GARRAS DE LOBO

14 - Eu não te deixarei morrer (parte I)

    "Que bosta", pensei. Pois cheguei em casa todo molhado quando tentei abrir a porta de casa, notei que ela estava arrombada.

     Tinha sangue demais por todo lado, mas, o que me deixou sem chão, foi o que eu vi em seguida.

      Não queria acreditar no que meus olhos viam.

     Caído no chão com um buraco enorme em seu peito, estava o corpo do meu melhor amigo.

     Quem o matou com certesa levou seu coração, mas porque? Será que acharam que ele era eu.

Afinal de contas como ele entrou em meu apartamento, se somente eu tenho as chaves desse local? Os vampiros não foram, porque não conseguem andar sobe a luz do dia.

   E se foi um lobis... Não... Não... Não posso pensar que Willian deixaria eles fazerem isso comigo.

     Tem sinais de luta e ele foi muito agredido. Se fosse um ataque de lobisomen em seu corpo teria muito mais arranhões, e seu peito estaria muito mais destroçado.

     Quando o pessoal da polícia, bombeiros e resgate chegou eu ainda estava  sentado no chão com a cabeça do meu amigo Cléber em meu colo.

      Eu estava aterrorizado sim, ainda não havia caído a ficha. O tenente da polícia militar me enchia de perguntas, as quais eu nem conseguia ouvir muito mais responder. Eu estava em choque, não estava conseguindo distinguir o que era real ou não.

      Ao se dar conta, já estava em uma ambulância em direção ao hospital e do meu lado segurando a minha mão estava ele, sério e sereno ao mesmo tempo. Me olhando o tempo todo.

       Ao seu lado estava uma senhora linda, com não mais de seus cinquenta anos eu arriscaria. Willian mais uma vez estava ao meu lado. Ele sempre estava. Não importava as consequências.
Quando ouvi sua voz perguntando se eu estava bem. Apenas me sentei na maca e o abracei tão forte que se ele fosse um humano normal teria sufocado. Ele me fez se acalmar. Senti uma paz imensa, só assim me permiti chorar. Chorei feito uma criança que se perde dos pais em meio a multidão...

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Narrado Por Lility...

       Eu já estava ficando cansada de esperar os assassinos que enviei ao apartamento do tal humano especial. O humano escolhido, o qual seria o híbrido rei. O mais poderoso que já existiu, que suas garras e presas poderiam me ferir, até matar-me e se isso acontecesse seria pra sempre.

     Agora enquanto for humano será apenas o mesmo que um simples inceto indefeso.

     Durante a noite ele estava sendo protejo por Flávius e seu exército de mortos vivos. Aqueles malditos. E durante o dia pelos lobos de Willian. Dois traidores do seres do submundo.

    Mais hoje em especial ele estava no funeral de seus filhos. Então iria aproveitar essa oportunidade. Ordenei que dois assassinos o fizesse sofrer e depois lhe arrancasse o coração ainda vivo e me trouxesse. Assim seus poderes adormecidos me deixarão mais fortes que nem o próprio Lúcifer poderia me vencer.

     Quando os bandidos voltaram, fui informada por uma das bruxas. Uma tal de Minerva. Bonitinha porém com cara de ser traidora. Ficarei de olho nela e quando não me servir mais, absolvo suas habilidades e sua juventude, como fiz com aquelas duas que me trouxeram de volta daquela longa prisão infernal.

Minerva - Senhora, os dois assassinos...

Eu - Minerva minha querida.  Não seja tosca com os meus servos. Chame-os de homens, afinal de assassinos ou lacaios pega mal nos dia de hoje. kkkk

Minerva - Bem, como queira senhora... Os dois homens já voltaram e afirmaram ter realizado com muita facilidade o trabalho que vossa malvadeza lhes incumbiu.

     Eu fiquei excitada na hora. Conseguia sentir o cheiro de sangue humano atrás daquela porta. E ordenei que entrassem sem  demoras.

Minerva - Caio, Bruce entrem... Mantenham seu olhar para o chão o tempo todo.

        Eu apenas os olhava quase salivando de tanto excitação, finalmente eu seria mais poderosa que o próprio Lúcifer e reinaria sozinha o inferno e a terra. 

     Os dois homens entraram, o tal caio já era um homem de quase cinquenta anos. Nossa muito bombado e feio que chegava a dar nojo.

     Como uma mulher mortal teria coragem de abrir as pernas para um homem de aparência tão asquerosa como a dele?

    O outro, o tal Bruce, esse sim com rosto jovial e moreno claro, em seus 35 anos no máximo, corpo bem cuidado e músculos na medida certa, bem distribuidos por seu corpo.

     Esse sim, faria dele meu escravo sexual. Meu guarda particular.

Caio - Minha senhora aqui está...

Minerva - Quem disse que você pode dirigir a palavra a grande rainha.

Eu - Minerva, não seja rude com eles, afinal eles me trouxeram mais rápido do que esperado, o que lhes solicitei... Se aproxime.

    O homem se aproximou de mim com ar de superior por eu ter repreendido a minha serva por sua causa e ainda ozou me olhar.

     Já o lindo Bruce em nenhum momento me olhou, e eu já estava louca de deseja naquele homão tímido.

     Eu iria fazer loucuras com aquele corpo mortal. Talvez até depois o transformasse em um novo vampiro original igual o Flávius.

    Ao pegar a caixinha de madeira com o coração do escolhido. Não senti nada. Nem uma faísca de poder. Eu sabia que ele era humano. Mas, com certesa eu teria que sentir algo. Qualquer coisa. Afinal era muito poder ungido em um só ser.

     Maldição, ou eles estão me passando a perna ou eles pegaram o humano errado.

Eu  - Espera um pouco tem algo errado... (abri a caixa)

Caio - Como assim? Aí está o coração que você nos pediu. Do homem que morava naquele apartamento!

Minerva - Você ousa insinuar que a mestra está mentindo?

Caio - Escuta aqui sua... Garotinha ... Eu fiz o que a maluca de sua amiga me pediu. Fiz o moleque sofrer e muito. Ele morreu negando ser quem era. Mais mesmo assim eu fiz. Agora quero meus dois milhões.

Minerva - Como ousa levantar a voz pra mim...Pra nós... Pra grande Lility?

Lility - Então suponho que vocês mortais são todos idiotas.

Caio - Escuta aqui moça. Eu cumpri o que me foi pedido. Machuquei e matei o rapaz daquele apartamento. Agora exigo o pagamento. ( falou o idiota sacando uma revólver da cintura)

Eu - Seu imbecil esse coração é de um humano normal... (joguei a caixa do outro lado da sala sem ao menos a abrir).

Minerva -Como vocês ousam tentar nos enganar dessa forma e ainda ameaçam  a grande e poderosa Lility, com uma arma do mundo mortal?
 

CONTINUA....

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Até o próximo capítulo...