12. Your hands, keep your hands one me

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Olhei pra Noah em cima de mim. Analisei a forma que seus cachos caiam sobre sua testa. Estudei seus traços, suas formas. Observei a sua boca meio aberta, ora mordia seu lábio e ora o molhava com a ponta da língua. Percorri o olhar por todo o seu rosto, namorei cada detalhe dele.

Eu podia ouvir a voz da Billie Eilish no fundo, mesmo que baixo e quase inaudível, ela dava um toque especial ao momento. Mas não foquei nisso, não tinha como meu cérebro se concentrar em uma música enquanto eu sentia Noah deslizar sua mão em minhas costelas.

Estávamos sozinhos, nada nos impedia.

Ele puxou minha blusa e a atirou, não vi onde e não me importei com aquilo. Estamos em contato de pele, eu podia sentir a sua epiderme tocar na minha e deixar rastros. Como se seus dedos queimassem minhas células, um fogo de prazer.

A cada beijo que Noah deixava em meu corpo, minha alma queimava no fogo que ele próprio tinha acendido. E eu o deixei acender. Não me importei se, após a noite, ele saísse pela janela de manhã. Ou se, eventualmente, me jogaria um balde de gelos.

Urrea me beijou. Seu beijo me causava borboletas no estômago, da mesma forma que seu sorriso me deixava de pernas bambas. E então, ele sorriu e distribuiu beijos em meu rosto.

Talvez eu já seja dele e ele já seja meu, não de hoje, ou de semana passada. Mas sim de alguma vida passada. Sei que a nossa ligação é intensa.

Ele desceu os beijos para meu corpo novamente, beijou toda a extensidade do meu colo. Continuou descendo para minha barriga, coxas, costelas, braços. Noah beijou cada centímetro que ele podia, e eu amei cada sensação.

Logo tirou meu sutiã e me olhou. Olho no olho, sem desviar para meu corpo seminu. Ele colocou sua mão no meu rosto, fazendo carinho, e me beijou. Eu apertei os fios suados da sua nuca.

Seus lábios tocaram, finalmente, meus seios. Noah, por mais receoso que estivesse, beijou toda a epiderme, depositando um chupão entre os meus seios. Eu podia sentir o sangue correr junto da adrenalina, o prazer se espalhar cada vez mais em mim. Minhas costas arquearam, fazendo-o rir. Meus dedos puxavam os fios de cabelo de Urrea, a procura de algo que me deixasse sã.

Eu me contorcia sob ele, me segurando para não gritar. Para não lhe dar o gosto de me ouvir chamar por ele. Até eu sentir sua língua na minha pele, me trazendo mais sensações do que eu achava que era possível.

Noah Urrea era como uma droga, a forma que ele me fazia me sentir enquanto me tocava era uma droga. Eu não sabia quão dependente eu ficaria após isso, depois desta noite. Ainda assim, me deixei levar pelas suas carícias.

O americano pôs as mãos nas minhas costas, me erguendo em seu colo enquanto nos beijávamos. Minhas unhas arranhavam suas costas, as suas me seguravam pelas coxas.

- Lucie, você não faz ideia do que está fazendo comigo nesse momento - ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

- Não é só você que está assim, amor - Noah sorriu.

- Ei, você aí. Podemos ir para o próximo nível? Querida, você se atreveria? Não tenha medo. - Cantarolou enquanto me fazia carinho.

Eu o olhei, desacreditada que ele tinha citado James Arthur enquanto estávamos quase transando. Ri fraco, vendo-o enrubescer. Me perguntei se tinha como ele ficar mais lindo do que estava agora; ou se alguém já o tinha visto tão vulnerável desta forma.

Noah me deitou novamente, terminando de tirar as nossas roupas. Tirou uma camisinha de dentro do bolso da calça jeans escura que estava usando quando chegou, o que me fez pensar se ele já sabia que iríamos terminar assim no fim da noite.

Who Would Think of Our Love ~ Noah Urrea Onde histórias criam vida. Descubra agora