ONE NIGHT IN PARIS || KTH [EM REVISÃO]

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                                   ~🇫🇷~

O dia mal havia nascido, e eu já estava a acordar levemente assustada com toques brutos sem parar na porta de entrada, pego o meu meu celular ao lado da cama, me certificando que ainda era início da manhã.

As batidas continuam ainda mais desesperadas, como se alguém tivesse algum tipo de pressa e quisesse ser atendido naquele momento de qualquer forma. Levanto contra a minha vontade, cambaleando pelo quarto até chegar a porta da sala, a abrindo sem me importa com a situação em que estava.

— Pensei que não fosse abrir nunca — é a primeira coisa que Florence fala, antes de entrar e se joga no meu sofá.

— Florence, o que você está fazendo aqui essa hora? — pergunto enquanto tranco a porta e me jogo no outro sofá, fechando meus olhos — Você não acha que é muito cedo para me incomodar?

Florence possuía esse costume horrível de aparecer do nada, em horas inconvenientes e sempre em horários como esse. Era como se fosse ligada nos 220v, não para quieta nem quando dormia.

— Sophie, não seja tão chata, nem é tão cedo assim. E você acha que eu incomodo? — ela atira um travesseiro com força em minha direção — Fiquei extremamente magoada, mas enfim — ela respira fundo — O dia lá fora está tão lindo, Sophie. Vamos tomar café na cafeteria da esquina, ouvi dizer que eles fazem um ótimo chá de maçã, e eu sei que você adora e depois vamos no supermercado, comprar nossos mantimentos, ei — ela me cutuca — Você me ouviu? Sophie! — ela pula em mim sem piedade alguma, me fazendo cócegas sem parar.

— Para! Tá doendo — tento a empurrar, tentando não sorrir, mas ela continua — Eu faço o que você quiser, só por favor, para — ela finalmente cessa, saindo de cima de mim com um sorriso vitorioso nos lábios, enquanto eu me sento tentando controlar a minha respiração.

— Levanta logo, toma um banho e se arruma, a cafeteria abre daqui a meia-hora, vamos — ela bate palmas enquanto fala, com um sorriso enorme no rosto.

Era inacreditável que ela havia me acordado tão cedo por que queria ir até o café da esquina.

Por que Florence era assim,quando se animava em conhecer algo, não pensava duas vezes no local ou hora, simplesmente me puxava para ir junto.

Mesmo a contragosto, levanto do sofá mantenho a expressão brava.

— Muda essa cara — ouço-a gritar antes que eu pudesse entrar no quarto.

                                  ~🇫🇷~

— Anda logo — ela segura meu pulso me puxando — Você demora muito para andar, quando a gente chegar já vai estar cheio, e nem vai ter lugar para sentar — ela choraminga.

— Que exagero, provavelmente ainda vai estar fechado quando chegarmos, não surta — ela me encara com um olhar mortal, enquanto permanecia agarrada ao meu braço.

Retiro meu pulso de sua mão, passando observar o dia e as pessoas ao redor, o dia estava realmente lindo como ela havia dito, um belo dia para quem aprecia o sol e verão, fazia muito tempo que todos os dias para mim eram como o inverno, longo, frio e congelante. Não que eu não gostasse do sol, por que vejam bem, o sol no início da manhã é saudável e gostoso, mas ao longo do dia é insuportável.

Chegamos em frente à cafeteria que  Florence havia dito, e por incrível que pareça, estava quase cheio, tanto dentro quanto fora. O lugar possuía uma vibe rústica, pequenas flores em vasos eram espalhadas por cada mesas e em cada pequeno candelabro distribuído pelo teto, quanto mais olhava os detalhes, mais encanto e conforto eu sentia, a cafeteria era realmente linda.