Pandemônio mental

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O que será da nossa safadinha agora?

Sentei-me ao lado do meu patrão delicioso, já com os pensamentos borbulhando, mas com receio e medo, não sabia o que seria de mim dali em diante.

—Eu a vi olhando atrás da porta. Ele dizia me encarando nos olhos.

Eu não conseguia olhar para ele, desviei meu olhar para o chão e respondi.

-Que porta? Não sei do que está falando senhor. 

-Você gostou do que viu Poli? Ele pergunta massageando seu zíper por cima do seu membro que estava perceptível uma ereção.

Levantei rapidamente e o encarei.

-Desculpe senhor, eu não queria ser intrometida.

-Calma querida, não foi minha intenção te dar bronca, eu e a Dani adoramos, gostamos de ser observados, você fez tudo ficar ainda mais gostoso. Ele fala tirando o membro de dentro da cueca.

Aquela visão me deixou paralisada e com o rosto vermelho e quente, inconscientemente me vi mordendo os lábios e desejando encher minha boca com aquele enorme monumento, mas eu gostava demais da minha patroa também, teria que respeitá-la em sua ausência, corri para meu quarto e tranquei a porta, só sai de lá quando percebi que Cleiton já tinha saído para buscar as crianças.

Saí para rua sem saber para onde ir, sentei num banquinho na praça e liguei para Alexa, uma colega da escola, era a que mais falava comigo.

-Oi Poli, que milagre ligar para mim, o que houve?

-Preciso conversar, vamos tomar um sorvete aqui no Ice Mellow?

-Claro amiga, só um minuto e já chego aí.

Sentamos e pedimos nosso sorvete, mas da minha boca não saia uma palavra sequer, meus olhos não se direcionava aos da Alexa, não sei se era vergonha, medo, ou eu estava assustada com tudo, minha cabeça estava um pandemônio.

-Então, você não queria conversar? Me conta o que aconteceu, porque está tão assustada, por acaso você viu um fantasma? Alexa me encarava e não tirava a boca do seu milk shake.

Seus lábios pressionados no canudo me fazia pensar coisas, me excitava de certa forma, eu estava realmente com um sério problema.

-Alexa, eu preciso transar de qualquer jeito, urgente. Enchi minha boca de sorvete de baunilha e desviei meu olhar da amiga.

-Wow, está despertando a periquita, finalmente. Ela debochava e ria.

-A situação é mais crítica do que parece garota, eu estou em crise, em confusão mental, eu não queria namorar, mas algo está complicando minha vida. Eu dizia já com medo do que a colega iria responder.

-Me conta, o que te faz pensar que transar vai mudar seus pensamentos? Você por acaso está desejando algo proibido? Alexa foi incisiva na questão. 

Era o que eu mais temia, alguma desconfiança sobre algo que eu não poderia contar para ninguém, porque além de ser anormal era vergonhoso.

-Preciso ir. levantei rapidamente pegando minha bolsa de mão.

-Calma garota, como assim, você me chama porque precisa conversar e vai me deixar no vácuo aqui? Alexa fala com amargura na voz.

-Preciso buscar as crianças na escola, a noite conversamos no colégio. Menti, mas por um bom motivo. 

Sai correndo, sem destino e sem parada, não queria ir para casa para não ver meu patrão novamente, mas precisava ir, logo daria a hora do colégio, minha mente confusa começou a parafusar, andei sem parar, para lugar nenhum, sem saber onde chegaria, sem ver que caminhos eu estava percorrendo, até ouvir uma voz súbita que me tirou do meu devaneio.

-Poli, está tudo bem? Para onde está indo? Uma voz rouca e grossa me fez estremecer.

Olhei em direção e vi, aquele que poderia me ajudar, ele poderia tirar minha mente do parafuso que eu tinha entrado.

-Oi Noah, como vai? Respondi com tranquilidade beijando o seu rosto com uma leve barba.

-Estou bem querida, só não sei você, está perdida por esses lados?

