Capítulo 17: Tô indo pra aí.

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— Desculpa, eu tenho problema com horário. - Digo entrando atrasado no carro do Jungkook, sentando ao seu lado.

— Pelo menos vale a pena. - Seu corpo tá virado em minha direção e ele desce olhar pro meu corpo sentado.

Sorrio um pouco envergonhado instantaneamente mas logo desço meu olhar pelo seu corpo sentado ao meu lado também e percebo que além de gostoso, ele fica incrivelmente sexy com essa blusa comprida branca; o seu peitoral fica de certa forma mais marcado e maior, destacando essa região.

Eu fui pelo simples, básico e confortável de me vestir todo de preto; sapatos, calça jeans e blusa comprida.

— Independente disso, eu sempre valho a pena. - Digo divertido pra descontrair um pouco, me ajeitando e pondo o cinto de segurança.

Ele ri baixo enquanto se ajeita também e liga o carro, saindo da frente do meu prédio.

— Pensei que não ia querer vir com o seu carro. Hoje cedo esqueci de te perguntar sobre isso. - Digo virando meu rosto pra olhá-lo, concentrado de um jeito mais atraente ainda pra rua em sua frente.

— Eu praticamente não bebo mais. - Ele diz com um pequeno sorriso em seus lábios enquanto apoia sua mão em minha coxa, a deixando ali; continuando: Bebi tudo que tinha que beber na minha adolescência.

É verdade. Acho que nunca vi o Jungkook bebendo; se vi, não me recordo agora. Mas pelo menos eu lembro do que me contou sobre a sua adolescência, de ter bebido por um tempo depois da morte da sua mãe.

— Algo me diz que você vai beber por mim hoje. - Sua voz novamente me tira dos meus pensamentos.

— Eu não bebo desse jeito não... - Eu rio baixo, apoiando a minha mão em cima da dele na minha coxa: Não mais.

Ele ri rouco de um jeito fofo e isso me faz rir bobo por ele, na verdade. Eu to fudido mesmo.

— E quando foi que você bebia assim? - Ele diz dando breves olhando pra mim, me observando, logo voltando a olhar pra frente.

— O Saengi bebia bastante de final de semana... - Viro meu rosto pra frente, olhando pra rua também: De dia de semana também, na verdade. Eu geralmente acompanhava ou então... - Respiro fundo antes de continuar: Se eu não acompanhasse eu era chato demais pra sair com ele.

— Ainda não tive a oportunidade de te falar isso, mas eu tenho muito orgulho de você. - O que ele em diz me faz olhá-lo novamente.

— Ué, por quê? - Fico confuso não sabendo exatamente sobre o que ele tá falando.

— Não é todo mundo que passa pelo o que você passou e continua a vida, Jimin. - Ele começa atento a rua: Pode parecer que tudo isso que tenha acontecido contigo seja algo pequeno ou o famoso "azar no amor", mas não foi. Foi algo muito sério e contínuo. Algo que te torturava dia a dia; cada dia um pouquinho mais. E você não desistiu desse sentimento que tinha por ele, pelo ao contrário, lutou pelo o que acreditava ser certo.

— Mas o que adiantou lutar tanto e me desgastar tanto? Eu só tive consequências ruins por isso. - Eu fico desviando meu olhar da lateral dos seus olhos pra sua mandíbula se mexendo quando fala.

— Sim. Teve as consequências ruins que são essenciais também, mas teve as consequências boas. - Ele vira seu rosto pra me olhando ao parar no semáforo vermelho.

— Quais foram as boas? Eu realmente não sei. - Digo um pouco desesperançoso.

— Você é forte, Jimin... - Ele diz apertando um pouco a minha coxa ao mesmo tempo, passando mais confiança ainda no seu olhar: Consegue atender o telefonema dele e dizer que não vai voltar, que não quer nada com ele. Consegue entender que aquilo que você viveu com ele não foi saudável, que não quer mais isso pra você. Terminou comigo quando sentiu que as coisas estavam se repetindo, querendo cortar o mal pela raiz. - Ele sorri um pouco: Você acha que é fácil cortar o mal pela raiz? Nossas histórias são diferentes, mas eu sei que nao é facil cortar o mal pela raiz e não cair na vontade da repetição.

A Verdade Não Dita; pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora