Far From Reality. [Vocaloid - LenxRin - Terminada]

VII - Beijo de Promessa

- Hey, Len! – Yuya pula em cima de Len, animado. Ao ver os dois entrando no colégio. – Bom dia!
- Bom dia. – Ele sorri, ao ver seu amigo.
- Bom dia, Rin-Sama. – Ele se solta de Len, e faz uma rápida reverência para Rin. Ela o responde com outra.
- Bom dia, Yuya. – Diz ela, com seu rosto sério. Como de costume.
Rin avista sua nova amiga – Aki – e se afasta dos dois, indo falar com ela. Ainda com vergonha de falar muito com Len, por estar mal pela conversa que teve com sua mãe, Rin parecia evitá-lo na maioria das vezes. E ele não sabia o que fazer quanto a isso.
- Mas então, como vão as coisas? – Pergunta Yuya, bagunçando mais seu cabelo vermelho.
- Está indo bem... – Len sorriu, enquanto observava Rin cumprimentar sua amiga. – Eu acho.
- Hm, resposta interessante. – Yuya sorri e levanta suas sobrancelhas, ao perceber Len observando Rin. – Ah, a propósito. Eu estou ótimo, e obrigado por perguntar. – Len ri, e os dois caminham pra dentro do colégio. Com Rin e Aki logo atrás.
- Hey, Rin-sama. – Aki parece animada, enquanto caminham. – Já pensou em que clube entrar?
- Clube? – Pergunta Rin, sem entender muito bem sobre clubes. Afinal, nunca havia estudado fora de casa.
- Sim! Clubes são atividades que fazemos depois das aulas, em grupo. Tem vários! E também podemos abrir o nosso, não seria divertido? – Aki se animava enquanto explicava para Rin sobre os clubes, porém ela permanecia com um olhar distante. – Hey, Rin-sama, está me ouvindo? – Ao notar que a amiga não estava com a cabeça na conversa, ela mexe sua mão direita na frente do rosto de Rin. O que a faz despertar.
- Ah, Desculpe-me Aki... Não estava te ouvindo. - Ela sorri, sem graça. – Pode repetir?
- Aaaah, deixe de ser cabeça de vento! – Aki brinca. – Trate de me ouvir dessa vez!
As duas continuam a conversar, até chegar na sala de aula. Len a observa durante todo o primeiro tempo, porém, Rin não devolve seu olhar em momento algum. Apenas ignorando-o. O que o faz se levantar, e ir até a carteira de Aki – Que era em frente da de Rin – No intervalo entre as aulas. Na qual Aki havia saído de sala.
- Desembucha. – Len se senta. Praticamente se jogando na cadeira. O que dá um leve susto em Rin, que não esperava por isso. Ela o olha com uma interrogação no rosto. – Por que está me ignorando, boba?
- Não estou te ignorando... – Ela resmunga, desviando seu olhar para o chão. – Idiota.
- Está sim. – Ele responde, arrumando seus óculos com o indicador. – Mamãe andou te perturbando novamente?
- Não quero me casar. – Ela volta seu olhar para seu irmão.
Len se vira totalmente para Rin, pondo seus braços em sua mesa. Quase encostando suas testas.
- Ficará tudo bem. – Ele sorri. – Se ela escolher um idiota, eu mesmo me livrarei dele. Prometo.
- Não é esse o problema. – Rin afirma, e seu irmão apenas a observa, esperando uma continuação. – Não quero me casar com quem ela escolher...
- Já tem alguém em mente? – Len pergunta, como quem já sabia a resposta.
- Sim. – Responde Rin, fitando-o. Quando Len ia abrir sua boca para perguntar quem seria. Ela continua, o interrompendo. – Você sabe quem é. – Seu rosto cora. Len sente um arrepio percorrer sua espinha, e apenas fica sem palavras. Deixando um profundo silêncio entre os dois.
- Hey, Rin-Sama! – Aki se aproxima. – L-Len-Kun! Você está no meu lugar... Digo, pode continuar, se quiser. – Ela fica nervosa ao notar a presença de Len. O que quebra o clima entre os irmãos.
- Não se preocupe, já estava indo. – Len ameaça se levantar. Mas Rin puxa sua mão direita, pedindo que continuasse perto. Entendendo seu pedido, ele se mantém no lugar de Aki. Com um sorriso em seu rosto.
- A propósito, fizeram o dever de casa de latim? Eu me esqueci... E a aula começa em poucos minutos. - Ela continua de pé, ao lado dos dois. Rin nega com a cabeça, dizendo também ter se esquecido.
- Podem copiar do meu. – Len vai até sua carteira e pega seu caderno, dando-o para as meninas.
- Woah! Você é tão inteligente, Len-kun! – Diz Aki.
As duas copiam o dever rapidamente. Conseguindo pegar todas as respostas a tempo.
Depois do final das aulas da manhã, todos os alunos são liberados para o almoço. Enquanto descia as escadas para o pátio, Len nota algumas garotas seguindo Rin. Ao perceber que eram as mesmas que haviam implicado com ela no primeiro dia, ele as segue. Levando-o até a parte detrás da escola.
- O que querem? – Diz Rin.
- Que você se desculpe pela forma que nos tratou no primeiro dia de aula. – Disse a de cabelos negros.
- Não farei isso. Nunca. – Afirma Rin, com firmeza em sua voz.
- Acha que é especial, só por ser uma princesa? – Uma das garotas, de cabelos ruivos presos em um alto rabo de cavalo, se aproxima de Rin. – Se ponha em seu lugar, tábua!
- Estou no meu lugar. Mas parece que você não está no seu... – Diz Rin, friamente. – Bico de pato. – Ela zomba a garota, pelo seu queixo pontudo.
- DO QUE ME CHAMOU? – A garota levanta a mão para bater em Rin, porém, seu pulso é segurado.
- Estou interrompendo algo, damas? – Pergunta Len. Logo soltando o pulso da garota. – Acho melhor irem.
As quatro se afastam, por culpa da presença de Len, e correm para longe.
- Está bem, Rin-hime? – Pergunta Len, com um sorriso.
- Está atrasado. – Resmunga, com o rosto um pouco corado.
- Desculpe, estava procurando algo para beber... Quer? – Ele oferece uma latinha de refrigerante de Cola para Rin, na qual aceita. Os dois se sentam, encostados na parede, enquanto tomam refrigerante.
- Estou pensando em entrar no clube de Arco e flecha. – Diz Len, puxando assunto. – E você, algo em mente?
- Se eu não entrar em um clube, terei de ir embora sozinha todos os dias?
- Pode me assistir, ora. – Ele da um gole no refrigerante. – Nenhum clube te chama atenção?
- Pensei em teatro, mas...
- Adoraria te ver atuando. – Ele sorri, e Rin fica avermelhada.
- Não confirmei nada, idiota. – Ela se irrita por estar tímida, e ele ri.
- Por que interesse em arco e flecha? – Pergunta Rin. Deitando a cabeça no ombro de Len.
- Hmm... Acho divertido. Quem sabe não compro um? Seria melhor para pegar bandidos. – Ele ri.
- Bandidos? Então o que falam sobre você, é verdade?
- Sobre perseguir bandidos? Sim. – Ele dá uma pausa. – As vezes eles tentam roubar a mim, ou aos meus tios. E também, se tentarem roubar alguém perto de mim, eu pego. Foi assim que conheci o Yuya-Kun
- Entendi, senhor herói. – Rin brinca.
- Por que não dá uma volta comigo, algum dia? Posso te mostrar lugares legais...
- Sim! – Os olhos de Rin brilham, pois ela não conhecia nada. Além do castelo, e um pouco do caminho até a escola. – Eu gostaria...
- Então iremos, um dia. – Len segura a mão esquerda de Rin. E sorri, entrelaçando seus dedos. – Te prometo. – Ela afirma com a cabeça, também sorrindo.
