10 - Você Me Salvou!?

215 35 7
                                    

Mesmo que alguém me dicesse ser um caso de vida ou morte.

Foram tantas recomendações, que ao invés de me sentir seguro com ele ter vindo ao meu socorro de imediato. Que ao em.vez de ficar calmo eu ficava cada vez mais apavorado.

Sentia muito medo que meu príncipe podesse se tornar um ogro, ou o próprio lobo mal da história da chapeuzinho vermelho.

Aí pra piorar tudo veio a maldita lembrança, que ele tinha exatamente o mesmo nome que o tal lobisomem da história que a Lúcia me contara.

Já estava começando a entrar em Pânico e com muito mais medo de minhas suposições. Resolvi ligar pra Lúcia, pedindo socorro. O problema se agravou e meu pânico aumentou ao estremo. O celular dela estava desligado ou fora da área de cobertura.

Cinco minutos no máximo, um Honda Citroen vermelho escuro parou em minha frente e sem ao menos desligar o motor o Willian saiu de dentro e correu ao meu socorro.

Eu ainda estava em choque, nem havia percebido, que já estava no lado de fora do estacionamento.

Willian me apalpava de maneira desesperada, analisando se eu estava ferido. Quase achei graça, porque o local mais examinado em mim foi o meu pescoço.

Nessa hora tive cem por cento de certesa de que ele sabia do que eu estava com medo. Fui tirado de um turbilhão de pensamentos, pela voz forte e aparentemente ameaçadora do Flávius.

Flávius - Você prefere mesmo ir com ele e me deixar aqui sozinho?

Willian - Não se aproxime dele?

Flávius - E quem vai me impedir, você? Você não passa de um cachorrinho vira lata metido a cão de raça?

Willian - Eu vou te mostrar quem é um...

Eu segurei no braço de Willian, a tempo de o impedir de fizer uma besteira e atacasse o Flávius. Alí na frente de tanta gente inocente.

Seria uma carnificina difícil de esconder da mídia. Ele parou assim que sentiu meu tique, me olhou preocupado.

Nessa hora eu pude ver em seu olhar agora dourados Comos dos dos lobos selvagens prontos pra defender os seus. Pude ver que ele sentia mesmo algo bom por mim. Esqueci tudo e se ele fosse mesmo um lobisomem imortal.

Isso pouco me importava, eu senti segurança ao seu lado.

O Flávius não me dava medo. Não sabia explicar o motivo. Porém me sentia magoado, pois ele me seduziu e agora demonstrava fúria nos olhos. Enquanto Willian tinha demonstrava preocupação comigo acima de tudo.

Ao ver os meus olhos marejados, ele apenas me abraçou e começou a me acalmar. Eu me soltei de seus braços peguei em sua mão e o direcionei ao seu carro.

E ali do lado estava o gaçon, o gerente, a Amélia e mais uns seis homens. Creio que todos eram vampiros. Estavam todos prontos pra nos atacar a qualquer momento.

Olhavam na direção do Flávius e depois pra mim, pra nós, esperando apenas sinal do Flávius. Esse se manteve calado ao ver meu olhar suplicante para que não fizesse nada comigo ou com o willian. Apenas virou as costas na intensão clara de voltar pra dentro do restaurante. E falou:

Flávius - Você vai com ele? Vai me largar aqui?

Eu - Flávius me entende por favor... Eu... Eu... Estou com... medo... de você...

Flávius - Deixem-no ir. Eu vou atrás daquela maldita bruxa.

Eu - Não faça nada com ela! Ela é minha amiga. Eu te suplico!

GARRAS DE LOBOOnde histórias criam vida. Descubra agora