Um ano depois...
Tem um ano hoje que enterramos os pertences de Jack e começamos a fazer orações e o pastor está junto com um amigo detetive investigando onde está os corpos desaparecidos. Faz quase seis meses que finalmente a fatídica guerra acabou e o governo está reconstruindo os lugares destruídos. A investigação tem dado resultados positivos pois já encontramos alguns soldados ou melhor dizendo corpos que estavam desaparecidos. Eu ainda visto luto, por respeito a todos que acreditam que meu amor morreu, mas lá no fundo eu ainda o espero.
- Ainda bem que te encontrei. - Claudia diz vindo em minha direção enquanto saio da escola.
- Eu estava perdida? - digo rindo para o jeito afobado dela.
- Não venha com graça mocinha. É Thiago disse-se que está partindo agora a tarde para uma tribo que tem nas imediações do lago sul e ele soube que os indígenas acolheram cinco soldados feridos lá.
- Oh meu Deus Jack está lá não é? - digo segurando as mãos dela.
- Amiga, nós só saberemos quando Thi chegar lá. Mas é uma luz no fim do túnel sim. Vem vamos para sua casa, estão todos lá em oração.
- Vamos sim, vou só fechar a porta aqui da escola. - digo voltando para a escola. - Claudia! - chamo-a que olha para outro lugar. - Vá na frente eu vou depois.
- Porque? - ela questiona vindo mais perto de mim.
- Quero ficar só por um momento pode ser?
- Você ta bem? - ela questiona já me abraçando.
- Estou sim, mas preciso fazer minha própria oração e prefiro ficar só para isso. Não se importa de ir só?
- Fica em paz amiga, só não demore Thi quer te ver antes de partir.
Fico olhando minha amiga e irmã companheira de todas as horas se afastar, fecho a porta da escola e sigo em direção ao lago.
- Pai eu sei que Tua vontade é sempre boa, perfeita e agradável e que não há nada além de Ti. Mas eu te peço que olhe para nós, essa agonia por saber notícias de Jack, nós precisamos estar cientes do que aconteceu mesmo que seja para agora enterrar ele com um corpo. Honre a fé daqueles que a tanto tempo oram pelo Teu milagre em nossas vida Senhor. - faço minha oração e sigo em direção ao meu lar, aquele lar que meu amor comprou com tanto amor e carinho.
- Olha ela aí. - Claudia diz ao me ver entrar e vejo que estão todos na cozinha comendo.
- Não iam orar? - pergunto rindo.
- Crente é assim mesmo, oração e ação. - Thiago fala apontando para o prato.
- Esqueceu do jejum pastor. - alfineto ele. - Anda fazendo muita ação vai virar uma bola.
- Olha aqui se me ofender não vou buscar seu marido. - ele diz e eu fecho a cara na hora.
- Que foi? - Claudia pergunta.
- Não queria gerar falsas esperanças. - digo sentando perto dela e me servindo.
- Estou partindo o quanto antes, preciso ver com meus próprios olhos e tentar ajudar os outros a chegar nos seus lares também. - ele diz colocando a mão no meu ombro.
- Acho que mesmo que não encontremos o Jack esses soldados que ajudamos terá valido a pena. - digo para ele.
- Amiga a esperança é a última que morre, enquanto tiver um resíduo de guerra teremos esperança.
- E essa é uma grande chance, cinco soldados feridos em uma tribo afastada. - Thiago diz. - Venham me deixar na porta ou vão se arrepender.
Acompanhamos meu amigo até a estação e as crianças estavam tão cheias de esperança que até me senti mais animada a acreditar.
- São cinco dias de viagem de ida e cinco de volta, nesse período intensifiquem a oração e que Deus esteja na frente dessa minha empreitada. - ele diz beijando a esposa.
- Deus o abençoe pastor. - Josh fala como se fosse um homem.
Voltamos para casa e eu peço licença a todos para me deitar um pouco, minha cabeça doía e meu corpo estava todo dolorido.
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Deus é Deus
Tâm linhLivro 11 Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...