Capítulo 38

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Tentando não demonstrar desconforto, ela terminou de beber o resto do café que ainda se encontrava em sua xícara, e então o silêncio foi quebrado por Evans.

- O que você acha de hoje pedirmos algo para comer de algum restaurante aqui perto? - ele disse estralando os dedos das mãos.
- Por mim tudo bem. - ela disse sorrindo - Acho que vou aproveitar para tomar banho então...

Ele assentiu sorrindo enquanto pegava o telefone.
Enquanto subia as escadas ela ainda pode ouvir ele iniciando o pedido por telefone.
Sem pressa nenhuma ela afundou na banheira se deliciando com um banho quente e aproveitando para lavar os cabelos. Logo após enxugou-se e se enrolou no roupão grosso e confortável de algodão.
Quando voltou a descer as escadas novamente, foi inevitável não sorrir diante a tal cena. Atrapalhado, Evans estava terminando de colocar os pratos na mesa.

- Podia esperar que eu te ajudava nisso. - ela disse percebendo que ele também já havia tomado banho.
- Venha... sente-se. - ele disse indicando a cadeira.

Juntando-se a ele, ambos começaram a se deliciar com a típica comida italiana, enquanto conversavam assuntos rotineiros... assuntos que casais normais costumam conversar.
Após uma crise de gargalhadas ambos suspiraram satisfeitos, e Scarlett logo pulou da cadeira começando a recolher a louça e levando-a até a pia, e assim começando a lavá-la.
Não pode deixar de se surpreender quando viu Evans pegando um pano e começando a enxugar as louças já limpas, ao invés de subir e ir trabalhar em seu escritório como fazia todas as noites. Curiosa demais, ela teve que perguntar.

- Você não vai trabalhar hoje?
- Hoje não... - ele disse enxugando um prato.

O silêncio voltou a ficar pesado entre eles... e novamente foi Evans que o quebrou.

- Porque ultimamente você anda quieta?
- Hmm... ela disse dando de ombros - estou com dor de cabeça hoje?

Ele não estava se referindo apenas aquela noite e sim, desde o dia que voltaram do Canadá, porém ele se satisfez com a resposta e de pronto largou o pano em qualquer lugar e um sorriso malicioso iluminou seu rosto.

- Sabe... eu sei como fazer essa dor de cabeça sumir.
- Sério? - ela disse entrando no jogo e desligando a torneira - Como?

Um sorriso estava prestes a surgir nos lábios dela e Evans percebeu.

- Vem aqui que lhe mostro... - ele disse com a voz tão mansa que um arrepio percorreu todo o corpo de Scarlett enquanto ele inclinava a cabeça e colava seus lábios.

Uma caricia leve e carinhosa que se transformou em uma dança sensual de línguas e sabores... era sempre assim com eles!
Com um gemido rouco ele a abraçou pela cintura, prensando o corpo dela entre a pia e o seu próprio corpo, Evans interrompeu o beijo e a olhou nos olhos.

- Porque você não deixa essa louça de lado e sobe para o meu quarto... - não era uma pergunta, ela percebeu.

Ela sorriu sem desviar o olhar e apenas assentiu vendo o olhar dele brilhar de desejo assim como o dela.
E então ela o beijou... como uma das poucas vezes que fazia, ela tomou a iniciativa o deixando ainda mais satisfeito.
A louça que fosse aos diabos... - ela pensou antes de jogar os braços ao redor do pescoço dele e abrir os lábios recebendo a língua quente e ávida de Evans.
Evans notou que Scarlett o envolvia pelo pescoço e que se punha na ponta dos pés, encaixando o corpo no seu e ameaçando totalmente seu auto controle.
Controlou a si próprio, respirando junto dela, permitindo-se saborear cada recanto da boca doce...
Puxou-a mais para si, as mãos deixando a cintura delgada para acariciar as curvas dos quadris por cima do grosso roupão de algodão.
Scarlett soltou um gemido e o som pareceu vibrar dentro de Evans, ateando fogo em seu sangue que corria como louco pelas veias e artérias.
Ergueu-se nos braços, e tentando controlar a si próprio começou a subir as escadas com cuidado, tendo as pernas torneadas de Scarlett ao redor de sua cintura.
Quando enfim entraram no quarto Evans retomou-lhe a boca e a deitou. Mordiscou o lábio carnudo até ela gemer de prazer, e só então aprofundou o beijo, a beijando com quase violência.
Ela o envolveu nos braços, sentindo-se derreter com o beijo, com o calor do corpo másculo e exigente sobre o seu.
Cada parte de seu corpo latejava de expectativa.
Com o rosto carregado de tensão devido ao desejo intenso, Evans desamarrou-lhe o cinto e tirou-lhe o roupão devagar, jogando-o ao chão.
Ambos arfaram. Ele cobriu-lhe os seios com as mãos; com a língua; contornou um mamilo rígido, depois o outro, antes de cerrar os lábios em torno de um bico para sugá-lo, testando os contornos, pressionando a carne com os dentes.
Ela era perfeita demais! O cheiro da pele era tão inebriante e enlouquecedor...

- Evans! - Scarlett exclamou quando ele baixou a cabeça e capturou o mamilo com a boca.
- Meu Deus... - a voz de Evans soou rouca. - Você é maravilhosa!

Scarlett sentiu que corava, porém mal teve a chance de se recuperar... Arqueou o corpo e ofereceu os seios mais uma vez.

- Toque-me... - ela murmurou contra os lábios quentes, a respiração entrecortada.

As mãos de Scarlett dançavam sobre ele como chamas, incendiando-o com uma paixão havia muito contida. Ele gemeu.
Libertando-se de todos os freios, Evans puxou-lhe a cabeça para baixo para beijá-la e sentir o fogo dos lábios dela. Iniciou, então, uma jornada de exploração, não parando até o instante em que a tocou em seu ponto mais íntimo, fazendo-a contorcer-se e emitir um fraco gemido, cerrando as pernas contra as dele. Continuou a explorá-la com a mão em círculos torturantes.
Scarlett fechou os olhos, louca de volúpia.
Com toques gentis e enlouquecedores, Evans a fez atingir o clímax.
Scarlett se agarrou aos ombros fortes e pendeu a cabeça para trás contendo um grito preso em sua garganta.
Não suportando mais e sentindo que estava perto do fim, Evans se livrou do próprio roupão praguejando baixinho e fazendo Scarlett sorrir.

- Você me mata mulher! - ele disse voltando a lhe beijar a boca com desejo, reacendendo todo o corpo de Scarlett novamente.

Afastou-lhe as pernas e continuou a fitá-la enquanto deslizava para dentro dela, sentindo o calor dela lhe envolver o membro duro e ereto.
Dominado e entregue ao desejo ele segurou-lhe as mãos acima da cabeça e ficou observando-a, vendo o prazer dominá-la antes de, enfim, entregar-se à explosão final, despertando sensações que jamais foram tão intensas.
Entre eles era sempre assim. A magia nunca acabava e era sempre tão intenso que os pulmões imploravam por ar...
Ele rolou o corpo para o lado com a respiração entre cortada. Aquela noite havia sido tão especial!
Ela tirou os cabelos molhados - um pouco pelo suor e outro pelo banho - da própria testa e respirou fundo.
Evans a puxou para o calor de seus braços, acomodando-a em seu peito.

- Espero que Elizabeth não fique zangada. - ele disse tirando uma gargalhada de Scarlett.

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