...Terminamos o beijo com selinhos e um silêncio constrangedor, até que ele abre a boca pra falar...
- Cara, tu beija bem de mais. Mas não sei porque fiz isso - falou - eu queria ir com calma e te conquistar com jeitinho.
- Deve ser o álcool comandando suas vontades - respondi - agora vamos esquecer o que aconteceu aqui, por hora, e vamos continuar curtindo. Amanhã a gente conversa sobre isso.
- Okay - disse.
Saímos do banheiro e fomos beber mais e eu fui pra pista novamente. Quando sinto alguém me agarrando por trás e dançando comigo, penso logo que é Wil e quando me viro para dançar de frente me assusto com um sorriso lindo/irritante que conheço muito bem.
- Giuliano? Deu pra me seguir agora?
- Claro que não, vim curtir a noite com uns amigos, te vi aqui dançando sozinho e resolvi vir aqui te dar um "oi" - respondeu bem próximo ao meu ouvido.
Eu sei que estávamos na pista de dança, mas não tinha necessidade dessa proximidade excessiva que ele estava fazendo questão de ter.
- Oi! Pronto, seu "oi" foi dado e respondido. Agora, volte pros seus "amigos" - fiz aspas com a mão - e me deixe curtir minha noite em paz com meu amigo.
- Cadê esse tal amigo que não estou vendo? - Perguntou.
- Ele está aqui - respondeu Wil que surgiu do nada atrás de Giuliano - e não está gostando nada desse agarramento que está rolando entre vocês dois.
- Se ele não está gostando, deveria virar o rosto pra não ver - disse Giuliano cinicamente.
- Talvez ele deva virar o SEU rosto pra você aprender a não mexer com o que é dos outros - falou isso é me pegou pelo braço me arrastando até o caixa pra pagar e depois saindo comigo da boate.
Quando entramos no carro ele já veio com o interrogatório:
- Quem era aquele otário? O que ele queria? E por que ele estava agarrado com você?
Respirei fundo e respondi com os olhos fechados e a cabeça encostada no banco.
- Giuliano Garibaldi, meu irmão de criação/ex-namorado; Ele queria conversar; E estava agarrado porque, não sei o porquê dele estar agarrado -respondi tudo calmamente e completei - Agora podemos ir? Tô cansadão.
Ele acariciou minha bochecha com seus dedos, chegou perto e me puxou o restante que faltava para colar nossos lábios em um selinho demorado.
- Agora podemos - respondeu ele com um sorrisinho no rosto.
Fomos o caminho todo ouvindo músicas do pendrive dele e cantando junto, até que começa a tocar "Need You Now" de Lady Anthebelum e eu começo a cantar desde o começo, mas quando chega a parte masculina ele começa a cantar para mim e ficamos fazendo um dueto, ou melhor, conversando através da letra...
"It's a quarter after one
I'm a little drunk and I need you now
I said I woldn't call
But I lost all control and I need you now
And I don't know how
I can't do without
I just need you now"
Depois dessa cantoria toda foi minha vez de puxá-lo para um selinho. Nunca achei que selinho fosse considerado beijo, mas os de Wil eram maravilhosos e a cada toque nosso eu sentia como se aquele desejo que senti no primeiro dia da faculdade voltasse um pouco mais.
Depois disso a gente foi ouvindo músicas ainda até chegarmos em minha casa.
- Cara dorme aqui? Amanhã a gente tem que fazer aquele trabalho da faculdade - falei.
- E ter aquela conversa também - completou ele.
- Também, mas só amanhã - falei.
Entramos e fomos logo tomar um banho e procurar algo pra comer - depois de beber e depois do sexo tenho uma fome sinistra - fiz um sanduíche para cada um de nós e o Wil fez o suco, comemos e fomos deitar.
Todas as vezes que ele dormia aqui em casa, dormia na minha cama porque é Kingsize - gosto de coisa grande.
Eu fiquei com minha roupa de dormir - cueca - e ele dormiu com um short de pijama que ele já tinha deixado lá em casa para o caso de dormir lá e não ter o que usar. Conversamos um pouco sobre o trabalho que faremos e, eventualmente, pegamos no sono.
Acordei no dia seguinte com a garganta seca, parecia de 700 híbridos de camelos com cactos do deserto do Saara depois de 10 meses sem água e corri pra cozinha - depois de minha higienização matinal, claro - bebi muita água e fiz um sanduba esperto pra mim e outro pro Wil, pois sabia que ele acordaria em pouco tempo. Quando estou acabando de comer ouço uma voz vinda da porta.
- Bom dia, to destruído - dizia Wil com uma mão na cabeça.
- Bom dia pinguço - falei rindo - fiz um sanduba pra você.
- Po, valeu.
Depois que comemos fomos pra sala ver o filme que estava passado, afinal, já passavam das 16:00. Quando ele me olha e fala.
- Podemos ter aquela conversa agora? - perguntou sério.
CONTINUA...
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Decisões
RomanceÀs vezes a gente tem que decidir o que é melhor pra nossa vida. Conheçam a vida de Danilo, um jovem que encontra amizade e, talvez, um amor.