VI - Decisão tomada.

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Uma semana se passou e eu me via cada vez mais afim de Wilson, mas Giuliano não dava trégua, estava sempre tentando acabar com meu quase-namoro.

Uma coisa boa, minha irmãe voltaria hoje e eu poderia pedir conselhos.

Fiquei o dia inteiro em casa e, por incrível que pareça, nenhum dos dois deu sinal de vida. Então, quando estava se aproximando a hora de ir pra faculdade fui me arrumar e depois parti - de ônibus porque nenhum táxi passou antes.

Cheguei na faculdade e uma pessoa veio logo falar comigo.

- O que? Danilo Carvalhaes andando sem seu guarda-costas? Vai chover - disse Pamela.

- Sua quenga. Por onde você andou esse tempo todo? - Perguntei.

- Tava viajando amigo.

Deixe-me explicar: Pamela é minha BFF, ela foi a primeira pessoa que beijei, a primeira pessoa que soube quando fiquei com um menino - que foi um primo dela - e ela foi minha primeira na cama. Temos muita história juntos, mas hoje em dia é só amizade.

- Você viajou quase dois semestres inteiros?

- Mais ou menos isso - falou rindo.

- Mas como você sabe que só ando acompanhando? - Perguntei.

- Bastou perguntar por Danilo Carvalhaes que o nome Wilson Baldini veio à tona. Quero todos os detalhes sórdidos - falou.

- Dorme lá em casa hoje que eu te atualizo.

- Com toda a certeza do mundo eu dormirei.

- Agora deixa eu ir pra minha sala porque você é rica e está com a vida ganha. - Falei.

- Olha quem fala, você é três vezes mais rico que eu. - Respondeu.

- Eu não sou rico, minha mãe que tem uma condição melhor. - Falei.

- Todo rico fala isso. - Falou rindo e depois foi.

Fui pra sala e fiquei esperando o povo chegar e a aula começar. Enquanto isso não acontecia, aproveitei pra ligar pro Wil. Chamou até cair na caixa de mensagens, aí meu sangue deu uma fervida.

- Quem esse cara pensa que é pra não me atender? - Falei sozinho.

Liguei de novo, e de novo, e de novo. Até ele me atender eu não desistiria. Na décima chamada ele me atende.

- Alô

- Por que você ainda não está aqui?

- To com preguiça.

- Trate de vir pra cá, ta rolando um trabalho valendo ponto extra. - Menti.

- Opa, to indo. Tchau.

- Até mais.

Eu sei que mentir é muito feio, mas eu queria o Wil perto de mim.

Não demorou muito e ele estava lá na sala com a cara de sono mais linda que poderia existir e quando me viu abriu um sorriso enorme que foi logo desaparecendo quando percebeu que não tinha trabalho nenhum.

- Cadê a droga do trabalho?

- Então, eu menti - falei me desculpando.

- Poxa Danilo, eu estou cansado e você me fez sair de casa à toa?

- À toa nada, te chamei pra dizer que aceito namorar com você.

- Serio? - perguntou todo bobo.

- Você acha que estou brincando?

- Caraca cara, por isso que te amo.

- Menos Wil, muito menos. - falei - Eu aceito namorar com você, mas com uma condição.

- Que condição? - perguntou.

- Que você não queira me tratar como uma princesinha ou como uma donzela em perigo porque não sou e nem pretendo ser Amélia.

- Amélia? - perguntou confuso.

- É, a do samba: "Amélia que era mulher de verdade"

- Aaaah ta, você é uma comédia. - falou rindo - Pode deixar que você não vai ser Amélia, prometo. Mas diz aê, quando será nosso primeiro sexo? - fez cara de safado.

- Nossa, quanto romantismo. - ironizei - Com um namorado romântico desse jeito não tem como não se sentir um prostituto. Mas respondendo sua pergunta: quando eu tiver vontade porque sou muito mau. - falei isso e automaticamente ri da cara que ele fez.

- Caraca mano, mal começamos a namorar e já estamos em greve de sexo? Meu Deus, que homem mandão o Senhor foi me arrumar. - falou isso olhando pro teto e depois olhando sério em minha direção me deixando curioso.

O olhar dele estava tão sério e tão fixo que decidi olhar pra trás e dar de cara com o professor em pé bem atrás de mim, com os braços cruzados e me olhando fixamente com cara de poucos amigos, ou melhor, amigo nenhum.

- Sr. Danilo Carvalhaes? - perguntou o professor.

- Sim?! - respondi.

- Poderia fazer um favor à turma e se retirar da sala para que eu possa continuar a dar minha aula em paz? - falou ele.

- Poderia sim, claro que poderia. - dei um sorriso meio sem graça, juntei minhas coisas e saí.

Era isso, minha cara estava queimando de vergonha e meu histórico de aluno exemplar manchado.

- Isso tudo é castigo por ter mentido. - falei baixinho.

- Concordo plenamente, certa vez um menino muito esperto e meio aboiolado me falou: "Mentir é feio, nunca faça isso". Uma pena que ele tenha feito isso agora. - disse Benicio.

CONTINUA...

Caraca depois de séculos finalmente estou de volta com mais um capítulo. Bom, eu tenho um amigo que lê esse conto e diz que ele é muito pornográfico (o que eu não acho) e que já passou do nivel de" 50 tons de cinza" , então eu decidi que vou demorar um pouco pra postar os capítulos porque eu vou reler e trocar algumas palavras mais pesadas.

Obrigado a todos que estão lendo, aos que me seguiram e ao que favoritou (luv yall)... Doug.

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