Primeira Vez No Balneário

174 13 33
                                    

17/01/2017 – 06:30h – HaHoe – Quinta Do Galope

Pov Lu Han

Sou vilmente acordado pelo som infernal que o meu despertador faz. Ainda coberto por quatro camadas de roupa de cama, solto um grunhido abafado nas almofadas. Este teve origem na falta de vontade de ir prá merda daquela escola.

“O momento de ontem até que nem foi mau …”, penso eu ao lembrar-me dos momentos bons que passei com as meninas. A única coisa que eu dispensaria era ter que levar com a merda ambulante do Sehun no castigo.

Aquela besta quadrada começou logo a mandar bocas bué estupidas e nojentas. “Não te chega só uma, tens que comer logo as quatro”, lembro-me do que ele disse ao lavar a minha cara. “Como é que alguém tão giro pode ser tão estupido?”, penso ao escolher a roupa que eu usaria hoje.

Acho que é um bom dia para ir de preto. Também só vou ter duas disciplinas: biologia e …

Ah não! Caralhos me fodam, eu vou ter educação física. Que horror!

Continuo a preparar-me para as aulas e lamento-me a cada segundo por ir ter educação física. A sério, se não fosse por um desporto ou outro, eu até anulava essa merda agora que estou nesta escola. Mas é melhor não porque, se eu anulasse, teria que fazer exame.

Após estar completamente preparado, agarro na minha única mochila onde consegui colocar o material de biologia de forma a que não apanhasse água depois de eu tomar banho em Educação Física.

Saio do meu quarto e atravesso a escadaria de rompante. Vou dar à sala e passo por ela, desejando bom dia ao meu tio que estava no sofá. Ele retribui-me e eu logo adentro na cozinha onde já estava a minha mãe a tomar o seu pequeno-almoço.

- Bom dia, filhote! Preparado para mais um dia de escola? – fala a mulher de cabelos negros enquanto beberica o seu chá de tília.

- Não. Vai ser o primeiro dia em que eu tenho educação física.

- E daí? Tu até és bom no desporto! – observa a minha mãe, dando uma dentada numa torrada com doce de morango.

- Eu sei, mamã. Mas uma coisa é jogar na mesma equipa que os rapazes lá em Seoul. Eu aqui não conheço ninguém. – explico ao levar uma colher dos meus cereais à boca.

- Tu conheçes as tuas novas amigas … - a minha minha mãe lança para o ar ao pôr o último pedaço de pão na boca. Logo ela esfrega as mãos uma na outra de forma a sacudir os restos de pão que lá ficaram.

- Mas eu não sei se vou poder ficar na equipa delas. – digo, bebendo o leite que ficou na minha taça e levanto-me. – Quer dizer, eu nem sei se as equipas vão ser mistas. – e, dito isto, agarro na minha mala.

- Bem, tu logo vês isso, amor. – diz ela, tirando a mala das costas da cadeira e pendurando-a no seu ombro. – Vá, põe-te no carro.

Já estávamos à porta da escola e nós despedimo-nos com um beijo para depois eu sair do carro.

- Luhan! – mal fecho a porta daquele Land Rover, vejo a Irene a acenar-me do outro lado da rua à entrada do portão da escola. Vou de encoontro a ela e cumprimento-a com um abraço. – Aquele carrão é teu?

- Da minha mãe, sim. – corrijo.

- É bué bonito! Nunca vi um jipe tão bonito na minha vida! – diz ela com os olhos a brilhar.

Controvérsias RuraisOnde histórias criam vida. Descubra agora