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Kataleya

A sua expressão desanimada, tirou-me o chão dos pés. Não esperava abrir a porta e encontrar um Samaris tão triste.

Cedi-lhe passagem para entrar, embora este se tivesse aninhado nos meus braços.

- O que se passa bebé?

Após deixar escapar uma alcunha carinhosa, os seus braços apertaram-me ligeiramente. Estava realmente preocupada com o comportamento e sem saber o que pensar.

Mantive o abraço durante o tempo que ele precisou, até sentir que nos estava a separar de uma forma lenta.

Segurou o meu rosto com ambas as mãos. Um pequeno sorriso surgiu no seu rosto.

- Por favor Kat, não me deixes.

Senti o meu coração a partir-se em pedacinhos com a sua voz baixa e o seu olhar triste. Tinha o sentimento à flor da pele. Levantei a mão, levei os meus dedos pelo rosto, acariciando-o. Vi-o a fechar os olhos.

Saboreava ao meu toque. Ainda há uns dias estávamos a discutir e agora o carinho e todo o mimo que nutríamos era evidente.

- O que é que aconteceu

- Acabei com a Vanessa. Contei-lhe sobre nós e Kat, ela sabe que és tu. - Admitiu.

- Tu o quê? Samaris...

- Dá-nos uma oportunidade. Odeio-me por ter magoado a Vanessa... Mas recuso-me a passar outro dia sem ti.

Lágrimas subiram aos meus olhos.

- Eu amo-te Kataleya. Diz que queres tentar, da mesma forma que eu quero.

- Eu também te amo.

Posto isto, o moreno voltou a abraçar-me. Não sabia sequer o que pensar, mas também, podia fazê-lo mais tarde. Só queria desfrutar do meu Samaris e da nossa ligação.

Ninguém me fez sentir o que ele faz. Sem ter que se esforçar para me fazer sentir bem. Era o sentimento mais genuíno.

- Perdoa-me por te ter deixado.

- Sim, eu perdoo. Mas não consigo apagar isso da minha cabeça. Magoaste-me tanto.

- Acredita que também me magoei a mim. Sim Samaris, eu dou-nos uma oportunidade. Quero estar contigo todos os dias. A partir de hoje. És tudo o que mais quero.

O rapaz apressou-se a envolver-nos num beijo, acedendo cada emoção dentro de mim. Aquele fogo que tanto sentia falta.

Beijei-o de volta com a mesma vontade.

- Vamos com calma.

Arqueei a sobrancelha, sem perceber o que ir com calma significava.

- Como assim?

- Com calma. Um dia de cada vez.

- Estás a gozar comigo? Já esperamos tempo demais. Não quero saber de encontros. Quero o que sempre me deste. As nossas saídas e ter-te comigo sem hesitações ou receios. Não quero é perder mais tempo.

διαχρονικά  ➛  ANDREA SAMARISOnde histórias criam vida. Descubra agora