🇨🇵 01🇨🇵

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                                    ~🇨🇵~

                            Salut, bonjour.

                       Bem-vindos a Paris.

A capital que transborda arte a cada esquina, que jorra romantismo em cada ponto, que te põem em um mundo novo e bonito, que te faz respirar feliz e te trás felicidade. Os passos calmos dos moradores e turistas, acompanhados de sorrisos ternos, transmitem uma sensação de paz e harmonia sem igual, era como se o universo colaborasse para que aqui, fosse um lugar único.

Eu sou a Sophie. Sophie Durfour, para ser mais exata. Nascida e criada pelas ruas floridas de Paris, tive uma infância maravilhosa, sabe? Por muitas vezes fiz meus pais pagarem caro em cada flor que aceitava pelas ruas.

Como eu poderia saber que tinha que pagar por elas? Eram tão lindas, que eu não resistia em aceita-las.

Bom, aos 12 eu passei a recusa-las, havia entendido que não devia aceitar mais, fiquei triste de início, mas tudo bem.

Aos 22 anos, ainda morava sobe o teto dos meus pais, porém nos últimos meses e semanas resolvi que havia chegado o momento certo de morar no meu próprio lugar, onde poderia o chamar de meu. Não que considerasse que a minha casa, não era "minha", mas achava que precisava de um espaço próprio, onde eu pudesse me auto sustentar, viver sobre os meus próprios custos e cuidados.

Após 8 meses, eu me sentia finalmente pronta para tomar o controle da minha vida, não há como explicar a sensação de virar motivo de piada, ser humilhada publicamente e ainda perder alguém muito importante para mim.

Eu mesma

Acabei por deixar sumir a minha própria essência, vigor e toda a minha vontade de realizar todos os meus desejos e sonhos. A dor que tudo isso me causou é inexplicável, é doloroso pensar sobre isso e não sentir que as lágrimas continuam insistentemente querendo cair, porém, eu iria superar tudo isso de cabeça erguida, como estava fazendo todo esse tempo.

Distraída olhando fixamente a janela, perdida na felicidade das pessoas, que seguiam rumo aos seus devidos afazeres, não percebo as leves batidas e muito menos a silhueta da minha mãe na porta entreaberta do meu quarto.

— Precisa de ajuda com as malas? — sua voz soa calma, atraindo minha atenção.

Minha mãe não foi totalmente a favor da minha ideia de morar sozinha, mas também não foi contra, não confiava em me deixar sozinha em um lugar onde suas orbes não conseguiam me encontrar. Mas ela melhor do que ninguém, parecia entender que eu necessitava respirar o meu próprio ar e caminhar com os meus próprios pés. Sabia pelo que passei, e passou tudo comigo, não me abandonou de nenhuma forma, acho que ter minha mãe e meu pai sempre do meu lado, me motivou a fazer o que estava fazendo. Preciso sair de casa, para que eles comecem a viver o que perderam com minha longa crise existencial.

— Claro — respondo com um leve sorriso indo em sua direção a abraçando.

— O quê estava te distraindo tanto que não me percebeu chegar? Será que pensava em desistir de ir embora? — ela diz em um tom brincalhão enquanto alcançava uma blusa para colocar na mala.

— Mãe, nós já conversamos sobre isso, eu preciso me acostumar a viver debaixo do meu próprio teto, sabe, a maioria dos jovens atualmente fazem isso. — digo fazendo-a se sentar na cama.

— Eu entendo, querida. Mas você sabe que esse teto inteiro dessa casa te pertence, não sabe? — ela suspira — Me dói o coração ver minha filhinha indo embora, mas quero que saiba que independente de qualquer decisão que você tomar, sempre terá meu apoio. — ela segura em minhas mãos me olhando com um sorriso acolhedor no rosto.

ONE NIGHT IN PARIS || KTH [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora