Capítulo 27 - E agora?

638 14 0
                                    

Nat me surpreendeu completamente. Não passou nem quinze dias e eu estava apaixonado por aquela mulher linda, delicada e sensual. Sempre pensei nela com conotação sexual, mas a vida em comum mudou meu coração e me apaixonei simplesmente. É claro que não me esqueci da Tati, por ela sinto amor.

Um mês havia passado e minha paixão pela Nat transformou-se em amor. Fiquei confuso, parecia que meu sentimento pela Tati não tinha mudado. Ainda queria estar com ela, viver uma vida em comum, ter filhos, mas o amor que estava sentindo pela Nat era muito maior.

A delicadeza de sentimentos e gestos dela surpreendia-me cada vez mais. Um dia cheguei do trabalho mais tarde que ela e fui encontrá-la no quarto sentada no chão, no escuro, entre a cama e a janela. Entrei devagar e pude ouvi-la chorar baixinho.

Sentei na cama em frente dela e enxuguei suas lágrimas que escorriam abundantes pela face e a puxei de encontro ao meu peito. Ela abraçou-me fortemente e seu pranto aumentou.

― Que foi princesa? Não chore?

― Eu não queria estragar nossa vida, mas acho que errei feio. Eu vou entender se você não me quiser mais.

― Não importa o que seja nunca vou deixar de te querer. Já disse que te amo muito.

― É, mas estraguei tudo.

― O que foi? Você me traiu?

― Não, isso nunca faria.

― Então diga o que aconteceu?

― Es-estou grávida! ― e voltou a chorar copiosamente.

― Calma princesa, isso não é motivo para chorar, pelo contrário é para comemorar. É um sonho você estar esperando um filho meu.

Confesso que já tinha pensado nisso. Meu amor por ela realmente fazia-me querer viver com ela para sempre. Fiquei feliz, levantei seu rosto com a mão e beijei-lhe os lábios.

― Eu te amo você agora é minha para sempre.

― Mas e a Tati e a Izabel?

Por esse tempo já tinha dispensado a Patrícia que me surpreendeu aceitando facilmente. Quanto a Izabel eu estava desconfiado que a Jessica tinha razão ao dizer que ela era volúvel e interesseira. Era, na verdade, mais que desconfiança, era certeza. 

O filho que ela esperava de mim era para ter nascido pelo menos a uns quinze dias, pela contagem do tempo, desde que ela disse que estava grávida. Portanto ela mentira, não estava grávida quando disse que estava, veio a engravidar depois. Ela me enganou, fingiu a gravidez só para me obrigar a ficar com ela.

A Tati ainda morava no meu coração, não me via sem ela, não sei como, mas ainda a amava e queria ela também. Não sei como contar a ela que outra mulher também esperava um filho meu. Acho que ela não vai aceitar.

― Na vida, o tempo conserta tudo. ― Falei para a Nat olhando dentro de seus olhos que brilharam de felicidade e então ela sorriu e disse:

― Não sei o que você vai fazer, mas seja o que for eu aceitarei desde que não te perca.

Antes dos dois meses de treinamento acabar eu consegui alugar um apartamento no mesmo prédio que estava morando para viver com a Nat e nosso filho.

Como eu já havia dito seja pela vontade de Deus ou por outro motivo qualquer, o tempo sempre conserta as coisas.  A empresa decidiu que a cada quinze dias eu teria que vir e ficar por dois dias para alcançar os objetivos do meu novo cargo. Escolhi e eles aceitaram vir sempre numa sexta feira e ficar até na segunda-feira, assim cumpriria os objetivos da empresa e passaria quatro dias com a Nat.

Quatro dias a cada quinze não é o ideal, mas a Nat, como eu esperava, aceitou e ficou feliz em poder continuar a viver comigo.

Sensações Sensuais - Romance eróticoOnde histórias criam vida. Descubra agora