A felicidade

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Um longo e silencioso suspiro transpassaram por suas vias respiratórias, silenciosamente, quase mudo, porém, não passando por desapercebido pela vampira. Seus pares de olhos castanhos cintilaram, em repleto fascínio dada a impressionante vista do lugar em que Emma Swan a levara.

— Então, Senhorita, o que achastes? — perguntou galanteadora, sorrindo apenas em observá-la.

Os lábios tingidos de vermelho se entreabriam, formando, de vez em quando, um maravilhado sorriso. O campo de flores aparentava um quadro, apresentando distintas cores distribuídas por todos os lados. No entanto, não apenas aromáticas flores se encontravam ali, uma vez que pequenos animais passeavam por lá; assim como, haviam pássaros, como, por exemplo, alguns beija-flores sobrevoando, vibrando as asas e se alimentando do néctar das flores.

— É tão... Perfeito. — sussurrou deslumbrada, segurando as mãos de Emma, que a guiava campo adentro, descendo-as lentamente até o vale, onde se encontrava o campo entre as colinas. — São as flores que me destes, não são? — a loura apenas assentiu. Qualquer palavra ou resposta dita poderia estragar aquele momento tão belo aos olhos da vampira. Jamais esperara vê-la, aquela mulher, na luz do dia, muito menos naquele campo tão familiar outra vez. — Como conhecias este lugar, Emma?

— Lembra-se que eu lhe disse que vivi e cresci por estas redondezas há anos? — direcionou o olhar para frente, alegrando-se por aquela região não ter mudado; não ter sofrido nas mãos dos humanos. Agradecia, então, pelas lendas antigas de que um vampiro, Drácula, vivia em seu castelo atacando quem se aproximasse. — Por isto, conheço estas áreas como a palma de minha mão, embora pareça que não respiro este ar puro há séculos.

Movendo-se levemente, Emma andava sempre a frente. Era quase impossível identifica-la no meio de toda aquela fileira de girassóis, uma vez que todo o campo – tanto as fileiras de girassóis, quanto as diversas outras flores – batiam em sua cintura, e os cabelos dourados eram exatamente em tons quase como os das pétalas. Os raios solares davam contraste ainda mais ao brilho daquelas madeixas.

— Por quê eu nunca soube da existência deste lugar? — Roni perguntou, ofegante, caminhando por entre os girassóis.

— Ninguém sabe. — Emma Swan respondeu, sorrindo. — Lembra-se de que o povo de Bucareste evita as profundezas da floresta? E os de Brasov, vão no máximo até pequenas aldeias.

— Estamos nas profundezas da floresta... — a morena repetiu, processando tudo.

Emma Swan olhou-a por um instante, meneando a cabeça em confirmação às palavras ditas por Roni. Em seguida, olhou para o horizonte, erguendo um pouco a cabeça para olhar um ponto alto em um desfiladeiro acima daquela margem do Rio Arges.

— Sim, e por aqui tem bastante lugar bonito, aliás. Venha, Roni, olhe. — colocou a mão impulsivamente no braço da mais nova, colocando-a num ponto em especial. — Para ser mais exata, estamos abaixo do descomunal Castelo de Drácula.

No ângulo de visão em que ambas se encontravam, era possível observa-lo, acima do desfiladeiro e arrodeado pelo profundo rio, o Castelo e sua ponte de travessia.

— Lá está ele... Escondendo-se por de trás das árvores. Entretanto, é possível observa-lo. — apontou, usando uma baixa voz, como um sussurro. — Não sei se é o que esperavas.

Daquele ponto da margem podia-se ter uma perfeita visão daquela impecável construção de pedras edificado acima de um desfiladeiro, num precipício rochoso acima do Rio Arges. Essa era a explicação da grandiosa ponte erguida para que os antigos habitantes atravessassem de um lado para outro. As árvores o cercavam, assim como seus muros altos e extremamente fortes, tanto que este era o motivo de, nos séculos passados, ter sido conhecido como a fortaleza de Drácula.

Into The MoonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora