O dia passou arrastando hoje. Tudo tava chato, demorado, não me dando o menor interesse, sem vontade alguma de fazer qualquer coisa. Eu tive apenas uma entrevista pra produzir no período da manhã e de tarde eu tive uma reunião com a próxima entrevista que será gravada daqui uma semana, mas hoje tive que colocar um gravador na sala porque realmente estava desatento a tudo.
Relatórios que escrevo tranquilamente no máximo por um hora, hoje levou duas, três horas. Cansativo e chato essa é a definição desse dia. A única coisa boa foi que me distraiu porque não tive tempo de pensar em muita coisa que não fosse trabalhar ou escrever relatórios.
Termino o último do dia e me espreguiço na minha cadeira, querendo ir embora pra minha casa, sem nem passar perto do bar. Me afundo na minha cadeira e só então percebo o corpo do Jeon escorado na batente da porta pelo braço; desvio meu olhar de volta pro meu computador, sem me mexer e sem dar importância pra ele parado ali.
— Não sabia que te ver trabalhando era gratificante assim. - Ele diz cruzando seus braços que percebo pelo canto do olho.
— O que você quer? - Eu mantenho meu olhar pra tela do meu computador.
— Você de volta! - Ele diz com a voz um pouco mais baixa conforme entra na minha sala.
— Tô trabalhando aqui, Jeon! - Respiro fundo no final da minha fala, tentando manter minha postura brava com ele.
Ele se move até ser a sua vez de parar atrás do meu computador, tentando chamar a minha atenção. Desvio de uma vez meu olhar pro dele.
— Eu não quero desistir de você! - Ele diz com a voz firme.
— Você tem que decidir o jeito que você me trata, porque a cada momento tá diferente. - Digo frustrado enquanto volto a encarar meu computador, sentando direito na cadeira.
— Eu tô praticamente há dois dias sem conseguir trabalhar porque eu não paro de pensar na bosta que eu fiz e saber que foi por causa disso que terminou comigo é desesperador pra mim! - Ele inclina um pouco seu corpo sobre a mesa, apoiando suas mãos nela, querendo minha atenção de novo: Eu tô pedindo sua ajuda nisso, Jimin.
— Nisso o quê? - Seu tom de voz e o que me fala tem minha atenção.
— Por que terminou comigo? - Ele não para de me encarar.
— Porque você foi escroto! - Eu respondo até que rápido.
— É isso, eu não quero mais ser escroto com você. - Ele me responde rápido também.
— Você não tem que querer mudar por causa dos outros e sim pra você mesmo. Quem convive com você é você mesmo! - Eu tento me fazer indiferente e volto a encarar o computador.
— Eu não pensaria nisso de me mudar nesse sentido se não te conhecesse e não sentisse o que sinto por você.
— Jeon, essas palavras bonitas não vão mudar as coisas. - Me concentro no computador ficando difícil manter essa postura rígida com ele.
— O que vai mudar então? Por favor, me fala! - Sua voz sai realmente desesperada.
— Eu não sei também! Muitas coisas foram ditas. - Volto a olhar pra ele, gesticulando.
— E eu vou te pedir desculpa sobre isso quantas vezes forem necessárias, mas eu acredito de verdade que só isso não é suficiente pra acreditar em mim, por isso que to pedindo sua ajuda. - Ele diz voltando com o seu corpo ao normal, tirando suas mãos da mesa.
— Eu não posso te ajudar com isso. - Respiro fundo, olhando pra ele.
— Tá certo! - Ele bufa frustrado e se move depois de uns instantes que ficamos nos encarando; ele enfim decide sair da minha sala.
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A Verdade Não Dita; pjm + jjk
FanfictionPark Jimin é um conhecido produtor da emissora ChannelFive (C5), responsável por produzir conteúdos musicais de sucesso, entre eles, o programa de mais sucesso da emissora: A Verdade Não Dita. Neste programa, grupos e bandas musicais gravam entrevis...