31

1.2K 124 45
                                    

Dizem que quando você finalmente encontra seu lugar no mundo, tudo fica melhor. Tudo fica mais colorido. E Steve estava descobrindo isso da melhor forma possível. Depois das palavras que a senhora lhe disse, todo o peso, a insegurança, o arrependimento e o medo haviam ido embora dando lugar a esperança.

Esperança de viver ao lado do verdadeiro amor de sua vida. Fazê-lo feliz. Amá-lo incondicionalmente todos os dias. Fazê-lo se sentir especial e amado.

E esse era o principal objetivo de Steve.

Aquela conversa com a senhora despertou algo em seu interior. Toda a alegria de viver havia voltado. Todo o calor que acalentava seu peito estava de volta, fazendo-o se lembrar de sua infância onde nada e nem ninguém o dizia o que e quando fazer.

Claro que não iria abandonar Peggy, por muito tempo ela havia sido seu consolo. A pessoa com ele desabafava, com quem ele contava. Acima de tudo ela era sua amiga. E estava grávida de um filho seu, ele iria assumir e dar todo seu amor a ele ou ela.

Procurando trancar seus pensamentos em suam mente, Steve retirou o aparelho celular do bolso de seu sobretudo e discou o numero de Carol, afim de lhe mandar uma mensagem.

Steve: Mande o Tony desce até o estacionamento e não faça perguntas ;)

Após mandar a mensagem, o jovem se dirigiu ao seu carro estacionado no fundo do local, isolado de todo o resto. Trancou-se no veiculo e ligou rapidamente o aquecedor.

Um dos pontos negativos de Nova York era o frio congelante.

Rogers encostou a cabeça no volante e fechou os olhos enquanto pensava no quanto sua vida havia mudado nos últimos meses. No quanto tudo parecia de certa forma "certo" agora.

O garoto enfim conseguia entender o que seus pacientes queria dizer com a frase "eu não sei o que fazer" sempre que entravam em seu escritório, a alguns meses atrás tudo o que o importava era se casar com Peggy, constituir uma família ao seu lado e assim desfrutar de todo o luxo em que vivia sua família, agora tudo o que ele queria era estar nos braços do pequeno garoto de olhos castanhos e roupas largas que fazia seu mundo virar de cabeça pra baixo.

Resumindo, ele se sentia dividido entre sua esposa grávida e seu atual amante a quem nutria um amor incomum.

Ele definitivamente não sabia o que fazer.

E ali tentando descobrir as respostas das perguntas que o assombrava, mal percebeu quando alguém se aproximou do carro e deu alguns leves toques nos vidros fazendo-o suspirar por já saber quem era, com apenas um clique no painel as portas foram abertas e logo uma rajada de vento o atingiu, mas logo cessou quando a porta fora fechada novamente.

Naquele momento o mundo pareceu sumir juntamente com sua coragem de erguer a cabeça e encarar aquele que havia roubado seu coração com algumas simples ligações.

Rogere sentiu sua cabeça girar pelo perfume amadeirado que invadira suas narinas, fazendo-o se arrepiar dos pés a cabeça, suas pernas tornaram-se gelatinas por conta do nervosismo e ele agradeceu mentalmente por estar sentado, pois se estivesse em pé já teria desabado ao chão, seu estomago girou trezentos e sessenta graus, mas não era de todo o mal já que era completamente gostosa a nova sensação, o aperto no coro do volante havia se tornado difícil devido a grande quantidade de suor que saia de sua pele deixando ainda mais nervoso se possível. E por fim seu coração, que batia tão fortemente que ameaçava sair por sua caixa torácica e Steve temeu que Tony pudesse ouvir seus batimentos, estando assim tão próximos.

Oh, a proximidade...

O garoto que agora a pouco estava deitado em sua frente, todo frágil e vulnerável, gemendo manhoso por toques simples em sua pele, estava ali ao seu lado. Ele só precisava de coragem para se virar e terminar o que começaram antes de serem interrompidos.

Como que lendo os pensamentos do loiro Tony hesitantemente tocou a perna de Rogers escorregando-a até perto de sua virilha e voltando em um carinho terno, apertando seus olhos um contra o outro Steve deslizou sua mão direita do volante e levou-a até os dedos finos de Tony os entrelaçando e ligando-os. Respirando profundamente Rogers juntou toda a sua coragem e ergueu o rosto virando-o para Tony que tinha os olhinhos vermelhos e brilhantes, o castanho ainda mais nítido por conta de algumas lágrimas que ameaçavam escorrer, seus dentes mordiam levemente seu lábio inferior temendo alguma reação negativa de Steve, esta que não veio e logo Rogers levou a outra mão até o rosto do menino, encostando seus longos dedos na pele gelada de suas bochechas e passando-a lentamente sentindo-a esquentar enquanto ele aproximava seu rosto deixando-o a milímetros de distancia dos de Tony.

— P-porque... Porque v-você... — respirou fundo e fechou seus olhos por alguns instantes enquanto procurava as palavras certas pra tocar em um assunto tão delicado como aquele. — P-porque você estava chorando naquele dia... Em que me ligou pela primeira vez? – jogou tudo de uma vez ainda de olhos fechados, sentindo apenas a respiração descompassada de Tony atingir seu rosto.

— S-steve... E-eu não... P-por favor... N-não agora... – sussurrou de volta e deixou sua cabeça cair lentamente sobre o ombro de Steve.

Ele poderia questionar, poderia pressionar o garoto até arrancar a verdade, mas antes que pudesse o fazer, sentiu algo molhar sua pele exposta. E só o pensamento de ver Tony chorando fez seu peito se apertar e uma súbita vontade de abraçar aquele pequeno ser e o proteger de tudo e de todos se apossou de seu corpo. Antes de fazer qualquer coisa, ele aproximou sua boca do ouvido do garoto e deixou uma leve mordida em seu lóbulo.

— Banco de trás...

Foi só o que disse antes de sentir Tony se afastar de seu corpo e dar espaço pra que ele se levantasse e bolasse para o banco de trás se sentando corretamente e esticando os braços pra que ele fizesse o mesmo. Sem nem pensar duas vezes Tony saiu de seu banco e rolou para o colo de Steve deixando uma perna de cada lado de sua cintura. Seus curtos braços se enrolaram no pescoço de Steve o abraçando com todas as suas forças, e então as lágrimas que estavam presas finalmente caíram. Os soluços presos em sua garganta, ecoavam pelo ambiente fazendo Steve passar os braços pela sua cintura e o apertar.

— E-eu estou aqui... E não vou sair... A menos que você queira que eu saia... – sussurrou em humor enquanto o menor parava de soluçar e agora deixava beijos por toda a extensão do pescoço do mais velho.

— Eu não quero que você saia... – arrastou os lábios delicadamente pela bochecha de Rogers causando um arrepio em seu corpo, logo depois Tony deu uma breve rebolada em cima de si e deixou um selinho em sua boca. – Eu quero você... – suas mãos que enrolavam o pescoço de Steve foram parar nos lados de seu rosto fazendo os olhares se encontrar e uma corrente elétrica passar por ambos os corpos. — Dentro de mim... — aquelas palavras atingiram em cheio seu membro que já começava a se apertar em suas calças, um sorriso malicioso surgiu em seu rosto e ele desceu suas mãos enchendo-as com a carne das nádegas fartas de Tony, um gemido tímido e alto quebrou o silencio imposto minutos atrás.

— Como desejar vossa majestade...

Call Me Maybe ➶ stonyOnde histórias criam vida. Descubra agora