Suados, colados e quentes

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Alice POV

Eu ri com a piada que Fp havia feito, enquanto ele ainda me sorria de um jeito atrevido. 

Era engraçado o modo de como provocávamos um ao outro, e de como as coisas simplesmente eram esquecidas quando o desejo dava as caras. Era como se nossos corpos fossem imãs em um momento e em outro se transformavam em elétrons, se repelindo completamente. Complicado, no mínimo. 

-Vamos, deite no sofá.- Eu disse com a voz calma enquanto sorria de canto para ele.

-O bar está cheio.- Ele disse rindo. 

-Eu vou ser discreta.- Sussurrei no ouvido do homem e pude ver seu pescoço ficar arrepiado. 

-Você é completamente louca, já te disseram isso?- Ele falou enquanto me puxava pela mão, logo se deitando no sofá imundo. 

-Já mencionaram algumas vezes.- Eu dei de ombros. -Então você quer repetir aquela transa?-Eu disse com uma voz sedutora olhando para os lados me certificando de que não havia ninguém na parte de cima do estabelecimento, logo sentando encima do homem com uma perna de cada lado do mesmo. 

-Quem não iria querer repetir aquele momento épico?- Ele falou enquanto passava as mãos nas minhas coxas, e então aproximei meu rosto do dele, podendo sentir seu hálito fresco bater contra o meu rosto, e suas mãos deslizaram levemente da minha coxa até meu bumbum, onde ele deu alguns apertões. 

-Então feche os olhos...- Eu sussurrei no seu ouvido e o homem obedeceu.- E durma, com sorte talvez você sonhe com isso.- Eu disse me retirando de cima dele enquanto sorria debochada e ia em direção as escadas enquanto o homem me olhava já sentado no sofá, totalmente boquiaberto, confuso.

-Você me paga!- Ele disse rindo e eu fiz o mesmo, logo saindo do local. 

É claro que meu desejo era tirar a minha roupa ali mesmo e novamente me entregar a ele sem pensar, mas eu me divertia fazendo jogos com Fp, e ele merecia um castigo após tudo que havia feito, como me apontar uma arma, ter assassinado alguém na minha cozinha, ter me obrigado a assassinar alguém por conta desse fato, e isso tudo ter me causado uma conversa com o FBI. 

Na realidade eu já deveria ter me afastado de Fp desde quando os problemas deram início, mas era como se meu corpo necessitasse daquela adrenalina constante, como se eu estivesse apreciando correr perigo ou poder ser presa a qualquer momento. 

Eu simplesmente não conseguia mais me reconhecer, as coisas ruins que haviam acontecido em relação a Fp simplesmente não passavam em minha cabeça como deveria, era um fato ignorado, era como se meu cérebro bloqueasse tudo aquilo e simplesmente se focasse em todo aquele desejo, naquela paixão que eu sentia por ele, que nem mesmo a nossa última briga conseguia abalar, ela havia sido deletada da minha mente. 

Ele havia se tornado uma droga pra mim, que por mais mal que me fizesse eu estava completamente viciada, e não via maneira de sair daquele vício.


Fp POV

Eu estava impressionado de como Alice havia conseguido passar a perna facilmente em um agente do FBI, o qual já estava na minha cola a meses, mas já havia entendido completamente a sua tática. 

Ela possuía uma combinação rara de inteligência e beleza. Ali sempre foi uma mulher inteligente, desde a escola, sabe falar sobre qualquer assunto que você a perguntar, tem sua opinião para cada tema discutido, e eu sempre considerei seu QI acima da média. Suas sacadas rápidas, seu sarcasmo e sua ironia deixava tudo sobre ela ainda mais excitante, mas a beleza... Confesso que sempre fui um homem de muitas mulheres, estive com muitas delas, todas lindas, já que sou um tanto seletivo, mas nunca conheci nenhuma mulher que possuísse tamanha beleza quanto Alice.

Mas como nem tudo é perfeito, a loira costumava ter um gênio difícil de lidar. Alice era simplesmente complicada, confusa, e na maior parte do tempo louca. 

Dois dias haviam se passado desde o interrogatório, desde a cena do sofá, tal essa que eu não conseguia esquecer. O fato de não ter concluído algo que eu havia depositado tanto desejo estava mexendo com a minha cabeça, e eu não conseguia simplesmente deixar pra lá. 

Naqueles dois dias eu havia pedido para alguns serpentes ficar de olho na rotina da mulher, para que eu a pegasse em um momento desprevenida, sem esperar que eu aparecesse. 

E então, após concluir seu trabalho no Register naquele dia, Ali foi para a academia, tal atividade que por mim era desconhecida, e quando o sol já se escondia a mulher finalmente saiu do estabelecimento, caminhando em direção a sua casa. Ela vestia um top branco e uma legging cinza de cintura alta, fazendo com que só uma tira do seu abdômen aparecesse. 

Aquela roupa justa deixava aparente cada curva do seu corpo, seu quadril largo, seus seios fartos, suas pernas grossas e sua cintura fina, e eu podia até sentir uma ponta de ciúmes ao vê-la vestida daquela maneira enquanto a seguia com um dos carros que eu havia arranjado para despistar a polícia. 

Em certo ponto a mulher percebeu o carro a seguindo, e então tomei a decisão de parar ao lado dela e abrir o vidro. Ela me olhava com os olhos arregalados, e logo depois pude sentir seu alívio ao ver que era eu. 

-Você quer me matar do coração?!- Ela falou irritada se aproximando do carro.- O que quer me seguindo, Fp?

-O FBI me procurou e preciso falar com você.- Menti enquanto segurava o riso.- Entre, reservei um quarto em um hotel de estrada para conversarmos em particular. 

A mulher cerrou os olhos um tanto desconfiada, e ergueu uma das suas sobrancelhas quando eu disse "quarto de hotel", mas rapidamente entrou no carro e eu disparei em direção ao local. 

Ao chegarmos, abri a porta lentamente do quarto mais caro que aquela espelunca possuía, e Ali passou por mim olhando em volta enquanto eu fechava e trancava a porta atrás de mim. 

-Não tem FBI nenhum, né?- Ela disse revirando os olhos enquanto eu finalmente ri.- Você é um idiota. O que quer?- Falou enquanto cruzava os braços. 

-Você sabe o que eu quero...- Falei enquanto me aproximava dela com um sorriso de canto, logo descruzando os braços da mulher e os colocando envolta do meu pescoço.- Sei que pareço um cretino as vezes, mas eu sinto a sua falta.- Disse sincero. 

Ela fitou meus olhos por alguns segundos e não se opôs quando deixei seus braços envolta do meu pescoço, o que já era um bom sinal. Pude vê-la engolir em seco quando deixei meu corpo colado no corpo quente dela. 

-Eu estou suada...- Ela disse quase sem voz quando meus lábios quase tocavam os dela.

-Eu não me importo.- Falei logo iniciando um beijo urgente. 

Eu realmente não me importava, o suor da mulher deixava sua pele ainda mais convidativa, o perfume doce do seu corpo ainda exalava e adentrava as minhas narinas pro meu prazer. 

A mulher passou suas mãos na barra da minha camiseta, e logo a retirou por completo deixando meu abdômen a mostra. Suas unhas passavam agressivamente em minhas costas, e eu pude sentir o ardido dos arranhões enquanto eu agarrava com força a sua bunda a fazendo soltar um suspiro entre o beijo. 

Em alguns segundos nós já havíamos ficado completamente nus, e a mulher com agressividade me jogou sobre a cama de madeira que rangeu com o ocorrido, logo subindo encima de mim e sentando encima do meu membro ereto que ansiava por ela. 

Ambos os corpos suados, colados e quentes, não se cansavam nem por um segundo enquanto transávamos perdendo a noção do tempo naquele quarto que cheirava a mofo e a cigarro. 

Eu nunca havia me encontrado dessa maneira, tendo tanta necessidade de uma pessoa como eu tinha de Alice, em tão pouco tempo que eu havia me reaproximado da mulher, eu já sentia como se não pudesse mais ficar longe dela.

As coisas eram confusas em minha cabeça, eu a amava, queria protegê-la de qualquer coisa que pudesse faze-la mal, mas a odiava por ter me colocado nessa posição.

In love with a criminal Onde histórias criam vida. Descubra agora