Jack narrando:
Eu estava tão orgulhoso de Débora, ter feito um voto concernente a nossa vida foi tão lindo e romântico que por alguns minutos esqueci o real motivo de estar ali. Quando ouvimos a parede deslisar eu só orei mentalmente que nada de ruim nos acontecesse ali. Mas então ouvimos a Liz chamar e meu coração se partiu em mim quando ouvi ela dizer que estava com medo.
Estou a todo galope em direção a cidade, preciso arranjar alguma pessoa que me ajude a cavar um buraco para ela passar. Tenho que pegar Napoleon também pois ela pediu.
- Jack aqui! - ouço me chamar e quando olho é Claudia e algumas das irmãs. - Onde está Débora?
- Está na mina preciso encontrar os homens urgente, Liz está presa lá e Débora machucada.
- Ai Jesus, eles acabaram de sair foram se espalhar pela floresta, com cães e disseram que só voltam quando encontrar a menina. - Lívia diz colocando as mãos na cabeça.
- Claudia veja um outro cavalo para mim, vou pegar ferramentas e voltarei para lá.
- Não pode ajudar muito só Jack. - Lêda diz e eu a olho esperando ela me dizer o que pensa. - Eu vou lhe ajudar, já trabalhei muito com enxada e posso ajudar, Débora doente não não será útil não é?
- Tem certeza? Pode ser perigoso. - Não quero colocar mais ninguém em apuros penso.
- Eu também vou. - Livia diz indo pegar as ferramentas.
- Então vamos todas. - Claudia diz e olha para Leonor. - Pode ficar com as crianças?
- Claro que posso, vamos fazer uma vigília. - Ela diz com um sorriso doce.
- Então vamos logo, elas estão com medo lá. - digo ficando impaciente, meu pensamento não sai da voz de medo de Liz e a cara de assustada de Débora.
- Jack olha aqui o cavalo, vá na frente e nós chegaremos lá, não podemos trabalhar com esses vestidos. Prometo que será rápido. - Claudia diz me entregando os arreios do cavalo.
Não penso duas vezes afirmo para ela com a cabeça e saio debaixo da chuva em direção a mina, antes terei que passar na casa de Fred e pegar Napoleon para levar para Liz.
- Senhor eu não costumo te pedir muito, mas hoje eu preciso que cuide delas para mim, elas são as mulheres de minha vida e não posso perder as duas assim.
Liz se tornou muito especial para mim, quando eu cheguei na cidade que assumi como xerife ela sempre passava por lá e dizia: "Que bom que ainda está aí, sinto que é dificil mais é bom ter um xelife." Comecei a conversar com ela e Napoleon quando voltava da escola, brincava de chá com ela na delegacia e dava a atenção que ela precisava, eu sei que perdeu o pai agora pouco e sinto como se ela se reconfortasse em mim.
Chego na mina e acalmo Débora e chamo minha pequena para conferir se ainda está bem.
- Elas estão vindo, não havia homens na cidade, então vou contar com a ajuda das mulheres.
- Um esquadrão feminino? - Débora pergunta. - É benção do céu.
- É o que temos, espero que dê certo. - digo aperreado.
- Jack nós vamos a tirar de lá.
- Xelife? - ouço minha pequena chamar.
- Oi Liz, estou aqui amor. - digo tentando não soar preocupado.
- É verdade que Napoleon veio me salvar? - acho lindo o modo como é apegada nesse urso.
- Sim minha pequena ele está aqui conosco e só vamos embora junto com você.
Viro para a entrada da mina e vejo cinco mulheres com macacão de operário e ferramentas na mão chegar.
- Jack vamos transferir Débora para aquele lado, não queremos que ela se machuque não é? - Claudia diz olhando a amiga no chão adormecida.
- M-mas ela acabou de adormecer como faço? - pergunto passando a mão na cabeça sem querer sugerir de pegar ela no colo.
- Coloque ela nos braços ora essa. - Lívia diz chateada.
- Tudo bem, se eu apanhar depois a culpa é de vocês. - digo já obedecendo elas. Meu medo era que ela achasse que ultrapassei o limite. Deitei ela com cuidado onde as mulheres colocaram uma colcha enxuta e felizmente ela não acordou, então começamos tentar perfurar a parede e sinto que seria coisa para a noite toda, de vez em quanto eu ou uma das mulheres falava com Liz para conferir que estivesse bem.
O processo durou a noite toda, não paramos um minuto eu estava muito orgulhoso dessas mulheres que se dispuseram a nos ajudar, nossas roupas ficaram pretas, mas conseguimos abrir uma passagem que dava para a pequena passar, eu posicionei Napoleon na entrada e a chamei, ela veio e se agarrou com o urso e depois nos olhou com aqueles olhos lindos e disse:
- Obligada pessoal, vocês são um amor, não é Napoleon? - ela diz e nós nos derretemos.
- É verdade sem vocês não teríamos conseguido soltar a nossa Liz. - Débora diz e me olha com carinho. A menina por outro lado se joga nos braços dela e diz:
- É vedade que você vai casar com o xelife?
- É verdade Liz e você será nossa primeira filha. - digo e recebo um olhar de amor da minha amada. Aliás das duas.
Voltamos para a cidade com as mulheres do esquadrão feminino e elas são homenageadas por Débora na praça pública pela manhã, no culto em ação de graças.
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Deus é Deus
EspiritualLivro 11 Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...