Capítulo 16 - Adeus Jessíca

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No dia seguinte á noite me encontrei com a Jessica em sua casa.  Assim que abriu a porta recebi um tapa, bem doído, na minha cara.

            ― Seu desprezível já sei de tudo. ― Gritou Jessica histérica. ― Patrícia acaba de sair daqui e me contou tudo.

            ― Tudo o que?

            ― A gravidez da Izabel, aquela vaca. De santinha só tem a cara. Também fiquei sabendo o que você fez com a Patrícia. Você foi sórdido.

            ― Desculpe, acidentes acontecem!

            ― Poderia até perdoar o que fez com a Patrícia. Foi no passado, ainda nem te conhecia, mas engravidar Izabel. Isso foi traição. Você não podia ter feito isso comigo. Se alguém tinha que ficar grávida, era eu.

            ― Ela é ingênua, não teve como evitar.

            ― Ingênua? Aquela puta fingida! Só você acha isso. Ela não vale nada.

            ― Calma! Não é bem assim!

            ― Ainda por cima defendendo ela. Bem que você merece aquela vadia, fingida! Suma daqui! Não quero te ver nunca mais! Cansei de esperar por seu amor! Adeus vá correndo para os braços daquela cachorra! ― Empurrou-me para fora e trancou a porta aos gritos.

            Achei melhor esperar ela acalmar-se. Ela me ligaria e depois conversaria com ela e tudo se resolveria.

            Uma semana passou e nada da Jessica me ligar. No sábado como de costume fui até a casa dela. Não encontrei ninguém. A vizinha disse que eles tinham viajado. Liguei para o trabalho da Jessica e disseram-me que ela tinha pedido demissão.

            Um mês depois, ainda sem notícia da Jessica, resolvi ir até a casa dela. Encontrei seus pais que me disseram que ela tinha viajado para a Austrália para um intercâmbio cultural, mas ela tinha arrumado um emprego e estava morando lá. Pedi seu telefone, mas eles negaram. Disseram que ela não queria mais me ver, por isso estava lá.

            Nunca senti tanto a perda de uma pessoa. Fiquei inconsolável. Comecei a trabalhar todos os dias até tarde só para não me relacionar com a Izabel. Dizia que precisava trabalhar mais para poder sustentar meu filho que estava a caminho. Ela acreditava, mas estava sempre querendo transar. Eu fingia cansaço e virava para o outro lado e dormia, ou melhor, fingia dormir.

Assim o tempo foi passando. Não transava fazia meses. Izabel achava que era por causa da gravidez, porque um dia lhe disse que tinha medo de machucar meu filho, então aceitou e não me procurava mais. Porém fazia planos para nós para depois que nosso filho nascesse.

            A perda da Jessica me fez ver que a amava mais do que imaginava. Sentia-me sozinho, então passei a pensar na mulher de meu primeiro e trágico amor e percebi que continuava a amá-la. Nunca esqueci meu primeiro amor. Acho que sempre a procurava nas mulheres que vieram depois dela.

            Um dia estava sozinho em casa quando a campainha tocou. A Izabel tinha saído com a Tati para fazer compras. Fui atender de má vontade. Era a Patrícia. Disse que tinha vindo ver a Izabel. Eu disse que ela tinha saído e que iria demorar.

            ― Posso esperar mesmo assim? ―Perguntou-me

            ― Ela vai demorar muito, mas se quiser fique á vontade. Ligue a TV que eu vou descansar. Tenho trabalhado muito.

            ― É eu sei, a Izabel me disse.

            Deixei-a na sala e fui para o quarto me deitar. Fiquei só de cuecas, apaguei a luz e deitei na cama pensando no meu verdadeiro amor. Amor de adolescência e senti saudades. Lágrimas rolaram pela minha face.

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