Capítulo 47

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Christian Charles:

— Você está levando muito a sério esses livros, minha bebê. — a consolei, Violeta já tinha lido uma pilha de livros, e em todos ela chorava. A mesma até tentou fazer com que eu lesse algum, e eu tentei mesmo, porém depois de cinco páginas eu estava acabado.

— São emocionantes demais. Não julgue. — diz me olhando de soslaio. — E, além disso, não tem nada para fazer.

— Eu te chamei para fazermos um monte de coisas hoje! — falo indignado. — E tudo o que você disse foi: "Daqui a pouco, Charles." — tento imitar sua voz e ela dá um risinho.

— Faremos o que você quiser quando eu acabar. Ok?

Passo as mãos nos cabelos com força. Ela me deixava duro sem dizer quase nada.

— Preciso ir na cidade daqui a pouco. Tudo bem para você? — pergunto e Violeta me fita, arqueando uma sobrancelha.

— Onde vai?

— Você não sabe?

— Você e o Mário são muito próximos. — diz rindo. O tom de sua fala sai altamente sugestivo.

— Assim você ofende o meu lado hétero.

— E o outro lado é o quê?

— Hétero também.

Sorrio com sua revirada de olhos.

Violeta só sabe de uma parcela da verdade. Não posso simplesmente dizer: "Convoquei uma reunião para hoje à noite às oito horas com alguns caras altamente perigosos. Eles são mafiosos que recebem meus comandos para o tráfico de drogas lícitas e ilícitas."

Cacete. Sem condições.

— Você podia ter ido mais cedo. — aponta.

— Me desculpe, meu anjo. Farei isso próxima vez.

— Faça mesmo. — sorri complacente.

Dou um beijo em sua bochecha. Como tomei uma ducha não faz tanto tempo, troco minha bermuda por uma roupa mais civilizada e passo perfume.

Me viro até Violeta, que está deitada de bruços e com os pés para cima.

— Como estou?

— Está com cara de rico.

Bufo rindo.

— O quê mais?

— Está mais sexy que o normal. E... Eu amo o aroma do seu perfume. É tão você! Tão masculino. — afirma.

— Pode ficar com ele.

— Não. É seu.

— O que é meu é seu, e o que é seu é meu. — mordi os lábios e pisquei os olhos, esperando ela entender a referência.

Ela decide rebater a provocação, por que diz:

— Tudo seu.

Me aproximo dela de braços cruzados, ficando perto da borda da cama. Sua cabeça se inclina e Violeta sobe seu olhar devagar, demorando no lugar que, bem, quase não baixa quando estou perto dela.

— Tem certeza de que precisa ir? — solta um falso choramingo.

— Não irei demorar. — garanto e me sento, trocando sua posição e beijando sua boca, lenta e demoradamente.

— Amo muito você. — suspiro, falando baixinho.

— Sabe que eu também te amo, né? — faz biquinho, apertando minhas bochechas.

Violeta (Completo/Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora