Saí furioso de lá, enquanto ao longe eu o ouvia falar algo que não prestei atenção...
Aquele assunto não saia de minha cabeça. E aqueles benditos olhos vermelhos como sangue que chegaram a brilhar no escuro.
Será quê o que eu vi era um lobisomem de verdade?
Por isso ninguém achou nada. Peguei o celular e o liguei. Coloquei no bolso e em seguida entrei em um a livraria. Ou melhor um sebo de livros antigos ou somente velhos. E comecei a olhar todas as estantes e quando já estava desistindo um senhora com seus sessenta anos se aproximou usando um avental marrom e um óculos de grau quase caindo do nariz.
Assim que notei o óculos dela daquela forma, já fiquei com um tique nervoso quase o ajeitando para ela. Kkkk
Mas sai daquele transe assim que ela falou:
Senhora - Olá, boa tarde meu jovem! Me chamo Lúcia, posso lhe ajudar com algum livro?
Eu - Ah, Oi!!! Boa tarde. Bom eu quero um livro que se aproxime o máximo da verdade sobre lobisomens!
Ela ficou calada e pude ver seu sorriso simpático morrer em seus lábios. Ficou me encarando por sobre os óculos velhos que ficavam naquele cai não vai cair. E então finalmente resolveu quebrar o silêncio que pareceu mais uma eternidade do que simples segundos.
Lúcia - Meu jovem, você não acha que já está um pouco velhinho pra vir zuar uma mulher na minha idade? Saiba que estou aqui porque quero apenas ganhar um dinheiro extra e pagar os meus remédios?
Eu - Não... Desculpe se lhe passei essa impressão... É que eu realmente acre... O que eu quero dizer, é que preciso muito desse tipo de livro.
Lúcia - E se eu falasse que eu acredito em homens que viram lobos gigantes sedentos por carne humana, principalmente noite de lua cheia. Que acredito em sugadores de sangue, assim como também em bruxas e outros seres dos contos de fadas ou de terror como queira assim os chamar... O que você me responderia?
Eu - Que você é a pessoa certa pra conversar comigo...
Ela me analisou dos pés a cabeça e perguntou se eu estava falando sério. Sendo sincero com ela.
Eu balancei a cabeça afirmando sua pergunta.
Ela foi até a porta da loja e a fechou à chaves por dentro, puchou uma cortina e pediu pra segui-la aos fundos da loja.
Não sei explicar o porque, mas a segui sem medo ou fazer perguntas.
Quando chegamos em outra sala, notei uma porta secreta a qual entramos, descemos por uma escada caracou até um porão. Lá havia outra estante cheia de livros grossos com capas escuras.
Haviam tbem algumas armas e muitos recipientes com conteúdos que eu desconhecia.
Lúcia pediu para que me sentasse em um puf branco como leite e a mesma sentou-se em uma velha cadeira de balanço a minha frente. Depois pediu que eu lhe contasse tudo que eu já sabia a respeito do que eu estava procurando. Ela foi muito incisiva quando se referiu aos supostos lobisomens.
Fiquei pensativo por um instante e resolvi contar sobre a minha noite no Parque Ibirapuera...
Contei tudo o que me lembrava, assim como as reportagens e as postagens do Facebook...
Após me ouvir sempre bem atenta a cada detalhe, a Lúcia, falo que de acordo com meu relato ela desconfiava que realmente eu teria visto um lobisomem de verdade. E talvez até fosse um original.
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GARRAS DE LOBO
WerewolfEle achava que monstros não existiam. Até ele se tornar um...