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Uma hora de viagem foi o necessário para que Steve e Tony chegassem em segurança no prédio onde o mais novo morava. Durante o percurso, Steve pode analisar e conhecer melhor de Tony. É como se a bebida estivesse controlando seu cérebro, fazendo-o contar sobre tudo aquilo que ele não conseguia quando sóbrio. E isso fez com que o coração de Rogers batesse ainda mais forte pelo garoto. Tudo nele era extremamente encantador, desde o fato de o fato de não gostar de chá até ao que ele não gosta de dormir do lado esquerdo da cama. Tudo aquilo mexeu com sua estrutura.

Ele não poderia negar que desde quando começaram a se falar, que se sentiu atraído pelo de olhos castanhos, porque era algo que estava estampado em sua face. E até mesmo sua mulher havia percebido isso. Tanto nos momentos que chegava em casa depois do trabalho e via seu marido com lágrimas nos olhos enquanto estava sentado no sofá, até as noites quentes em que ambos compartilhavam da maior demonstração de intimidade entre um casal.

Isso fez com seu desespero interno aumentasse. Porque Tony não apareceu em sua vida antes de tudo acontecer? Porque ele não buscou outra forma de quitar suas dividas? Essas perguntas sempre apertavam seu coração de uma forma extremamente dolorosa.

— S-steve? — assim que aquela ecoou em seu ouvido, ele tratou de secar algumas lágrimas que escorreram enquanto pensava em tudo o que aconteceu recentemente.

— Oi... É eu vou... Vou preparar um café pra você... — dito isso se levantou da cama e rumou a porta, e sem nem olhar pra trás saiu em direção a cozinha.

Sua vida havia virado uma completa bagunça desde que Anne sua mãe o apresentou ao famoso multimilionário Richard Carter e sua linda filha Peggy Carter. Desde aquele momento tudo aconteceu como uma bola de neve que não parava de crescer a cada minuto. O empresário conseguiu um consultório amplamente grande pra ele, um flat espaçoso para Carol e todas as mordomias que garotas de 20 anos apreciam, e em troca ele deu um sobrenome a mais a sua única filha.

Peggy era uma boa garota. Linda e simpática, diferente de várias outras por ai, o que facilitou muito o convívio. Ele tinha que admitir que a amava. Não da forma que deveria, mas ainda sim era amor. Puro e verdadeiro. Assim como o que ele sentia por Tony. O garotinho problemático que conquistou cada molécula de seu corpo, com apenas algumas palavras e demonstração de carinho. E ele se sentia assim sem ao menos ter tocado o corpo do mais novo. Imagine quando se beijassem.

Interrompendo bruscamente seus pensamentos, Steve nem ao menos percebeu quando o café que preparava havia ficado pronto. Balançou a cabeça negativamente e despejou o conteúdo da máquina em duas canecas. Ligou a torneira e encheu suas mãos de água levando-as ao rosto para que pudesse esconder seus olhos úmidos e inchados por conta do choro.

Tomou os copos em mãos e a passos lentos subiu as escadas parando apenas para abrir a porta delicadamente e vasculhar o quarto em busca de um corpo pequeno coberto por um sweater do Mickey Mouse e uma calça skinny preta. Assim que o encontrou sentado ao chão escorado na cama com uma foto em mãos, fechou a porta sem fazer barulho e se aproximou do mais novo, sentando ao seu lado e lhe esticando o copo que logo foi pego pela mão pequena de dedos gordinhos do outro.

— Obrigado... — sussurrou tentando esconder seu choro, mas falhando ao que um soluço ecoou pelo quarto.

— Tony... — e assim Steve que já chorava antes e ainda se encontrava sensível, puxou o moreno para um abraço e encaixou seu rosto no pescoço quente e macio de Tony e permitiu que as lágrimas escorressem, molhando a pele exposta.

— Stevie... — soluçou Tony novamente, depois de alguns minutos ali. — N-não chora... — afastou seu rosto minimamente e pegou a caneca das mãos de Steve colocando em cima da cômoda juntamente com o seu, e com um movimento se virou para Rogers colocando suas coxas por cima das dele. Suas mãos pequenas se encaixaram aos lados do rosto de Steve e logo o azul se perdia no castanho causando uma explosão de sentimentos nos dois.

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