Uma Fantochada Em Três Atos

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Pov Chanyeol

15:10h – 01/02/2017 – HaHoe – Escola Secundária Kim Bong Woon

- Podemos começar os testes, meninos! Boa sorte que bem precisam. – o professor Leetuk dá-nos a indicação de que podemos começar a prova com a sua dose de humor de tio. Todos nós viramos a folha que ele previamente colocou em cada mesa da sala. Assim que começamos a olhar para o enunciado, certos alunos começam imediatamente a escrever os seus cálculos na folha de respostas.

Na primeira página vejo as cinco questões de escolha múltipla habituais, cada uma a valer 10 pontos. Respondo facilmente às três primeiras e, nas duas últimas, encontro-me um pouco aflito. Devido ao meu estado de atrofiamento, acabo por responder ao acaso a esses dois itens.

No meio de tudo isso, demorei vinte minutos a responder à escolha múltipla, sendo que tenho apenas outros setenta para acabar a prova. Tenho que me apressar.

Ao começar o segundo grupo, deparo-me com um exercício de lógica. Uma coisa simples que eu levo cinco minutos a fazer. Entretanto, o meu olhar desvia para a secretária de Sehun que só naquele momento estava a virar a página para começar o segundo grupo.

- Foda-se! Qu’esta merda? – questiona ele após ficar três minutos a olhar para o enunciado. – Quando é que nós demos isto?

- Pst! Sehun! – sussurro na tentativa de chamar a sua atenção, fazendo-o olhar para mim com uma expressão atrapalhada. – Precisas de ajuda?

- Só quero que me digas a escolha múltipla. – murmura ele em resposta. Passaram trinta minutos e ele nem fez a escolha múltipla? Puta que pariu!

- Bê, cê, dê, à, cê! – sussurro.

- Obrigado! - ele agradece e volta a atenção para o seu teste.

No segundo exercício, deparo-me com um binómio que tínhamos de reduzir através da regra de Laplace e depois calculá-lo através da fórmula resolvente. Era um exercício trabalhoso, mas consegui resolvê-lo e não demorei mais do que vinte minutos.

Cheguei ao primeiro exercício de geometria analítica no plano e já vi a minha nota ir pelo ralo. Nem pensar que eu vou conseguir resolver esta merda como deve de ser.

- Então, como foi o teste? – pergunta o Baekhyun no momento em que saímos da sala.

- Uma merda. – digo automaticamente. – Aquele teste está miserável.

- Ah, tá bem. Tu dizes sempre isso e safas-te sempre. – resmunga o Sehun que vem atrás de nós.

- Sim, mas desta vez eu tenho um dez ou menos. – Protesto. Sinto-me burro por não ter conseguido resolver algo tão simples.

- Eu arrisco-me a dizer que consigo chegar ao treze … - diz o Baek a medo. – E tu, Sehun?

- Se tudo o que eu estou seguro de que está certo o estiver de facto, tenho um cinco. – ele dá de ombros e senta-se a uma mesa no bar.

- Foda-se! Estás mesmo mal. – lamento, ao afagar-lhe o antebraço.

- Ai, meninas, e esse teste? – pergunta a porquitchona da Irene numa mesa à nossa frente.

- Horrível! Eu vou ter a miséria de um catorze. – protesta a Tiffany.

Controvérsias RuraisOnde histórias criam vida. Descubra agora