Compromisso inadiável.

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Regras não são para todos. 

Capítulo 13

Ir para escola já é estranho imagine quando se é o centro das atenções. Isso me deixou desconfortável, principalmente pelos olhares serem de dó. 

- Como foi no reformatório Misoo? - Taehyung diz um pouco atrás de mim, me viro e sorrio, o mais simpática possível. 

- Foi uma visita agradável, obrigada por perguntar! - me viro sem esperar resposta. 

Vejo Jeon ao longe está parado em frente à seu armário, ele nem parece ligar para uma aglomeração a alguns metros. Antes que eu mude a direção a mão de Nina em minhas costas me faz continuar. 

- Todos para suas salas! - A deliciosa voz do Diretor Lee. Estava com saudades. Ele grita com os alunos, eufórico. Me aproximo, a presidente do Conselho estudantil chegou. 

A cúpula de vidro onde os troféus ficam virou um aquário. Tampo a boca para não rir, peixes dos mais variados nadam tranquilamente por entre os troféus, em seu novo lar. Novamente houve uma trolagem/quebra de regras, esse sujeito é ousado. 

Regra 6: Não tocar na cúpula de troféus, não brincar perto dela e a manter sempre fechada e com o vidro limpo. 

Era óbvio que o "vândalo engraçadinho" iria atacar o ponto fraco do diretor Lee, só ele não se tocou. Como presidente do Conselho estudantil eu devia parar quem quer que seja porém eu estou me divertindo. 

- Precisam de você na sala do Conselho, senhorita Kim! - Senhor Lee se virou. Fiz uma reverência e passei rápido por ele. 

Os corredores estão vazios, obrigada por isso Senhor. Abro a porta de madeira e encontro todos os representantes sentados, os olhares se encontram todos a mim e eu me sento na cadeira entre a vice-presidente e o representante do lazer escolar. 

- Então, o que foi? - gesticulo com os dedos. 

A vice-presidente se arruma na cadeira e começa a dizer:

- O diretor Lee pediu para que nós do Conselho estudantil organizarmos uma festa de encerramento. Que será na sexta-feira antes das férias de verão e dois dias depois do A.E.M, precisamos criar um tema. 

De começo achei ridículo, Lee nunca faria isso. Mas, o colégio já está todo ferrado mesmo, porque não uma festinha para comemorar? 

- O que vocês decidirem pra mim está bom! - Suzi, quase vomita com a minha indiferença e eu a encaro. - Está bem, vice-presidente? 

Ela faz que sim com a cabeça e eu peço para que continuem. 

¤¤¤

Assim que abro a porta de casa, papai, Camila e Munique estão sentados na mesa. Ele sorri, mas não por estar feliz em me ver. 

- Acho que temos muito para conversar! - appa se pronuncia, imponente. 

- uhm, acho que não, esqueci meus tapa ouvidos. - rezo para que ele me libere mas isso não acontece. 

- Senta! - suspiro e me jogo na cadeira. - Quero saber que merda de história é essa! - sua voz se altera e eu quase tampo a boca, papai nunca fala palavrões. 

- Foi... 

- Se é pra contar mentiras fique de boca fechada! - interrompo Munique. - ela subiu na mesa do colégio e gritou para que todo mundo ouvisse que ela faria uma festa na casa "dela". - faço aspas ironicamente. - Então se resolva com a sua filha! - me levanto, minha mãos tremem de raiva e aí lembro que não tomei os medicamentos hoje. 

Regras não são para todos. Onde histórias criam vida. Descubra agora