Quando eu cheguei no sítio que sr Agnaldo me viu perguntou logo o que aconteceu na cidade, ficou revoltado e decidiu que iríamos retomar a congregação. Jack chegou a noite de sua ronda com a novidade que iria se mudar pro hotel, eu por enquanto ainda ficaria ali com os irmãos, mas também precisaria pensar em me virar só. No entanto, estava feliz pois ia ajudar a dar início a igreja que o prefeito acabou.
Três semanas depois...
Jack não falou mais sobre interceder por mim junto ao prefeito e nem eu toquei no assunto. Depois que ele mudou para o hotel bar, tem vindo pouco aqui, não estou reclamando, mas já reclamando ele bem que podia vir mais vezes ver Dona Maria não acham?
Os cultos estão sendo uma benção, já temos três visitantes e duas pessoas aceitaram Jesus como salvador. Dona Maria foi a última no culto de ontem, uns dias antes foi seu vizinho um jovem senhor chamado Kadu.
Para passar meu tempo tenho ajudado na casa como hoje que estou de lavadeira e voltei a escrever, o silêncio e a beleza do lugar me inspiram.
- Olha só quem tem visita? - Claudia diz se aproximando de onde estendo as roupas.
- Quem? - pergunto olhando para os lados. - Não tem ninguém aqui, não vê que virei varal? - brinco.
- Deixe de brincadeira mocinha é você mesmo, o xerife veio lhe ver. - ao ouvir isso eu senti algo revirar dentro de mim como se eu fosse passar mal, demorei para acreditar.
- Jack?! Oh minha nossa olhe para mim, estou toda molhada. - eu iria infartar de tanto nervoso, imaginando o que ele veio fazer.
- Calma é sobre sua vaga na escola. - ela dizia rindo da minha cara. - Parece que viu um fantasma. (risos) - ela estava rindo de mim, fazia alguns dias que ela disse que eu estava gostando de Jack, eu claro desconversei, mas agora com a cara de frango empanando que fiquei me entreguei e por isso essa minha mais nova amiga ri de mim.
- Não é nada disso que você ta pensando não, eu só pensei que estando molhada, eu pensei que... Ah deixe para lá é só o tonto do Jack, vou molhada mesmo. - disse me dirigindo até a cozinha de onde vinha as risadas. Era sempre assim, quando ele vinha umas poucas vezes que aparecia, ficavam todos a sua volta ouvindo suas histórias de xerife que ele amava contar enfeitando, igual no dia que ele foi descer um gato da árvore e enfeitou tanto que subiu em uma árvore para mostrar como faria.
- Olha aí ela. - dona Maria falou e eu ganhei a atenção do contador de histórias. - Está toda molhada a pobrezinha, muita roupa não é filha? - ela disse vindo espremer meu avental que estava encharcado.
- Está tudo bem dona Maria. - disse tentando não chamar mais atenção do que já havia chamado. - Mandou me chamar xerife? - perguntei.
- Sim, vim buscar a senhorita para ir conhecer a instalação da escola. - Eu ouvi bem? Foi isso mesmo que ele disse? Gente eu não estou acreditando, olhei para ele e para todos ali na sala e esquecendo que estava molhada me lancei em cima dele o abraçando de lado. - Se puder ir se trocar e me soltar agradeço senhorita. - ele diz e eu me toco do que fiz, me afasto pedindo desculpas.
- Me perdoe eu perdi a compostura por um momento. - digo já caminhando para as escadas. - Volto em cinco minutos. - olho para Claudia para que ela me acompanhe.
- É um amor de menina. - ouço sr Agnaldo dizer antes de sumir nas escadas sendo seguida por Claudia.
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Deus é Deus
EspiritualLivro 11 Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...