Mas Que Peixeirada É Esta?

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Pov Lu Han

06:08h – 27/01/2017 – HaHoe – Quinta Do Galope

- Ai, Lay, tu não tens noção! Esta semana foi uma merda autêntica! – digo com os cornos enfiados no meio das almofadas no estilo de uma avestruz para o chinês que estava do outro lado da linha.

- Não achas que estás a exagerar só um pouquinho? – o meu melhor amigo é a pessoa mais zen que existe à face da Terra.

E isso irrita-me profundamente.

- Não! Juro-te! Desde que eles descobriram para que lado é que eu dou que andam a fazer a minha vida num inferno. – Queixo-me alto e bom som, tirando os cornos da palha. – Vê lá tu que ontem eles foram encher uma carrada de preservativos como se fossem balões e meteram-nos no meu cacifo.

- Porra! Isso é mesmo estupido! Que idiotas! – o meu amigo que é muito zen, mas nem tanto, barafusta indignado com tal ação.

- Eu sei! Ainda bem que é fim de semana e que só vou ficar na quinta. – digo aliviado. Oxalá nada corra mal mesmo.

- Eu ia sair com a malta. Só estou a ganhar coragem para me meter debaixo das Cataratas do Niágara que são os chuveiros cá de casa desde que o esquentador deu o peido mestre. – informa o rapaz de cabelos negros os quais eu sinto imensa falta.

- Está bem. Não te quero empatar mais. Vai lá. Xau. – Despeço-me do meu camarada e sento-me, encostando-me à cabeceira e ainda coberto pelos lençóis e pelo edredom.

- Adeus, Luhan. Adoro-te! – diz ele e encerra a ligação antes que eu lhe possa responder.

No momento em que pouso o telemóvel na cabeceira, o meu tio invade o meu quarto (merda, esqueci-me de trancar a porta …) num espalhafato total, vai-se aos lençóis e arranca-os sem qualquer dó nem pudor. Eu rapidamente me cubro com uma almofada pois dormi sem qualquer peça de roupa íntima que me tapasse como é hábito meu.

- Opa! Tavas com calor, miúdo. – ele diz sem qualquer pudor e isso faz-me corar. Eu sinto o meu rosto a aquecer por completo. Que bela merda! – Hey, hey, hey! Não precisas de ficar com vergonha. É normal. Eu também já apanhei imensas vezes o teu primo a fazer trabalhos manuais.

Se eu já estava vermelho antes, agora deito-me na horta e confundem-me com um dos tomates que estão a ser cultivados. Este homem tem um à vontade abissal e, ainda por cima, é bom como o milho. A mulher dele foi bem estúpida por lhe ter posto as malas à porta. Eu não punha.

- Eu vou-me vestir. – balbucio enquanto me dirijo ao armário. Mano, eu nunca tive tanta vontade de ficar no armário.

- Não precisas de ter vergonha aqui com o teu tio, rapaz! – ele pronuncia-se espevitadamente e, quando eu me levanto, dá-me uma palmadinha no meu rabo despido.

Isso fez-me lembrar do nojento do Sehun, mas com o meu tio foi mais por ser constrangedor. Com aquele monte de merda foi assustador e desconfortável para caralho.

Não que com o meu tio tenha sido confortável. Este homem é maluco e é ganda atirado. Mas não posso negar que até gosto deles assim. Pena que ele é hétero e irmão da minha mãe.

Bom, já estando no closet, tiro essas ideias incestuosas da cabeça e decido levar roupa bem básica já que certamente vou trabalhar no campo. Uma T-shirt branca, umas calças de ganga e umas all star azul-pálidas já gastas. Perfeito!

Uma vez trajado, após ter escolhido um par de boxers branco para combinar com a T-shirt, saio do armário e encontro o meu tio sentado na cama.

- Olha lá, ó rapazola. Tu devias vestir um casaco. – diz ele e eu expresso grande confusão de imediato. – É que, para onde vamos, vai estar frio certamente.

Controvérsias RuraisOnde histórias criam vida. Descubra agora