Oi! Nossa, nem sei como você veio parar aqui, mas agora que já chegou senta! Sou Liliane, para alguns Lília, há os que chamam de Lílian, mas para as garotas e todos aqueles que se sentem garotas, sou Lily.
Já que está aqui podemos ser amigos? Não s...
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Estava um pouco confusa enquanto Flora falava sobre aquilo, muitas ideias infundadas rodeavam a minha cabeça. Sua boca mexendo e som saindo. Natália parecia entender muito bem daquele assunto e sorria deliberadamente, Vivi parecia interessada e prestava bastante atenção, mas não entendia muito bem por que eu estava tão deslocada na conversa.
- Mas pessoal eu queria que fosse num momento bem especial sabe, com o homem da minha vida. - Flora disse contemplada.
- Mas como sabe que ele será o homem da sua vida? - Vivi perguntou curiosa.
- Aí a gente sente né. Quando é aquela pessoa é aquela pessoa. -, Flora respondeu.
-Ah... Eu acho bobagem isso. Transaria com quem tivesse vontade. - Natália disse parecendo uma grande experiente no assunto.
- Tu já transou Natália? - Perguntei incrédula.
- Sim. - Disse sem delongas.
Continuou falando sobre isso e detalhando cada coisa e dando conselhos como se fosse uma sexóloga. Algumas coisas não entravam muito bem na minha cabeça. Não queria ser uma virjona, mas também não queria fazer sexo. Todas as garotas de 15 anos precisavam não ser virgens mais. Porque era tão descolado ser a fodona do sexo? Me perguntava se Natália havia tido um orgasmo com sua suposta transa. Outro dia ouvi Miss Mommy e Vanessa falando sobre a importância do orgasmo e como muitos homens não se interessavam em satisfazer suas companheiras sexualmente e que muitas fingiam estarem provando do libido sexual, ao me ver Vanessa estava com problemas com algum cara egoísta.
- Flora eu acho que se tu não quer fazer algo com este garoto, não faça e saiba que se ele insistir não respeitando sua vontade ele está te estuprando. Sinceramente eu acho que você deveria desconsiderar esse menino, acho um pouco desnecessário ficarmos discutindo sobre um garoto que quer transar contigo mesmo depois de tu dizer que não está pronta. - Disse tudo o que estava na minha cabeça enquanto todas me olharam de maneira surpresa, faltando arrancar os olhos da cara.
Depois de assistirmos O Diabo Veste Prada, Flora e Natália foram embora. Aproveitei que fiquei sozinha pra refletir sobre todas estas idéias. Quando estávamos na quarta série estudamos sobre anatomia humana e o sistema reprodutor, métodos preventivos, doenças sexualmente transmissíveis e todas as outras aventuras e desventuras que envolvem a volúpia sexual, de certa forma aquilo me pareceu algo leviano na época, mas foi importante para minha construção pessoal.
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A semana passou lenta e corajosa e me parece que tudo mundo a minha volta só queria falar sobre sexo, alguma energia sexual estava permeando a alma das pessoas e estava me ignorando.
Depois de convencer a mim mesma que não deveria me importar Flora me enviou um bilhetinho durante a aula dizendo que precisava falar comigo. Depois do intervalo fomos pra biblioteca e ela me disse com um semblante choroso que havia perdido sua virgindade e que aquela foi a pior coisa de toda a sua vida. Fiquei com pena e um pouco confusa. Será que eu me sentiria assim? Nos abraçamos e ficamos juntas durante o restante da aula, que inclusive foi um pouco conturbada, pois tivemos uma palestra sobre a importância da segurança sexual.
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Aquele menino nunca mais ligou, mandou um oi no Orkut ou uma chamada no MSN. Flora se sentiu péssima por semanas, foi um pouco chato suportar sua melancolia, mas no fim das contas tudo deu certo.
Não posso dizer que minha primeira experiência sexual tenha sido incrível, mas não foi algo traumatizante, na verdade foi divertido, espero que saibam meninas que pra tudo tem a hora certa, não se sintam pressionadas a fazer algo que não queiram e também não precisam mentir pra que pareçam mais atrativas ou descoladas ou seja lá qual palavra esteja em alta pra definir algo legal na época em que estiver lendo este livro. Enfim, beijos de luz.
