riu tirando-as – a gente só deitou e dormiu, te juro.

– Obrigada por ficar aqui comigo e desculpa por te obrigar a ficar aqui – ele franziu a testa e começou a se servir de café – você entendeu.

Broken HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora