É justo, é justo ...

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Pov Tiffany

08:01 – 01/02/2017 – Escola Secundária Kim Bong Woon

Caminhava para a escola com o meu guarda-chuva a abrigar-me do diluvio com uma mão e, com a outra, punha em torno do meu pescoço uma pink choker. A minha mommy proibiu-me de a usar porque, segundo ela, eu fico a parecer uma cadela. Mas quem lhe disse que eu não quero que me deem trela?

Ao abrigar-me por completo no telheiro da portaria, fecho o chapéu e abano-o com o objetivo de sacudir a água fora. Caminho até ao interior da escola e vejo o meu grupo de amigos no bar, sentados around a table with an empty chair mesmo à minha espera.

Tomo a sua posse, sentando-me e começo a dialogar com eles:

- Bom dia, meus caros camaradas! Como ides vós nesta resplandecente manhã?

- Pó caralho! – diz a Seohyun com os cornos enterrados na mochila. Oh, boy! She needs to sister sleep.

- Preparada para o teste de matemática, Tiff? – pergunta a Irene desinteressada while she textes to somebody. Provavelmente o primeiro gajo que ela vai afiambrar hoje.

Deve ser para afogar as mágoas depois do teste.

- Acho que sim, sei lá! Esta coisa de geometria no plano é meio confusa. – digo. Felizmente vim preparada. Para o teste trouxe: caneta, calculadora gráfica e muita vaselina, pois I’m really fucked on this one.

- Bem, o que vos parece a ideia de fazermos umas revisões para exclarecer as nossas dúvidas. – sugere o chinês. É uma ideia brilhante, indeed.

- Ótima ideia, Luhan. – a Jessica sorri, tirando o seu livro da mochila. – A mim parece-me justo.

- Pois é justo, é justo! É justo, mas alarga! – um orelhudo metediço diz ao caminhar na nossa direção com o seu grupo de pirosos maltrapilhos e rafeiros desprovidos de cérebro. Think I’ll start February with a fight.

- Como assim? O que é que alarga? – faço-me de sonsa na esperança de que eles se vão embora, mas se calhar só vai piorar. – Acho que não estou a perceber.

- É óbvio. – diz o anão de jardim cuja história de sábado na praça me chegou aos ouvidos e que me proporcionou umas boas gargalhadas. Luhan was on point. – Ele está a falar da vagina da Irene.

- Caralhos ma fodam … - diz a Seohyun ainda enterrada na mochila. – O que tinha de vir bater à minha porta a esta hora. ‘Das …

- Ai o meu canário … - protesta o Luhan. Ele farta-se bem depressa da conversa sobre a vida sexual da nossa amiga e, like, ele tem razão. Her pussy, her rules.

- De canário não sei se gostas, - o Kyungsoo ataca como o cão furtivo e raivoso que ele é – mas de periquita já vi que não és fã.

O Luhan bate na mesa e levanta-se very quickly, impulsionando a cadeira para trás.

- Olha, pintainho, podes crer que não sou fã de periquita. – ele aponta na cara do rapaz sem perder a calma. Este, por outro lado, arregala a vista e vê aquele dedo como a maior ofensa à face da Terra. What a dumbass. – E ainda te digo mais. Depois de ter conhecido a Débora, a badalhoca da tua namorada ou seja lá o que ela for, ainda fiquei menos interessado.

- Mais uma sobre a Débora e levas com esta mão. – ameaça o Kyungsoo ao erguer o seu punho.

- Antes uma punheta tua a ter que penetrar aquele cano de esgoto. – remata o Luhan. Incha, porca!

- Mas tu não estás já habituado a penetrar buracos cheios de merda? – o Baekhyun lembra-se que tem de falar da vida sexual do Luhan.

Well, eu sempre ouvi dizer que quando não temos vida falamos da dos outros, então eu até entendo o lado dele.

Controvérsias RuraisOnde histórias criam vida. Descubra agora