Capítulo 6

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1889

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1889

— Desça daí, Eliza.
Ezequiel ri quando me vê chegar ao topo da macieira.
—O melhor fruto sempre estará no alto.
Eu resmungo, me lembrando dos conselhos que papai costuma me dar. "Uma donzela deve ser valiosa. E sabes como ela se faz assim, querida!?Acreditando que de fato o é."
As palavras de meu pai reverberam em minha mente.
Não entendo o que ele quer dizer e nem ao menos me importo para que me esforce para conseguir.
Ezequiel balança suas mãos como se dissesse que não ia adiantar me dizer absolutamente nada, e corre em direção ao lago.
Quando finalmente consigo apanhar a maça mais vistosa desço da árvore ansiosa para me juntar ao meu amigo que estás dentro da água, que por sorte não estas congelando, mas que ainda assim faz meu amigo tremer.
— Ai!
A maçã cai da minha mão e no desespero para tentar segurá-la, acabo caindo também.
Levanto do chão, me sentindo apreensiva ao ver meu vestido sujo. Bato minhas mãozinhas nele para tentar tirar a poeira, mas não obtenho um bom resultado.
  Ao recordar da maçã que lutei para conseguir, finalmente ergo meus olhos.
Com delicadeza um garoto limpa a fruta em sua roupa e a estende para mim.
Ele tem rosto branco e marcado por uma vermelhidão incomum.
Garotos não costumam chorar.
Olho para trás e vejo meu amigo brincando, indiferente ao que estás a acontecer. 

—Qual seu nome?

O menino pergunta quando percebe que não terei coragem de pegar a fruta que está em suas mãos.
Mesmo desconfiada acabo o respondendo.
— Eliza Roberts.

Não o pergunto seu nome, pois Mariana, minha amiga, se aproxima às pressas em nossa direção.
Ela gargalha quando me alcança.
— Seu pai estás a nos procurar.  Arregalo meus olhinhos e ela faz uma careta.
Fico desesperada no mesmo instante. Sem olhar para trás nos damos as mãos e saimos correndo.
— Ezequiel!!
Gritamos em uníssono fazendo nosso amigo se assustar.
Caímos na gargalhada.
Só existia um motivo para agirmos tão desesperados. Um dos nossos pais havia nos descoberto.
Desta vez foste o meu.
Ele sai da água rapidamente e calça seus sapatos.
Nós corremos rapidamente antes que meu pai consiga nos achar.
Graças a Deus conseguimos escapar dessa vez. Por esse motivo estou na janela do meu quarto com um sorriso de orelha a orelha. Não foi dessa vez que fomos descobertos e acredito que nunca seremos. Somos os melhores amigos e cúmplices que já existiram em Churchill.

Ѽ


1896

Objetos são provas.
Ao fazer algo "errado" deve se ter cuidado com o que deixa para trás.

  Pistas.

  Eliza costumava ouvir isso, mas devemos concordar que na prática nada se torna tão simples.

A Mansão de ChurchillOnde histórias criam vida. Descubra agora