Capítulo 52 - Enterro

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Mesmo contra minha vontade, fui para o velório de Jack no dia seguinte

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Mesmo contra minha vontade, fui para o velório de Jack no dia seguinte. Eu não aceitava enterrar alguém que não apareceu. Talvez estivesse vivo em algum lugar do deserto. Não poderia julgar os oficiais e dizer que não tentaram achar meu marido, mas lá no fundo é como se algo na se encaixasse.

Quando o general termina de externar seus sentimentos, eu peço licença e me retiro, a primeira coisa que faço é soltar o cabelo que estava preso em um coque e começo andar pelo cemitério. Sentindo que não devia estar ali, que tudo era uma injustiça e que Jack não falharia uma promessa a mim. Passo a mão em meu ventre lembrando que havia pedido a Deus para quando ele voltar eu engravidar novamente e o alegrar.

- Mamãe? - ouço Liv me chamar.

- Oi filha. - digo virando para ela.

- Não acha estranho enterrar um caixão vazio?

- Sim filha para mim é errado demais, por isso não continuei lá. Mas são regras do quartel e não podemos fugir.

- É como se o papai não tivesse mesmo morrido. Aceitando essa cena ali na frente é aceitar que desistimo dele e eu não desisti mãe. - ela diz me abraçando e chorando.

- Eu também não desisti de seu pai filha.

- O Josh estava com a ideia de orarmos juntos para ele voltar.

- Pois vamos fazer isso todos os dias até esse dia chegar. - digo a abraçando mais forte e beijando sua cabeça.

- Obrigada mãe. Ele faria o mesmo por nós.

- Seu pai é excepcional filha.

- Meus pais são. - ela diz e sorri para mim.

- Vamos voltar e fingir que aceitamos e fazer nosso plano B entrar em ação hoje. - digo pegando ela pela mão.

Voltamos para o meio das pessoas que neste momento vinham me dar condolências e eu sentia que Liv queria rir e eu me controlava para não olhar para ela, as pessoas não tinham culpa de estar sofrendo junto com agente aquele momento, não importa se Deus colocou em nosso coração para não acreditar em tudo que nos dizem.

Passamos mais algum tempo no cemitério e as pessoas nos contando tudo que ele fez de bom que não sabíamos e tantas pessoas que ele ajudou e meu coração se enchia de orgulho e felicidade do marido que Deus me deu.

- Mãe quero ir para casa. - Josh falou enquanto a senhorinha me contava como Jack salvou o cachorro dela do abismo.

- Vamos sim amor. - digo olhando para ele que já bocejava cansado.

- Eu vou para a lanchonete mamãe. - Liv disse.

- Então vamos todos, pelo menos Josh come algo da tia Claudia.

- Então vamos logo, não gosto de ficar aqui. - Josh diz aborrecido. - Ali não está meu pai, ele disse que ia tomar conta de vocês só enquanto ele não voltava, e ele não avisou que ia morrer, então não vai morrer assim, temos muito a fazer na obra juntos.

- Pobre menino não se conforma com a perda. - a senhorinha disse e saiu enxugando as lágrimas depois de ouvir o roupante de Josh.

Seguimos então calados para a lanchonete e chegando lá fizemos uma reunião com a extensão de nossa família ali para que eles entrem na nossa empreitada.

- Vocês entenderam? - Liv pergunta olhando para o pastor.

- Sim pelo que vi, Deus revelou a vocês que Jack pode estar perdido e ferido por aí em algum lugar. - pastor Thiago fala.

- Sim pastor eu acredito nisso. - digo olhando para meus filhos. - Vocês nos ajudam em oração?

- Faremos muito mais. Tenho amigos na polícia e vou pedir para investigar para nós. - ele diz.

- Isso é perfeito! - Josh diz.

- Então vamos começar orar hoje, todas as noites e todas as manhãs.

- Combinado. - disse Claudia. - Agora vamos todos comer o pudim que fiz se não vou deixar vocês um mês sem bolinhos de chuva.

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