ONE NIGHT IN PARIS || KTH [EM REVISÃO]

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Sabe quando você tem aquela boa noite de sono, em que acorda relaxado pela manhã, sentindo uma tranquilidade rara, e leveza? 

Pois bem, eu me encontrava dessa forma, até virar na cama e perceber que havia me distraído tanto observando as estrelas e lua ontem a noite, que acabei esquecendo de fechar a cortina. 

Uma droga.

Me levanto ainda com os olhos meio fechados — graças a preguiça do sono — me arrastando até a janela, puxando as persianas, deixando o quarto com uma iluminação rasa. Me deito novamente, sentindo uma respiração quentinha próxima a minha nuca. E só nesse momento lembrei que não estava deitada sozinha.

Me virei lentamente vendo como até com o rosto todo amassado, o Taehyung conseguia ser ainda mais lindo. Seu cabelo com pequenos cachos, caia de frente ao seu rosto, o deixando com uma aparência fofa.

Levo meus dedos até os pequenos fios, os retirando da frente dos seus olhos e acariciando devagar, sentindo o quão sedoso era — leve invejinha. Comecei a traçar uma pequena linha imaginária, que começava no topo de sua testa, fazendo curvas ao redor do seu maxilar até parar em seu queixo.

Já disse como as pintinhas no rosto dele são adoráveis? Não? Pois estou dizendo agora.

Sua feição parecia muito tranquila como se estivesse tendo um sonho muito bom, odiaria interromper um momento como esse, então decidir pelo menos levantar indo direto para o banheiro, o que de fato acabou acontecendo bem rapidinho, já que queria continuar deitada mais um pouco.

Já de volta, fiquei paradinha apenas observando o ressonar baixinho da respiração do Taehyung, a expressão serena… Seria muito difícil não se apaixonar por ele.

Não que eu esteja apaixonada, por que… Eu não estou, não é? 

É muito assustador pensar sobre isso, porque no fundo eu sei que o que ando sentindo é muito forte, a ponto de me deixar ansiosa, pois por mais que eu tente negar, disfarçar ou desconversar, eu entendo que o sentimento no meu âmago é mais intenso do que um amigo sente por outro. 

Não é fraterno, é… Romântico. E isso me assusta. 

— Consigo ver a fumaça saindo da sua cabeça. — me assusto com aquele tom de voz tão mais rouco pela manhã — Devo me preocupar com seus pensamentos?  — ele abraçou minha cintura, enfiando a cabeça na curva do meu pescoço.

— Só se você estivesse neles — ele sorri — Dormiu bem? — acaricio seus cabelos. 

— Como um anjo, cheris. — ele suspira — Se continuar assim, vou acabar dormindo novamente.

— Você não tem aula hoje? — continuo a fazer um cafuné, até que ele se levanta de repente — O que foi?

— Que horas são, cheris? — procura o celular pelo quarto.

— Perto das nove — verifico o horário no celular, o vendo relaxar a expressão jogando o cabelo para o lado — Algum problema?

— Não, cheris. — sorri pequeno me observando — Só preciso encontrar meu irmão antes das onze, e ele odeia atrasos.

— Segunda vez que você fala sobre seu irmão — observo seu rosto bonito — Ele é como você?

— Hm, nenhum pouco… Porém é melhor com palavras do que eu — respira fundo — Acho que precisamos conversar agora, não é? — parecia bem acordado agora.

Mordo o lábio inferior em sinal de nervosismo, enquanto observo minhas mãos apertarem o lençol grosso que ainda me cobria minhas pernas, meu coração que estava tranquilo, disparou como uma bomba relógio.