05 - Monstros São Reais (parte 2)

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   Saí furioso de lá, enquanto ao longe eu o ouvia falar algo que não prestei atenção...

     Aquele assunto não saia de minha cabeça. E aqueles benditos olhos vermelhos como sangue que chegaram a brilhar no escuro.

      Será quê o que eu vi era um lobisomem de verdade?

    Por isso ninguém achou nada. Peguei o celular e o liguei. Coloquei no bolso e em seguida entrei em um a livraria. Ou melhor um sebo de livros antigos ou somente velhos. E comecei a olhar todas as estantes e quando já estava desistindo um senhora com seus sessenta anos se aproximou usando um avental marrom e um óculos de grau quase caindo do nariz.

    Assim que notei o óculos dela daquela forma, já fiquei com um tique nervoso quase o ajeitando para ela. Kkkk

      Mas sai daquele transe assim que ela falou:

Senhora - Olá, boa tarde meu jovem! Me chamo Lúcia, posso lhe ajudar com algum livro?

Eu - Ah, Oi!!! Boa tarde. Bom eu quero um livro que se aproxime o máximo da verdade sobre lobisomens!

       Ela ficou calada e pude ver seu sorriso simpático morrer em seus lábios. Ficou  me encarando por sobre os óculos velhos que ficavam naquele cai não vai cair. E então finalmente resolveu quebrar o silêncio que pareceu mais uma eternidade do que simples segundos.

Lúcia - Meu jovem, você não acha que já está um pouco velhinho pra vir zuar uma mulher na minha idade? Saiba que estou aqui porque  quero apenas ganhar um dinheiro extra e pagar os meus remédios?

Eu - Não... Desculpe se lhe passei essa impressão... É que eu realmente acre... O que eu quero dizer, é que preciso muito desse tipo de livro.

Lúcia - E se eu falasse que eu acredito em homens que viram lobos gigantes sedentos por carne humana, principalmente noite de lua cheia. Que acredito em sugadores de sangue, assim como também em bruxas e outros seres dos contos de fadas ou de terror como queira assim os chamar... O que você me responderia?

Eu - Que você é a pessoa certa pra conversar comigo...

         Ela me analisou dos pés a cabeça e perguntou se eu estava falando sério. Sendo sincero com ela.

     Eu balancei a cabeça afirmando sua pergunta.

     Ela foi até a porta da loja e a fechou à chaves por dentro, puchou uma cortina  e pediu pra segui-la aos fundos da loja.

      Não sei explicar o porque, mas a segui sem medo ou fazer perguntas. 

      Quando chegamos em outra sala, notei uma porta secreta a qual entramos, descemos por uma escada caracou até um porão. Lá havia outra estante cheia de livros grossos com capas escuras.

      Haviam tbem algumas armas e muitos recipientes com conteúdos que eu desconhecia.

    Lúcia pediu para que me sentasse em um puf branco como leite e a mesma sentou-se em uma velha cadeira de balanço a minha frente. Depois pediu que eu lhe contasse tudo que eu já sabia a respeito do que eu estava procurando. Ela foi muito incisiva quando se referiu aos supostos lobisomens.

     Fiquei pensativo por um instante e resolvi contar sobre a minha noite no Parque Ibirapuera...

      Contei tudo o que me lembrava, assim como as reportagens e as postagens do Facebook...

     Após me ouvir sempre bem atenta a cada detalhe, a Lúcia, falo que de acordo com meu relato ela desconfiava que realmente eu teria visto um lobisomem de verdade. E talvez até fosse um original.

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