Violetas, Jasmins e Orquídeas do jardim do Theo Santini,
Minhas primaveris saudações.
Ainda contagiada pela energia da estação das flores, apresento à vocês o capítulo Bônus, com Sebastian Donavan e Rafaela Cavalhero!
Apreciem sem moderação.
Beijos perfumados!
Nina Reis <3
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O cheiro de terra, insumos e flores reinava absoluto no ar.
A iluminação na medida certa, com a temperatura e a umidade controlada, criava um ambiente agradável aos sentidos. O colorido das flores e plantas inundava a visão de quem entrasse naquele espaço. A energia vibrante e alegre do lugar a encantava sempre que conseguia um tempo longe da infindável e inimaginável quantidade de documentos e papelada bancária necessária para administrar a floricultura.
Música clássica ecoava das caixas acústicas estrategicamente espalhadas, completando o ar quase místico do ambiente.
Rafaela inspirou profundamente e contemplou toda a extensão da estufa.
Os aromas das diversas espécies de flores invadiram seu olfato. O mar multicolorido sobre as longas “mesas” de trabalho, mais uma vez lhe deu às boas-vindas, como uma carícia em seu dolorido coração.
Não desejava estar em outro lugar naquela manhã solitária de domingo. Pensou.
Sorriu para si mesma ao recordar a loucura que foram os meses da reforma, na qual transformaram a parte de trás do imóvel, no qual estava instalada a floricultura e onde funcionava o estoque e o que Maria Flor chamava de incubadora, em uma moderna e bem equipada estufa.
Durante anos a amiga economizara para a obra e mesmo assim, ainda teria que pedir um empréstimo bancário. Fora a oportunidade perfeita para fazer a proposta de sociedade. Maria Flor não titubeou em aceita-la como sócia. O difícil fora convencê-la a aceitar seu dinheiro. Mas no fim, seus argumentos venceram, afinal, eram sensatos.
Os meses seguintes foram uma loucura total. Para liberar a construção da estufa, os órgãos competentes exigiam que a obra fosse acompanhada por um engenheiro e um arquiteto, fora o empreiteiro e pedreiros e todo o pessoal especializado em construção e climatização de estufas.
Um riso divertido escapou de seus lábios ao recordar algumas ocasiões bem loucas. Atender ligações de clientes, ou mesmo atende-los no balcão da floricultura com uma obra a todo vapor acontecendo atrás de uma das paredes, foi um desafio e tanto. Quando a poeira da obra prejudicou as flores, Maria Flor quase teve uma síncope.
A amiga não ficara brava com os profissionais, até mesmo porque eles estavam fazendo o trabalho para o qual foram contratados. Mas ao perceber que suas flores estavam sofrendo, Maria Flor tivera uma reação que a fizera lembrar a crise de meses antes, quando a amiga descobrira a traição do “Cássio Protozoário”, o namorado mequetrefe, com a vizinha periguete.
- Que Deus o tenha! – resmungou com uma expressão fúnebre em sua face, apesar do sujeito continuar bem vivo. Pelos menos essa era a notícia que tivera tempos atrás.
Agradecia aos céus o fato do homem ter desaparecido da vida da amiga. Conhecer Miguel Medeiros Lins e Silva fora o que de melhor acontecera à florista.
Não entendia o porquê de Maria Flor adiar o casamento. Miguel era louco por ela. A hesitação da mulher o estava incomodando. Em alguns momentos Rafaela poderia jurar que o homem estava meio desesperado.
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DEGUSTAÇÃO - Meu Destino é Você
General FictionVocê acredita em amor à primeira vista? Ele não. Theodoro Santini, apesar de pertencer a uma família com uma confortável situação financeira, sempre apreciou as coisas simples da vida: família, amigos, uma cerveja gelada, sexo sem compromisso e suj...