Capítulo 48

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Não demorou até que o beijo muda-se de doce e lento para afoito e sensual.

- Quero que me toque... - ela sussurrou quando ele lhe abandonou a boca e se apoderou de seu pescoço.
- Vou tocá-la. - ele prometeu, com a voz sensual.
- Quero lhe tocar... - ela disse com a voz igualmente sensual enquanto passava vagarosamente a língua pela orelha dele.

Ele não pôde deixar de rir perante a ousadia dela.

- Desde quando você é tão ousada? - ele perguntou lhe apertando os seios sem muita delicadeza.
- Você não gosta? - ela o provocou esfregando seu corpo no dele, sentindo a ereção entre eles.
- Adoro. - ele disse pressionando o seu quadril na parede para dar enfase no que dizia - Só estava me perguntando quando aconteceu.
- Você me fez ficar assim. - lhe acariciou o membro com a mão.
- Céus, - ele disse voltando a lhe beijar a boca - acho que criei um monstro.

Ela ronronou. Ou teria sido uma risada?
Uma de suas mãos vagou por seus quadris, queimando-a através do fino tecido de sua camisola, que por sinal era a única peça de roupa que ela usava.
Logo voltou a lhe beijar o pescoço, enquanto as mãos iam apertando-a e tocando-a, e já não havia mais espaço entre eles.
Ela sentiu que caía, e logo ambos estavam sobre a cama, sem nem ao menos saber explicar como haviam chegado ali.
A mão de Evans voltou a tocar-lhe o seio, acariciando-o em círculos.
As carícias se prolongaram até que ambos não resistiram e uniram seus corpos, e então a magia começou. O fogo os consumia a cada rebolada de quadris e a cada penetração.

- Oh, Evans... - ela gemeu enquanto cravava os dedos nos ombros dele.

Ele não se importou com a dor... não se importou com nada, somente com aquela mulher que o estava levando novamente as alturas.

- Mais, mais, mais... - ela pediu e ele compreendeu que ela estava chegando ao ápice.
- Scarlett. - ele gemeu atendendo o pedido dela.

Ela arqueou ainda mais os quadris enquanto afundava a cabeça no macio colchão. Céus iria morrer de prazer, disso estava certa.

- Olhe pra mim. - ele pediu com certo dificuldade.
- Não consigo... Oh Evans! - ela disse se contorcendo debaixo dele.

Evans não pôde deixar de abrir um sorriso de satisfação tipicamente masculino, e então com mais duas estocadas ambos atingiram o ponto máximo juntos.

- Oh. - ela gritou então seu corpo tremia devido a intensidade do orgasmo.

Evans não emitiu nenhum som, há não ser o da respiração pesada e ofegante... não conseguia, apenas deixou sei corpo cair sobre o dela.
Quando por fim a respiração se acalmou um pouco ele saiu de cima dela e se deitou ao seu lado.

- Você vai estar aqui quando eu acordar? - ele perguntou com a voz baixa.
- Sim. - foi tudo o que ela disse.

Uma única palavra que fez o coração de Evans saltar tão rápido que ele pensou que ela ouviria as batidas. Tal ideia fez ele olhá-la, mas ela estava de costas, na ponta da cama, encolhida como se precisasse de proteção. Afastada o suficiente para dar a entender que o contato dele poderia machucá-la...
Ele suspirou. Pelo menos, ela estava ali. E ainda estaria ali pela manhã. Ele fechou os olhos não se importando com o sorriso bobo que estava estampado em seus lábios.
Ela continuou na beirada da cama, resistindo à vontade de procurar novamente o calor do corpo de Evans e lhe beijar os lábios.
Não acariciara os cabelos dele, nem os músculos firmes e definidos do peitoral nu. Permaneceria controlada durante todo o tempo. Não permitiria que houvesse repercussões nem que houvesse fraqueza. Não cairia novamente na armadilha do coração. Continuaria dizendo a si mesma que seu relacionamento com Evans não passaria de um envolvimento físico. Nele, amor era um sentimento terminantemente proibido.
Scarlett o estava evitando. A suspeita surgiu várias vezes na mente de Evans durante os dias - oito dias pra ser mais exata - que se seguiram.
Ela continuava dormindo em sua cama todas as noites, e eles continuavam fazendo sexo todas as noites. mas depois da relação íntima ela sempre virava lhe dando as costas e se encolhia. E por mais que ele tivesse tentado uma ou duas vezes abraçá-la, ela sempre dava um jeito de acabar afastando-o.
Especialmente naquela manhã, Scarlett e Elizabeth haviam combinado de almoçarem juntas, e os sempre intrometidos Evans e Chris, logo trataram de se incluir no almoço.

- Scarlett, eles chegaram. - Evans gritou indo atender a porta, enquanto ela respondia um "já vou" - apressado.
- Olá Evans. - Elizabeth e Chris falaram juntos quando a porta se abriu.
- Olá Chris... Lizzie. - os olhos de Evans não puderam deixar de correr para a barriga de Elizabeth. Afinal, era a primeira vez que a via depois de saber da gravidez.

A loira lhe lançou um olhar desconfiado e entrou na casa, indo direto para a cozinha.

- Elizabeth. - Scarlett disse secando as mãos - Como está a grávida mais linda desse mundo?
- Bem. - ela disse olhando para ver se Chris continuava na sala - Você disse alguma coisa pro Evans? - ela perguntou logo de cara.
- Porque? - Scarlett ficou na defensiva.
- Ele me olhou de um jeito esquisito. - ela deu de ombros e logo sorriu - Estou planejando contar hoje à noite tudo para o Chris.

Scarlett sorriu animada.

- Sério? - a loira assentiu - E como você acha que ele vai reagir?
- Não sei. Espero que não fique zangado por eu ter levado tanto tempo para contar. - ela disse enrugando o nariz.
- Ele vai entender. - Scarlett a tranquilizou - Agora, me ajude com as saladas.

A loira assentiu lavando as mãos e pegando uma faca.

- E você? - ela quis saber enquanto Scarlett olhava a carne no forno.
- Eu o que?
- Como anda as coisas na cama do Evans?

A tentativa de piada de Elizabeth não foi bem sucedida.

- Estão na mesma. - Scarlett disse dando de ombros.
- Não brigam mais?
- Não. Estamos bastante bem. - ela disse satisfeita.
- Isso é ótimo. - a loira disse parecendo realmente feliz.
- Hoje está fazendo dois meses que casamos. - ela disse fechando finalmente o forno e começando a preparar o arroz.
- Parece que foi ontem. - a loira disse terminando com o terceiro tomate. - Andou falando com seus pais?
- Sim. Estão como sempre.
- Você pensa em vê-los antes de terminando o contrato?
- Talvez. Depende de como as coisas vão correr. Falando em contrato, os 500 mil do adiantamento ainda estão em mais da metade. Talvez eu nem precise dos outros 500 mil.
- E se as coisas voltarem a complicar? De onde você vai tirar dinheiro?

Scarlett ficou quieta. Elizabeth tinha razão, não poderia se dar ao luxo de negar dinheiro limpo. Bom, dinheiro quase limpo.

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