Christian Charles:
— Você está levando muito a sério esses livros, minha bebê. — a consolei, Violeta já tinha lido uma pilha de livros, e em todos ela chorava. A mesma até tentou fazer com que eu lesse algum, e eu tentei mesmo, porém depois de cinco páginas eu estava acabado.
— São emocionantes demais. Não julgue. — diz me olhando de soslaio. — E, além disso, não tem nada para fazer.
— Eu te chamei para fazermos um monte de coisas hoje! — falo indignado. — E tudo o que você disse foi: "Daqui a pouco, Charles." — tento imitar sua voz e ela dá um risinho.
— Faremos o que você quiser quando eu acabar. Ok?
Passo as mãos nos cabelos com força. Ela me deixava duro sem dizer quase nada.
— Preciso ir na cidade daqui a pouco. Tudo bem para você? — pergunto e Violeta me fita, arqueando uma sobrancelha.
— Onde vai?
— Você não sabe?
— Você e o Mário são muito próximos. — diz rindo. O tom de sua fala sai altamente sugestivo.
— Assim você ofende o meu lado hétero.
— E o outro lado é o quê?
— Hétero também.
Sorrio com sua revirada de olhos.
Violeta só sabe de uma parcela da verdade. Não posso simplesmente dizer: "Convoquei uma reunião para hoje à noite às oito horas com alguns caras altamente perigosos. Eles são mafiosos que recebem meus comandos para o tráfico de drogas lícitas e ilícitas."
Cacete. Sem condições.
— Você podia ter ido mais cedo. — aponta.
— Me desculpe, meu anjo. Farei isso próxima vez.
— Faça mesmo. — sorri complacente.
Dou um beijo em sua bochecha. Como tomei uma ducha não faz tanto tempo, troco minha bermuda por uma roupa mais civilizada e passo perfume.
Me viro até Violeta, que está deitada de bruços e com os pés para cima.
— Como estou?
— Está com cara de rico.
Bufo rindo.
— O quê mais?
— Está mais sexy que o normal. E... Eu amo o aroma do seu perfume. É tão você! Tão masculino. — afirma.
— Pode ficar com ele.
— Não. É seu.
— O que é meu é seu, e o que é seu é meu. — mordi os lábios e pisquei os olhos, esperando ela entender a referência.
Ela decide rebater a provocação, por que diz:
— Tudo seu.
Me aproximo dela de braços cruzados, ficando perto da borda da cama. Sua cabeça se inclina e Violeta sobe seu olhar devagar, demorando no lugar que, bem, quase não baixa quando estou perto dela.
— Tem certeza de que precisa ir? — solta um falso choramingo.
— Não irei demorar. — garanto e me sento, trocando sua posição e beijando sua boca, lenta e demoradamente.
— Amo muito você. — suspiro, falando baixinho.
— Sabe que eu também te amo, né? — faz biquinho, apertando minhas bochechas.
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Violeta (Completo/Revisado)
RomanceVioleta Harvey, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A única coisa que ela considerava boa naquele péssimo lugar eram seus dois amigos: Bryan e Derick. No entando, na infância, eles cometem um pe...