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Solta ele... Por favor... sussurrou o garoto de olhos castanhos diante a imagem de seu ex namorado com uma faca apontada para seu atual namorado, o pescoço do mesmo já possuía alguns cortes que escorriam algumas gotas de sangue.

Porque, Tony? Porque eu soltaria? Ele está nos atrapalhando... Ele é a única coisa que nos impede de ficarmos juntos, meu amor... Vamos acabar com isso de um vez e vivermos nosso final feliz... respondeu com o tom de voz brincalhão, suas mãos puxavam o cabelo de Steve pra trás deixando a mostra seu pescoço, onde Stephen brincava com a faca passando-a por todos os lugares.

Me solta... uma lágrima caiu do rosto de Rogers que tinha os olhos fechados e as mãos atadas com uma cordas assim como os pés.

Você prometeu Tony... Prometeu que viveríamos pra sempre juntos, se você tivesse outra chance... Eu to aqui... Vivo... O que te impede agora? ambos os três garotos choravam. Tony deu um passo a frente logo parando quando Stephen fez um novo corte pescoço de Steve.

Eu me apaixonei... Me apaixonei verdadeiramente... Stephen você precisa entender... Eu o amo... assim que as palavras saíram de sua boca, a raiva dominou por completo o coração e o corpo de Strange.

Tony... Tony... Tony... estalou a língua contra o céu da boca e sorriu irônico Se você não vai ser meu, não vai ser de mais ninguém... e com isso a faca que passeava lentamente pelo pescoço já marcado de Rogers, fez apenas um corte na região da jugular do mesmo. O sangue jorrava fazendo Tony se desesperar e correr em direção ao seu corpo morto no chão.

— NÃO... – assim que abriu os olhos, sentiu o suor escorrendo por sua testa e pingando em suas coxas. Seus olhos ardiam e antes que pudesse evitar as lágrimas escorriam por seu rosto e suas mãos vagavam pela cama em busca de um corpo grande para lhe proteger. Quando não o encontrou, desceu rapidamente da cama e andou até a porta saindo em direção a cozinha. — S-steve... – sussurrou quando avistou seus amigos sentados na mesa, todos os olhares se viraram em direção a ele.

— Oh meu deus... Tony... – Natasha soltou a jarra de suco na mesa e andou até o amigo sendo parado por Rogers que envolveu o pequeno corpo em seus braços o abraçando fortemente.

— Shhh... Eu to aqui, Tones... Eu to aqui... – sussurrava enquanto os soluços de Stark preenchiam o ambiente.

— Stevie... – seu coração batia em disparada e a tristeza se apossava de seu corpo, fazendo-o se afastar do abraço e passar suas mãos delicadamente pelo rosto de Steve, em uma comprovação de que ele estava mesmo ali. — Steve... – Rogers juntou suas testas e assoprou delicadamente o rosto de Tony, passando toda a calma e confiança que podia.

— Tony... Respira... Ta tudo bem... Seus amigos estão aqui, e eu estou aqui com você... Não tem pra que chorar... – sussurrou passando os dedos sobre os olhos de Tony enxugando as lágrimas.

— Eu... Gosto de você... – e Steve paralisou. Aquelas palavras o atingiram em cheio. Um enorme sorriso surgiu em seu rosto, e Tony vendo-o tão radiante daquele jeito sorriu também, abaixando seu rosto e encostando sua testa no peito do maior. Naquele momento o alivio o atingiu. Por mais triste que fosse, seu Stephen estava morto e não poderia fazer nada de ruim contra o amor de sua vida.

Depois de quase meia hora apenas abraçados sentindo um ao outro, Tony começou a distribuir vários beijos pelo pescoço de Steve, acendendo-o. Suas unhas arranhavam a pele de sua cintura e seu joelho massageava sutilmente e deliciosamente o membro de Rogers que já se encontrava rígido.

— Tony... – um sorriso se forma no rosto de Steve fazendo-o olhar para trás e ver seus amigos conversando entre si, nem lembrando que eles existem. E a cumplicidade, o carinho, o afeto, a necessidade e principalmente o amor falaram mais alto naquele momento.

Steve abaixou-se apenas para enlaçar as coxas de Tony em seus braços fazendo o garoto gritar pelo susto e rir depois escondendo o rosto em seu pescoço. E assim em meio a risadinhas e beijos trocados, eles seguiram até o quarto onde Tony esticou sua perna para fechar a porta e Steve jogou seu pequeno corpo na cama, pousando seu peso em seus braços e encarando-o nos olhos.

Castanho no azul e azul no castanho.

— Eu quero você... – sussurrou Tony embrenhando seus dedos nos cabelos de Steve e o puxando para si. E então o choque elétrico percorreu ambos os corpos quando as bocas se chocaram e as línguas se encontraram. Se tem uma coisa que os dois descobriram estar viciados, era no barulho dos estalidos de suas bocas juntas.

Quando os pulmões queimaram por falta de ar, Steve deslizou seus lábios até o pescoço de Tony o mordendo e o chupando delicadamente sem marcá-lo. As mãos inquietas de Tony desceram de seu cabelo até sua cintura apertando-a e escutando o gemido abafado de Steve em seu ouvido.

E quando as lembranças do terrível sonho voltaram a sua mente, as lágrimas ameaçaram escorrer fazendo-o abraçar o mais apertado possível o pescoço de Rogers e inalar seu cheiro tão delicioso enquanto as mãos de Steve desciam por seu corpo e paravam em suas coxas apertando fortemente.

— Anthony... O que houve? – sussurrou roucamente em seu ouvido e seu coração falhou uma batida. Será possível que ele nunca iria conseguir ser feliz sem que seu passado interferisse de alguma forma?

— N-nada... – respondeu e desceu suas mãos para o rosto de Rogers passando os dedos carinhosamente por cima de seus olhos fechados, se deliciando com a beleza de seu amado.

— Tony... – gemeu contente ao sentir as pernas de Stark se enrolarem em sua cintura e o puxar para mais perto se possível de seu corpo.

— E-eu só quero te sentir... Só isso... – e com isso começou a passar seu nariz delicadamente pelo pescoço de Steve. Seus olhos fechados se deleitando com o forte perfume que o mesmo usava.

Sua vida havia mudado de uma forma extraordinária. Jamais havia sentido com Stephen o que sentia ao lado de Steve.

Seguro. Bonito. Amado. Respeitado. Eram algumas das coisas que o outro o fazia sentir. E sem contar na forma como os corpos se encaixavam assim, quando estavam deitados juntos. O corpo grande e escultural de Rogers cobrindo e protegendo o pequeno de Tony.

E também era incrível como o jeito protetor e alfa de Steve o faziam se sentir tão seguro e pequeno em comparação a ele.

Tony sorriu sapeca ao sentir os lábios de Steve ao seu e o afastou minimamente.

— Tive uma ideia... – disse alegremente empurrando o corpo de Rogers para o lado vazio da cama e se levantando. Steve o encarou em duvida e quando ia perguntar o que ele iria fazer, o garoto pegou seu celular em cima da mesinha e saiu pela porta a fechando com um baque forte.

Um minuto depois Steve escutou seu celular tocar e esticou seu corpo até a mesinha onde estava o de Tony e sorriu largo ao ver que era o mesmo que o ligava. Sentou-se com as costas na cabeceira da cama e a deitou pra trás apoiando-a na parede. E mordendo os lábios levou o aparelho ao ouvido ouvindo apenas a respiração calma de Tony.

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