Capítulo 11

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Assim que desliguei vi o delegado olhar pra mim com cara de pena, ele escutou a mama gritando mesmo sem estar no viva voz, na minha cabeça só vem as 100 mil formas diferentes que a mama Jauregui deve tá pensando de me matar, e nenhuma delas será uma morte rápida, esqueci até da cachaça que habitava meu corpo.

Depois de 15 minutos mama Jauregui entrou como um foguete dentro daquela delegacia, eu não estou brincando, eu realmente tô com muito medo, acho que nunca aprontei uma tão grande. Logo atrás vinha a mamãe quase correndo pra acompanhar a mama. Adeus mundo cruel.

-Sina Deinert, eu juro para você, que eu tô com vontade de te matar. --Mamã falou baixinho perto de mim, óbvio que a mamã não ia fazer um escândalo na delegacia, mas quando chegar em casa…

-Senhora, é a responsável pela Sina Deinert?

- Sim senhor. --Mamã foi falar com o delegado, e a mamãe veio me abraçar.

-Filha o que você aprontou?

-Chutei um balde de lixo.

-Sina? Porque diabos você chutou um balde de lixo? E a propósito a Joalin sabe que você ta presa?

-Não, Joalin tava na varanda conversando com uma garota a festa inteira.

-Meu Deus filha, ela deve tá preocupada com você, vou ligar pra ela. E olhe, sua mãe não vai pegar leve com você, ser presa Sina Deinert? Sinceramente, eu não posso revidar nada que a Lauren falar com você, crie juízo e responsabilidades filha, olhe de quem você é filha, o nome que você carrega, isso amanhã vai estar estampado em todas as capas de jornais da cidade. Deus, não quero nem pensar no que Lauren vai fazer com você.--Mamae saiu para ir telefonar para a Joalin. Logo a mama Lauren chegou em minha direção, os olhos dela se encontravam dilatados, e eu sei muito bem o que isso significa.

-Vamos embora Sina Jauregui. Em casa a gente conversa.

-Assim que pisamos fora da delegacia, uma chuva de paparazzis nos aguardava, mamãe Cabello já ia encostando o carro, só entramos dentro e fomos embora dali.

Fomos o caminho todo silencioso, assim que entramos, eu desci primeiro, tentei ser esperta e subir as escadas antes da mama entrar em casa, mas não rolou.

- Aonde a senhorita pensa que vai? Sente aqui nesse sofá agora Sina Deinert Cabello Jauregui.

-Lauren, tenho calma ela é só uma criança.
--Mamãe falou tentando me defender.

-CRIANÇA CAMILA? SINA TEM QUASE 20 ANOS, EU TO CANSADA DISSO, EU TENTO FAZER TUDO PARA AGRADAR VOCÊS, MAS OLHE COMO VOCÊS ME RETRIBUEM? SINCERAMENTE SINA? EU ESPERA UM DIA TER QUE IR BUSCAR A JOALIN NA CADEIA, MAS VOCÊ FILHA?

-Mamã desculpa, eu agi por impulso. --Falei baixinho porque tudo que eu falasse podia ser usado contra mim.

-IMPULSO SINA? O QUE VOCÊ FEZ FOI VANDALISMO GAROTA. Sina eu juro por Deus, eu nunca encostei um dedo em vocês, eu e Camila sempre preferimos o diálogo. --Quando mama falou isso eu comecei a chorar, porque realmente, o diálogo sempre funcionou com a gente e nunca tínhamos chegado a esse ponto.

-Lauren, pelo amor de Deus se acalma.

-Não se meta Camila. Sina eu tô com uma vontade de te bater tão grande, que tá subindo no meu sangue, e se eu te batesse, você pode ter certeza que nunca mais esqueceria na vida, então você vá pro seu quarto, que eu preciso mesmo me acalmar, eu vou pensar em um castigo a altura pra você. --Eu estava paralisada sem reação alguma.

-VAI PRO SEU QUARTO AGORA SINA DEINERT. POR FAVOR, VA.

-Amor tenha calma, filha vá pro quarto, daqui a pouco vou lá falar com você. Obedeça sua mãe. --Mamãe falou e eu saí correndo com os olhos transbordando de lágrimas. Assim que entrei no quarto, Joalin chegou para ficar comigo. Nem tinha percebido que ela já estava em casa.

Dança ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora