Capítulo 22 - Dividir para somar

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Não foi fácil fazer a Izabel entender, mas no fim ela compreendeu quando falei que a Tati foi meu primeiro amor e que por uma promessa para minha mãe que estava morrendo tivemos que nos separar, mas que nunca deixamos de nos amar.

Não sei se foi pelo romantismo da nossa história ou se a Jessica tinha razão sobre a Izabel. Só sei que Izabel aceitou a situação e fez uma proposta.

― Tudo bem eu aceito vocês, mas não abro mão de minha posição de sua esposa. Por isso proponho dividi-lo entre nós duas, mas ninguém pode saber. Para o resto do mundo você continua sendo sua irmã e eu sua mulher.

― Como assim? ― Disse Izabel.

― Ora simples vamos dividi-lo. Um dia dorme com você outro comigo.

Tati recusou, mas como viu que não teria jeito acabou aceitando e na primeira oportunidade cochichou comigo:

― Só até seu filho nascer!

Sem saber o que fazer, também aceitei. Não foi fácil para mim a convivência, pois elas passaram a competir por tudo, pela minha atenção, pelo meu tempo, por sexo, por carinho, enfim por tudo mesmo. A tensão e cobrança eram tanta que passei a querer um pouco de paz. Acabei encontrando a paz nos braços da Patrícia.

Eu sentia muita culpa, mas acabei me dividindo por três. Dormia com a Tati segunda, quarta e sexta, com a Izabel terça, quinta e sábado. Domingo não teve acordo entre elas e decidi dormir sozinho, mas a disputa pelo domingo não acabou então para evitar brigas acabei dormindo com as duas.  Até que foi bom o sexo a três amenizou a tensão e a cobrança.

Durante o dia, usava minhas folgas no trabalho e passava com a Patrícia que acabou sabendo tudo e aceitou numa boa, desde que continuasse minha amante.

Se eu fosse obrigado a escolher entre as três, escolheria sem sombras de dúvida a Tati, mas a vida se tornaria um inferno. Por isso, aceitei a situação pensando que aos poucos as coisas se resolveriam por si mesmo.

Para o resto do mundo, Tati era minha irmã, Izabel minha mulher e Patrícia minha amiga e prima da Izabel.

Certamente eu não tinha rotina sexual, mas a competição entre elas me fazia transar diariamente, às vezes mais de uma vez e isso me levou a uma exaustão sexual. Não havia conversa com elas, queriam sempre mais e mais para uma não transar menos que a outra.

A exaustão estava levando minhas forças e acabou interferindo em minha vida profissional, que também era intensa. Felizmente acharam que eu estava muito sobrecarregado de trabalho e decidiram promover-me para um cargo melhor e contratar dois novos funcionários para minha função.

Para assumir meu novo cargo teria que fazer um treinamento na matriz que ficava em outra cidade. Dei graças a Deus, pois poderia descansar por dois meses.

A Tati foi a única que chorou a separação momentânea, isso me deixou com vontade de levá-la comigo, mas não consegui arrumar um jeito para isso sem brigar com a Izabel e a Patrícia. Claro que nem a Tati, nem a Izabel sabiam do meu caso com a Patrícia.

Com muita dor no coração, me despedi da Tati num motel, sem que as outras soubessem. Afinal a Tati era o meu primeiro e verdadeiro amor.

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