A confusão na cabeça dos dois, sobre o que seria certo ou errado, aumentava cada dia mais. Fazendo-os se aproximarem mais um do outro, mesmo sem saber qual escolha seria a certa. Resistir ao sentimento que ardia no peito dos dois, desde pequenos. Ou se entregar a ele?
Depois do fim das aulas, Len vai até o clube de arco e flecha, com Rin. E tem sua primeira aula prática com Yuya, e outros três garotos do clube, tendo apenas Rin como plateia. Ao final das atividades, Len vai para o vestiário, trocar suas roupas e guardar o arco. 
- Len, está vestido? – Pergunta Rin. Com medo de entrar.
- Sim. Pode entrar. – Responde Len.
- Eu perguntei se estava vestido, idiota! – Ela entra no vestiário e avista Len ainda sem camisa. O que a faz tampar o rosto com as mãos.
- Parece que nunca me viu sem camisa. – Ele ri, e põe a camisa de seu uniforme. – Pode olhar, boba. – Diz ele, enquanto a abotoava.
Rin tira as mãos do rosto, ainda com este vermelho.
- Por que está vermelha? – Ele brinca, puxando suas duas bochechas com as mãos. Fazendo-a empurrar seus braços.
- Idiota. – Diz Rin, ao conseguir se soltar dele.
- Se algum dia não me chamar assim, não será você. – Len sorri e caminha até a saída do vestiário, mas Rin segura sua roupa, fazendo-o parar. – O que foi?
- Mamãe disse hoje de manhã que já escolheu alguém... – Ela dá uma pausa, e o silêncio toma conta de Len. – Me encontrarei com ele no fim de semana.
Os dois permanecem parados, do mesmo jeito.
- Entendo. – Ele responde, apenas pra quebrar o silêncio.
- Eu não quero! – Afirma Rin, saltando em Len, dando-o um abraço com sua cabeça encostada em suas costas. – Não se importa de me ver com outro cara?
- Não disse que não me importo. – Diz Len, com sua voz em um tom sério.
- Então faça algo! – Rin dá leves socos nas costas de Len, deixando lágrimas caírem de seus olhos.
Len se vira, e segura as mãos de Rin, empurrando-a contra a parede.
- Nunca pense que não me importo com você. Boba. – Ele sorri, ainda a pressionando contra a parede, enquanto segura seus braços.
- Não quero qualquer um... – Resmunga Rin, com o rosto avermelhado.
- Quem você quer? – Ele pergunta em um sussurro.
Com seus corações palpitando em sintonias iguais, os gêmeos encaravam um ao outro, tentando encontrar uma resposta para seus sentimentos.
- Eu quero... – Rin dá uma pausa. Fazendo o coração de Len parar por um segundo. – Você.
Já sabendo que essa seria a resposta, ele suspira. Soltando os braços de Rin, mas continuando com seu rosto bem próximo ao dela.
- Somos irmãos. – Ele afirma, encostando suas testas.
- Não me importo. – Rin não se importava com o resto do mundo, ela apenas queria acalmar essa turbulência em seu coração, chamada amor. – Não me importo com ninguém, além de você!
- Acho que não ouvirei isso de novo, nunca mais... – Len brinca, por causa da frieza que Rin o trata na maioria das vezes.
- Isso não é hora de brincar, idiota.
- Me chame de idiota mais uma vez, e verá o que acontece... – Ele brinca de novo. Enquanto acaricia seu rosto.
- Idio- - Rin é interrompida com um selinho de Len. – -ta – Ela termina a palavra. Sendo beijada novamente, porém dessa vez, com a língua. Sendo esse, o primeiro beijo dos dois.
Depois de alguns segundos, seus lábios se afastam novamente. Os dois sorriem, e Len junta seus narizes, dando um beijo de esquimó.
- Não permitirei que ninguém mais a beije. – Diz Len, e Rin abre um largo sorriso. – Isso é uma promessa, Rin-hime.
Len a beija novamente.