Capítulo 8 - Lobo Mal

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Hey amora cap novo! 

Espero que gostem.

Esse é meio pesadinho...

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Os três estavam no quarto de James, a porta fechada enquanto conversavam. Sirius ajudava Remus com a ferida ainda aberta da última lua o garoto estava curvado para deixar o machucado mais fácil para o Black enquanto olhava a parede pensativo.

― O que foi Moony? ― Perguntou James. ― Você está tão calado, aconteceu alguma coisa?

― Eu só... estava pensando. ― Respondia Remus quando Euphemia parou à porta do quarto do filho e já ia bater quando ele continuou. ― Por que?

Ela parou por um momento, insegura, aquele tom lhe era estranho, e era sério.

― Por que o quê? ― Perguntou a voz de Sirius, pelo seu tom ele também havia notado que era grave.

― Por que ele fez isso comigo? ― Disse Remus, a voz tinha um toque de medo. ― Será que foi um acidente? Por que alguém transformaria uma criança em um... um monstro?

Euphemia sentiu a raiva ferver em seu corpo e arder na boca do estomago. Bateu na porta e entrou antes de ter uma resposta.

― O que foi mamãe? ― Perguntou James.

― Desculpe querido. ― Disse ela. ― Eu não pude deixar de ouvir...

Remus ficou branco como leite e sentiu uma dificuldade tremenda de respirar. Os dois morenos e olharam e viraram para a mulher prontos a defender o amigo. Mas ela apenas caminhou até a cama e se sentou de frente para Lupin levantando seu rosto.

― Não pense em momento algum em se comparar com Grayback. ― Disse ela com a expressão dura. ― Me ouviu?

James e Sirius não conheciam o nome, mas pela conversa anterior e a expressão chocada de Remus adivinharam imediatamente que era o homem que mordera Moony.

― A... A senhora o conhece mamãe? ― Perguntou James abobado.

Nenhum dos três meninos jamais tinha visto no rosto dela uma expressão de tamanha fúria como quando ela respondeu:

― Conheço.

Remus pareceu engolir em seco ofegar de leve.

― A senhora sabe...? ― Perguntou ele.

Ela não precisava perguntar do que ele estava falando. Os dois filhos, ou pelo menos assim ela considerava, olhavam para ela interrogativos e ela deu um suspiro triste.

― Você não quer saber dessa história pequeno. ― Disse ela em tom sombrio. ― Pode acreditar.

Apesar disso algo no olhar âmbar do garoto dizia a ela que ele precisava. Que queria a resposta daquela pergunta a todo custo, quase que para provar algo para si mesmo, ela deu outro suspiro pesado.

― Eu jamais vou me esquecer. ― Começou ela e os três meninos prenderam a respiração olhando fixamente para ela. ― Eu estava no escritório quando eles chegaram, um casal, a mulher tinha os olhos inchados e quando se dirigiu a mim a voz dela estava rouca. O homem estava sendo guiado por ela, os olhos fixos, muito além do consolo das lagrimas.

"Ela sentou-se na minha frente e me contou, como havia encontrado a filha de dois anos morta no berço naquela manhã, a janela arrebentada, os curandeiros disseram-lhe que tinha sido atacada por um lobisomem, a mordida tinha perfurado o estomago."

Remus olhava para ela sentindo o coração martelar nas costelas enquanto lembrava do lobo irrompendo pela janela de seu próprio quarto. Já os dois morenos olhavam para ela simplesmente chocados demais.

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