Capítulo 10-Tenth

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E ai, galera? Sentiram minha falta? Eu demoro muito, não é? Mais não se preocupem, assim que eu terminar Linha Reta, essa fic começará a ter att semanalmente, ok? Só tenham paciência, eu tenho que seguir um cronograma. Enfim, fiquem com mais esse capitulo, que ele está bem recheado.

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Lauren Jauregui P.O.V


Andar com Camila ao meu lado é como se sentir em uma passarela, onde você está sendo avaliada por vários juízes e fotógrafos tirando foto sua. Só que no lugar dos juízes e dos fotógrafos, estavam as pessoas comuns que ficavam acompanhando cada passo que Camila e eu dávamos. Agora não entendo o porquê. Não sei se é porque estamos andando de braço dado ou pelas tatuagens da Camila ou pelas minhas roupas ou por Camila ser cega, e por último, por acharem que somos lésbicas. 

Só de imaginar que todas essas situações fazem parte da rotina diária de algumas pessoas me traz uma repulsa enorme, agora saber que eu sou o alvo dessas situações me traz magoa, porque infelizmente, não podemos ser feliz em ser diferente na sociedade. Eu sempre sofri por ter engravidado cedo, por onde eu ando com meu filho me perguntam se ele é meu irmão ou sobrinho, mas quando digo que é meu filho as caras mudam as pessoas somem e mudam o jeito de agir comigo. Isso é tão desanimador, você se sente a pior pessoa do mundo, apenas por ter esquecido de tomar anticoncepcional.

Eu não quis, eu não escolhi ter um filho aos 17 anos, apenas aconteceu. Da mesma forma que você não escolhe se apaixonar por alguém ou você não escolhe nascer com deficiência ou diferente como a Camila, que nasceu intersexual. Poxa! É difícil entender que a gente não escolhe? Em pleno seculo XXI? Isso é patético!

— Lauren?- Escuto a voz da Camila, me despertando dos meus pensamentos.— Você está apertando meu braço.- Olho para baixo e vejo minhas unhas enfiadas no braço dela, colocando uma força razoável. Rapidamente afrouxo o aperto e ela suspira aliviada.

— Oh meu Deus! Desculpe-me, eu estava distraída pensando em algo que foi apenas um reflexo aperta seu braço.- Me desesperei a esfregar o braço dela, para fazer passar a dor e a desmanchar marca da minha unha.  

Me senti tão culpada, ficou uma marca bem funda no braço dela, que mesmo coberto pela tatuagem, dava para ver o estrago que minha unha fez. E adivinha o que ela fez? Camila riu! Ela simplesmente..riu do meu desespero. 

— Calma, Lo. Está tudo bem!! Nem doeu muito.- Ela falou não demostrando se importar pelo o que eu fiz.

Ela tentava me tranquilizar, mas não conseguiu, pois na minha mente só rodava o quanto eu sou burra de ter a machucado, logo no meu primeiro dia de trabalho eu faço isso com ela, e como eu vou fazer no restante? Jogar ela enfrente ao semáforo? É bem capaz, já que eu sou bem atrapalhada. Argh, que droga!!

— Ei, estou sentindo falta de alguém.- Franzi meu cenho e a encarei. Ainda andávamos em direção ao local que eu iria leva-la.— Cadê seu filho?- Me surpreendi com sua pergunta. Não era todas as pessoas que se importavam, mas ela parecia se importa e isso me trouxe uma sensação enorme de alivio.

Fiquei observando o perfil dela, tão linda. Me impressiona como ela consegue ser tão gentil, são poucas as pessoas com quem andei que se importam com o Josh. Não que eu veja Camila com um das minhas paixonites, só estou explicando que ela é diferente.

— Ele ficou em casa com a Rachel. Achei que seria melhor, ele nos iria atrapalhar.- Comentei e me assustei quando Camila pestanejou alto.

— Que é isso Lauren? Seu filho nunca seria um empecilho, você estaria fazendo até um favor para mim, pois adorei a companhia dele. Agora me senti culpada, sábado é o único dia que você passa o dia com ele.- Olhei perplexa para ela.

Moonlight SonataOnde histórias criam vida. Descubra agora