XVII - Não deixe que meu amor se torna na tragédia de Julieta

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A alta mulher de cabelos loiros presos em um penteado elegante, andava de um lado para o outro, arrastando seu longo vestido ao chão. Estava irritada e estressada pela demora de sua filha, enquanto todos os convidados esperavam ansiosos pela cerimônia de casamento. Ela havia ido apenas trocar as vestes, então por que demoravam tanto?
Já cansada de aguardar a presença de sua filha, a alta mulher deixa a taça de vinho que segurava em seus dedos em uma pequena mesa coberta por um majestoso pano branco bordado, e se retira do salão, direcionando-se ao quarto de Rin. Dando fortes passos que podiam ser ouvidos a longa distância.

- Onde estão os guardas daqui? – Questionou-se, notando a ausência de seus homens na escada principal.

Ao subir todos os degraus e virar para o corredor à sua direita, ela logo nota uma luz vindo do quarto de Rin, no qual parecia ter sido deixado com a porta entreaberta. "Que descuido." Pensou, logo achando um tanto suspeitoso, o que a fez apertar seu passo, chegando rapidamente ao aposento.
Em questão de segundos, a expressão em seu rosto mudou de séria para coberta por ódio: O quarto estava totalmente vazio, a janela estava escancarada e uma corda amarrada no guarda-roupa de Rin entregava o que havia acontecido ali. Ela tinha fugido.

- Ora, sua... – Grunhiu, sentindo os nervos de seu corpo a flor da pele, enquanto segurava a forte corda com força a ponto de estalar todos os seus dedos.

- Minha senhora, eu... – Começou Jin, que havia a seguido por precaução. Logo se espantando com o estado do quarto e também com o indo vestido de Rin jogado ao chão e rasgado ao meio. – O que aconteceu aqui?

- Ela... – No momento em que começou a fala, seus olhos azuis e cobertos por puro ódio notaram um movimento entre o gramado coberto por neve do jardim. – Eles ainda estão aqui! Chame a cavalaria!

Exaltada, Mari corre de volta para o salão avisando todos seus homens que Rin havia sido seqüestrada e ainda estava por perto.
Jin a seguiu, sentindo-se quase obrigado a ajudá-la.

- Tenho homens me esperando em uma carruagem lá fora, posso segui-los se quiser. – Sugeriu.

- Ah, meu garoto, muito obrigada por sua gentileza. – Sorriu, parecendo um pouco mais calma. – Será um prazer ter sua ajuda nesse momento, por favor.

Logo o jovem rapaz assentiu com a cabeça, correndo a sua frente para fora do castelo e seguindo até seus cavalheiros. Preparando-os para qualquer ordem que fosse dada quando a encontrassem.
A grossa camada de neve os impediam de correr em alta velocidade, o que os fez se atrasarem mais que o esperado. Hayato, que havia esperado os gêmeos logo abaixo da janela onde desceram, os guiavam para uma saída – quase – secreta nos fundos do castelo, que apenas os mais antigos servos sabiam (Pois já não era mais usada desde que seu pai reinava), enquanto Makita, que foi carregada pelos gêmeos, foi encarregada de observar as costas do grupo, verificando se não estariam sendo seguidos. Até notar um pequeno movimento logo atrás.

- Têm guardas por aqui, fomos descobertos. – Avisou ela, logo os quatro se abaixaram quase que espontaneamente, e Hayato se virou para observar.

- Quantos? – Perguntou Len, enquanto não soltava a mão de sua irmã por nem mesmo um segundo.

- Milhares, talvez. – Cogitou Hayato. – Vamos! Se ficarmos parados será pior! A estrada que eu falei fica logo à frente do portão.

Ainda abaixado, Hayato seguiu em frente, e logo os outros três fizeram o mesmo. Movendo-se com todo o cuidado possível para não emitirem ruídos altos demais, enquanto tentavam não chamar a atenção dos guardas que pareciam se aproximar mais a cada instante.
Alguns segundos depois, os quatro puderam avistar um portão de madeira coberto por vinhas, por não se mais usado.

Far From Reality. [Vocaloid - LenxRin - Terminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora