Dear, Jeon ➳ jikook | kookmin

𝚅𝙸𝙸𝙸 - 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟶𝟾

➤ Vocabulário do capítulo.

➸ Anárquicos - Confusos.  ➸ Veemente - Forte.  ➸ Tênue - Fino. 
➸ Deliberação - Determinação.  ➸ Exordial - Início/Inicial.   ➸ Limítrofe - Próximo.

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Coreia do Sul, Seoul - 16 de fevereiro, ano 1953.

A paisagem da civilização em conjunto com as áreas rurais, repletas de vegetação, é um mesclar perfeito para revigorar as retinas após um avanço no território inimigo. Os pensamentos anárquicos do oficial de madeixas azuis estão programados para sabotá-lo, retratando visualmente a memória do beijo de Jimin, da comoção ardente de seus lábios e dos enlevos em seu estômago. Após aquela ocorrência inesperada, Jeon esteve procurando uma forma efetiva para lhe dizer que a relevância de um beijo, não é a mesma que de um abraço.

Jimin, por outro lado, não é um indivíduo que estima muito o contato físico, contudo estranhamente depois do seu ato precipitado, este cultiva uma necessidade veemente de estar próximo ao major. Aquela prática simplória o estimulou a apreciar mais intensamente os atributos que este já estimava, tal como a fragrância masculina que exala pelo ambiente com a presença do maior. Os dedos medianos do menino envolvem o objeto posicionado ao redor do seu pescoço tênue e longo, captando a energia do acessório semelhante aos olhos brilhantes de Jungkook, a qual fora dado de presente no dia de Natal, como se pudesse sentir a presença corpórea do mesmo junto a si.

- Merda, eu estou enlouquecendo, ele é apenas um adolescente. - O timbre angustiado de Jeon se expande por entre o céu negro, ao arrastar os seus fios sedosos para trás, em uma ação para conter a agitação.

A concepção de visualizar Jimin com outras intenções é algo que aflige o homem fardado, no entanto é uma meditação que se tornou inevitável. Estar sempre junto ao loiro é uma perdição constante e em virtude disso, este teve de ordenar que o menor permanecesse na tenda, enquanto ele executa a patrulha noturna no topo da construção do território militar. Você está meramente confuso por estar recebendo um pouco de afeto após tantos anos de exílio, se recomponha.

Com o vigor curvado e com a palmatória ainda ao redor do seu amuleto, a inquietação se alastra pelos músculos tencionados do jovem no interior da cabana de tecido, erguida por vertentes resistentes. Estar longe do major em circunstâncias em que ambos poderiam estar juntos sempre o deixa em seu estado de alvoroço. Por que tenho de ficar aqui? O ruído do solado das botas especializadas na superfície de terra no exterior, amplia as suas expectativas, para esmagá-las logo em seguida, como nas diversas vezes precedentes. Não é ele.

Através do coração rebelde pulsando excessivamente contra o seu peito diminuto, Jimin ergue a sua compleição sólida e caminha estipulado até o seu destino. Essa é a primeira vez em que o submisso garoto infringe uma diretriz ditada por Jungkook e em razão disso, uma hesitação o induz a cessar os passos na margem dos degraus. Uma escada de concreto é a única barreira entre o recinto que este pequeno almeja estar e por intermédio de uma deliberação individualista, ele escolhe a sua decisão final e peregrina para o topo.

Através do auxílio de sua audição e aptidão acerada, o corpo robusto de Jeon é redirecionado ao barulho emitido, distinguindo a fisionomia do mais novo. - Jimin, o que está fazendo aqui? - Aliviado, este questiona ao vergar o revólver, que inicialmente fora conduzido na direção da sua falsa ameaça.

- Eu sei que não deveria ter vindo, mas detesto ficar sozinho. - A estrutura juvenil revela, ao deslocar-se para o espaço vago ao lado do mais velho. - Me deixe ficar aqui, por favor, prometo que me comportarei. - A suplicia é manifesta de feitio manhoso, ao mesmo tempo em que a figuração mais nova arqueia-se sobre os próprios braços, observando o horizonte caliginoso.