Sophie amou Noah. Isso me preocupava na mesma medida que me alegrava. E eu não sei o porquê da mistura de sentimentos tão extremos. Não tenho motivos para ficar alegre com a boa relação dos dois, da mesma forma que eu não tenho o porquê ficar preocupada com essa aproximação.
Soph é criança ainda, não entende as coisas. Então preciso tomar conta dela e das coisas que ela fala ou faz. Por mais que Noah seja inofensivo para a minha irmã, eu tenho estado no modo alarmante o tempo todo. A cicatriz na minha mão não me deixava relaxar.
Então ela decidiu o transformar em seu melhor amigo, ótimo. Passeia com nós, Noah?, quem diria não para a carinha que ela fez? Então, ele disse sim. E aqui estamos nós.
Ele está com a guia de Ève e Soph com a de Océ, eles conversam sobre o quão peludinhos e fofinhos eles são e quanto demora para fazê-los parar para tomar banho. Océane é de boa com isso, mas Ève? Parece que estão queimando os pelos dela, Sophie disse e eu ri. Ela nunca dissera algo tão verdadeiro quanto isso.
- Lucie, Lucie - ela balançou a manga do meu moletom, a olhei. - Olha, algodão doce mana.
Meus olhos brilharam em desejo. Algodão doce é a minha cocaína, com certeza. Ela sorriu, sabia que eu ia comprar e ela iria ganhar com isso. Obviamente.
- Você quer? - Perguntei, já sabia a resposta de qualquer jeito. Ela balançou a cabeça rapidamente em sim. Agora meu olhar era para Noah. - Você também?
Ele imitou Sophie e eu gargalhei.
- Tá bom, crianças. Esperem aí - eu disse e fui em direção ao carrinho de algodão doce.
Pedi um azul água, um rosinha fraquinho e um de cor estranha, mas não era feia. Apenas peculiar. Entreguei o dinheiro e o senhor me deu uma bala de troco, agradeci e voltei para eles.
Entrei o rosa para minha irmã e o de cor peculiar para Noah, ficando com o azul água. Ele me olhou, pidão. O que isso significa? Ele quer o meu algodão doce? Não! Não mesmo.
- O que foi, pequeno lobo? - Perguntei ao me sentar ao seu lado. Vi que as filhotes estavam presas no banco e que Sophie estava entretida com seu doce. Mamãe vai me matar. - Ei, Soph. Sophie? Nada de dar algodão pras duas.
Ela revirou os olhos e colocou o pequeno fiapo de doce na boca. Bufei.
- Por que você me chamou de pequeno lobo? - Noah sussurrou.
- Porque seu sobrenome é Jacob.
- Como você sabe?
- Ouvi Joshua gritar "Noah Jacob Urrea, se você não fizer algo mimimi mimimi mimimi".
Dei de ombros e ele gargalhou, imitando meu mimimi em seguida com minha irmã. Dei o dedo pra eles e falei para Sophie nunca repetir esse gesto porque é feio.
- Então por que você fez? - Ela perguntou.
- Porque eu posso.
- E porque você pode? - Noah incentivou. O encarei, desejando ter olhos lazers apenas para vê-lo sofrer por uma fração de segundos.
- Porque eu sou a irmã mais velha, simples.
Soph concordou, pensando em algo para me responder.
- E quando eu for mais velha eu vou poder fazer isso também?
- Só quando for maior de idade - falei.
- Mas você é menor de idade, Lu - Jacob continuou. Céus, ele é péssimo!
- É mesmo, Lucy!
- Mas, como eu disse antes, sou a irmã mais velha. Eu tenho o direito, está nas leis de irmãs mais velhas.
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Who Would Think of Our Love ~ Noah Urrea
FanfictionOnde Lucie, uma adolescente normal como qualquer outra de Los Angeles, começa a ter sonhos com um desconhecido, que, eventualmente, viria a ser seu par de física.