Capítulo 11 - A Palavra Maldita

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OI AMORAS!

vocês vão ficar muito bravas se eu admitir que eu já postei esse cap a um tempão no Spirit e não lembrava que não tinha posto aqui?

Desculpem de verdade eu normalmente publico junto mas eu devia estar correndo que nem uma louca e tive que parar no meio.

Espero que vocês gostem ^^

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Remus acordou do sonho com Eros de um pulo, como se o homem em seu sonho o tivesse chacoalhado, o que era praticamente verdade. Lentamente ele olhou ao redor e percebeu que não devia ter dormido muito já que o dormitório continuava vazio.

Ele se levantou confuso, se por um lado estava com a profunda sensação de que Eros falara a verdade, de que ele deveria perdoar Sirius, por outro não conseguia compreender como diabos um sonho lhe dera essa sensação.

Lupin foi até o banheiro, lavou o rosto tentando afastar o susto quando ouviu um barulho no quarto. Simplesmente ignorou a princípio, devia ser apenas um dos meninos indo pegar algo ou dormir. No entanto quando abriu a porta do banheiro trombou com um Sirius consideravelmente suado.

― Eu... Desculpe... ― Disse Remus corando ao olhar o moreno.

Sirius sentiu o corpo arrepiar, era a primeira vez que Remus dizia qualquer coisa a ele desde de aquele dia, além disso eles estavam colados e o maior estava vermelho como se tivesse sido pego fazendo algo que não devia. O Black amava quando ele ficava vermelho, era bonitinho.

O moreno assentiu e hesitou um momento antes de se afastar para o lado e dar espaço para o maior passar baixando os olhos. Tudo que ele mais queria era abraça-lo, mas sabia que não podia, não depois de tudo aquilo, não se ele não fizesse algo antes.

Remus ficou parado olhando para o garoto com mais atenção por alguns instantes, sem ousar se mexer, avaliando-o com cuidado. Ele tinha olheiras grandes sob os olhos e eles pareciam apagados, meio opacos e completamente tristes. Lupin odiava vê-lo triste. Em um momento de coragem insana e com o desafio de Eros vivido em seus pensamentos ele tocou a bochecha do moreno muito devagar sentindo-se inundar com a sensação de alegria por ter tocado nele de novo depois de tanto tempo.

Sirius ficou paralisado quando sentiu os dedos longos e finos colocarem uma mecha do cabelo suado atrás da orelha, mal ousando respirar, ele levantou o olhar, tombando muito levemente para a mão do maior.

― Como... como está seu ombro...? ― Perguntou Remus constrangido, sentindo que precisava dizer algo.

― Como você...?

― Eu vi... ainda estava aberto antes da última lua...

― Achei que estivesse dormindo.

A verdade era que Remus fingira estar para poder ver como ele estava e ficara aterrorizado ao ver a mordida aberta e ainda sangrando de leve. Lembrou-se do momento no sonho em que se assistira fazer aquilo e sentiu o coração falhar uma batida assustado. Sirius percebeu seu nervosismo e respondeu rápido.

― Já fechou, está tudo bem...

― Não dói...?

A pergunta pegou o moreno de surpresa fazendo-o olhar o amigo.

― A sua ainda dói...?

Remus não precisou abrir a boca, o rubor em seu rosto deixou clara que a resposta era positiva.

― Próximo a lua só... ― Disse Remus em um impulso de se explicar. ― Antes e depois.

― Por isso está sempre tão vermelha quando fazemos os curativos... ― Murmurou Sirius meio para si mesmo, sem notar que sua fala deixava meio implícito que ele reparava no corpo do outro.

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