-Não, eu só queria conhecer um pouco mais do bairro e como é meu dia de folga resolvi dar uma volta.

-Posso te acompanhar se quiser, e mostrar lugares melhores que esse que estamos, vir aqui na casa do meu tio trazer uma encomenda, mas estava indo embora, será um prazer te mostrar o bairro.

Noah sempre me olhou com olhos desejosos na escola, tentava as vezes se aproximar, mas eu me fechava, estava em outra vibe, não queria me envolver, mas agora, eu precisava me envolver, eu preciso conhecer o que minha mente confusa quer, o que eu quero.

-Ah, que gentil, vou adorar sua companhia. Continuamos andando, Noah me mostrando alguns lugares conhecidos, as vezes passando a mão pelos meus ombros, eu deixava, agora eu estava aberta para um sexo gostoso, uma saída da confusão.

Aquela tarde com Noah foi incrível, não transamos porque eu não queria parecer desesperada, mas eu estava realmente desesperada, tinha que tirar a periquita do trono do inferno ou eu iria fazer alguma besteira, ele me levou até a porta, eu deixei que Cleiton o visse, para perceber que eu não estava encalhada, ou sei lá, com necessidades sexuais.

Entrei para meu quarto para me arrumar, tomei meu banho tranquilamente e estava decidida dar uma chance a Noah para me desviar da confusão que minha mente tinha me colocado.

Sai do quarto tentando o máximo fugir da presença do meu patrão, hoje eu tinha me arrumado mais que de costume, eu queria impressionar meu futuro crush.

-Poli. Parei bruscamente ao ouvir meu patrão me chamando. -Como está linda, aquele que te trouxe é seu namoradinho?

-Não, é só um amigo, só tomamos um sorvete juntos.

Manuella e João Pedro agora crescidinhos, observava Cleiton me cercar de perguntas, a garota muito esperta já veio questionar.

-Você está namorando Poli? Traga ele para conhecermos? 

-Não querida, a Poli não está namorando, o amigo dela veio trazer ela qui porque já estava escurecendo, NÉ POLI? Cleiton disse num tom mais de pergunta retórica do que querendo saber a verdade.

A verdade mesmo é que Cleiton estava parecendo enciumado com a presença de Noah em casa.

-Sim senhor, é só um amigo Manu, não é meu namorado, preciso ir para não chegar atrasada no curso. Peguei minha mochila e já de saída Cleiton chamou mais uma vez.

-Eu te levo, Manu cuida do seu irmão, chego em cinco minutos.

-Está bem papai. Manu sempre disposta a ajudar.

-Não precisa senhor, ainda dá tempo de eu ir andando. Falei tentando convencê-lo a não me levar.

-Primeiro, não precisa me chamar de senhor, senhorita, depois, eu insisto, não custa nada, vamos. 

Fiquei desconcertada, mas tive que aceitar uma quase imposição do meu patrão, me despedi de Manu e Pedro e sai na frente, em disparada.

Senti que Cleiton estava tentando me cercar, como um pastor de ovelhinhas indefesas, no carro meu corpo ficou estático, quase nem respirava, mas quando Cleiton parou em uma altura da rua, me preocupei, e agora? o que esse homem vai fazer comigo?

Por mais que eu conhecesse ele a algum tempo, nunca confiaria completamente em alguém, eu acredito que nunca conhecemos alguém o suficiente para poder confiar.

-Porque paramos? Foi a única coisa que saiu da minha boca, meu corpo já estava tremendo feito uma maria mole, tentei abrir a porta para sair, mas não consegui.


Aqui é o fim de mais um capítulo, espero que estejam gostando da nossa Poli, metade anjo, metade demônio.

Palpites do que vai acontecer com Poli?

Eu já amo essa história

Deixem seu voto registrado, e me diz o que acha, isso é muito importante para um bom desenvolvimento da história.

Beijos, até o próximo!



Poli  Amor - Descobrindo PrazeresOnde histórias criam vida. Descubra agora