Jack fez como o combinado veio na casa de Cláudia assim que resolveu as coisas com o bandido, mas não veio com boa notícia não. Veio para dizer que estava partindo em busca de prender a gangue do tal Zebu, segundo os comentários que chegou das cidades vizinhas que ele vem matando cristãos por todos os lados e que estava acobertado por um homem que se fazia de pastor. Não sabemos quem é o farsante, mas sabemos que talvez pegando o Zebu o outro apareça.
- É uma pena ter que ir Jack. - Gabriel fala o abraçando.
- Ei campeão, um soldado tem que estar pronto para ir e vir, acredito que não me demoro lá. - ele diz e me olha me fazendo baixar a cabeça, se eu ficasse o olhando iria chorar na sua frente e não seria bom.
- Vem Gabriel vamos terminar as tarefas. - Claudia diz e me olha como se dissesse aproveita o tempo com ele. - Jack vamos ficar orando que se suceda tudo em paz em sua viagem.
- Claudia. - ele a chama. - Por favor pode ajudar Débora com os preparativos do casamento? Assim que eu chegar quero que esteja tudo pronto já. - ele diz me abraçando de lado.
- Claro que posso, será uma honra. - ela diz sorrindo e entra com os filhos.
Ficamos um bom tempo só sentindo um ao outro sem falar nada.
- Acredite eu não queria ir. - ele diz como sabendo que eu pensava que ele deveria ficar.
- Nem sempre fazemos o que queremos não é? - falei tentando sorrir, mais estava difícil.
- Débora por favor seja forte, sei que é difícil me ver partir sem data para retornar e em algo arriscado, mas não fique sofrendo, se envolva com nosso casamento pois acredite que quando eu chegar nos casaremos do jeito que tiver.
- Vou me mudar com a Liz para nossa casa posso?
- Claro que pode, até porque quando eu chegar também quero morar lá. Pode já pegar minhas coisas na pensão e levar para lá se quiser.
- Sério? - digo surpresa por ele realmente querer casar assim que chegar.
- Meu trabalho é incerto, hora to aqui e hora to ali, se não nos casarmos logo tenho medo de ser enviado a outra missão e lhe deixar sem uma aliança nessa mão. - diz beijando minha mão esquerda.
- Não confia em mim é isso?
- Não meu amor, só quero ter a certeza que tenho esposa e filha esperando por mim.
- Eu te amo Jack.
- Eu também te amo Débora.
Pegou minhas duas mãos, deu um beijo em cada uma se demorando mais na esquerda e oramos para ele partir. Claro que chorei, mas foi um choro diferente, um choro de esperança que ele não iria demorar voltar para mim.
Uma semana depois...
Faz uma semana que Jack partiu e não recebemos notícias de como está. Eu e Liz já estamos morando na nossa casa, tenho ocupado minha mente em organizar o casamento, cuidar dela e os cultos que estão sendo de oração pela causa dos soldados.
Ao termino da aula vou deixar Gabriel na lanchonete e aproveitar para comprar almoço quando ouço barulho vindo da rua, coloco a cabeça para fora da porta e vejo uma comitiva de soldados vindo e ouço.
- Olhem é o Jack! - Gabriel grita batendo palmas e abraçando Liz.
Eu não digo nada só saio correndo em direção aos soldados e quando Jack me vê desce de Trovão e vem ao meu encontro.
- Saudades Jack! - digo ainda o abraçando.
- Não sabe como sonhei em te ver cada minuto que passei longe. Tudo pronto podemos nos casar?
- Sim Jack tudo pronto. - digo o soltando e dando espaço a Liz que o agarra pelas pernas e ele a puxa para o seu colo.
- Oi minha pequena linda.
- Você demolou muito papai, eu estava ficando sem assunto com Deus já.
(risos)
- Mais papai chegou e vamos ficar todos juntos ouviu?
- Nós estamos molando na casa nova. - ela diz bem fofinha e ganha um beijo de Jack.
- Posso morar lá também? - ele pergunta olhando para mim.
- Pode mamãe? - ela manda a pergunta para mim.
- Só depois que agente for para a festa do casamento não é Liv? - digo e ela faz um gesto para o pai de que não tem nada a ver com isso.
- Tudo bem amor, amanhã será a festa e eu vou para casa com você. - ele diz a beijando e soltando ela que corre para o primo contando a novidade.
- Amanhã? - pergunto.
- Queria hoje amor? - ele diz me abraçando.
- Não Jack. Eu só achei que você...
- Que eu ia desistir?
- Não é isso, mas acabou de chegar estar cansado.
- Débora se não quer casar comigo diga logo. Estou cansado e por isso não nos casamos hoje, amanhã está bom. Ou devo marcar para o próximo ano?
- Não Jack amanhã é perfeito. - digo sorrindo e o abraçando que tinha me afastado para falar.
- Vem vamos para lanchonete matar as saudades do bolinho de chuva e combinar as coisas para amanhã. - ele diz pegando na minha mão.
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Deus é Deus
SpiritualLivro 11 Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...