Mari.
O meu pai chamava-me Mari.
Era a única pessoa que me chamava Mari. É uma pena, pois eu adoro que me chamem Mari.
Sorri de forma assustada. Sorri pela parvoíce do meu pai, destino? Qual destino? O meu pai era a única coisa que me fazia sorrir desde os últimos 6 anos. Mas, ele parecia saber que aquela seria a ultima coisa que me ia dar.
Os meus pensamentos foram interrompidos pelo meu irmão que batia à porta.
Eu: O QUE FOI?
Andrew: Tens de cuidar de mim.
Eu: Por favor, tens 10 anos!
Andrew: A mãe mandou!
Eu: Quero lá saber do que a mãe manda, ou deixa de mandar.
Andrew: Ma-ri-ne.
Eu ignorei.
Andrew começou a tentar abrir a porta, mas esta estava tranca.
Andrew: Tens a porta trancada? Vou dizer à mãe! Deves estar a fazer porcaria, delinquente! É a única coisa que fazes.
Espera lá? Delinquente? Era o único nome que não aguentava que me chamassem. Podia até ser verdade, mas é tão mau! Só me apetece matar as pessoas que me chamam isso...
Aproximei-me da porta e destranquei-a devagar para que ele não reparasse e abri a bruscamente.
Ele começou a correr escadas abaixo, mas eu facilmente o apanhei, assim que chagamos ao andar de baixo. Atirei-o contra o chão, lancei para cima dele e comecei a esmurrar-lhe a cara. Ele tentava tirar-me de cima, mas não conseguia e gritava de dor. Posso ser rapariga, mas tenho muita força. A cara dele enchia-se de nódoas negras e feridas, e eu pretendia continuar.
E não ia mesmo parar, caso a minha mãe não me tivesse prendido os braços atrás das costas.
Eu: Mãe?
Mãe: AINDA BEM QUE ME ESQUECI DA CARTEIRA! O QUE PENSAS QUE ESTÁS A FAZER?
Eu: ELE CHAMOU ME DELINQUENTE. - ripostei
Ela olhou para o meu irmão que sangrava da cara e estava inconsciente no meio do chão da sala, largou os meus braços, empurrou-me para o lado e correu para ele.
Mãe: ANDREW! VOU TE LEVAR PARA O HOSPITAL!
Correu para a porta com o meu irmão ao colo e antes de sair disse com uma expressão aterrorizada: ÉS MESMO UMA DELINQUENTE, MARIANNE!
Dei um pontapé com força no sofá e dei um grito de dor.
Subi para o meu quarto. Peguei na chave que o meu pai me dera e gritei.
Eu: SE ESTIVESSES AQUI ERA TUDO TAO DIFERENTE!
Peguei numa tesoura e cortei um fio do cortinado branco que tapava a janela. Atravessei o fio por dentro da chave, pu-la ao pescoço e dei um nó.
A partir de agora, aquele era o meu colar da sorte.
Abri a janela e apoiando-me no parapeito e na parte de cima dela, subi até ao telhado que era daqueles bordô e inclinados, típicos das casas inglesas.
Encostei me à chaminé e vi que cada pessoa que passava olhava para mim com uma cara de quem diz: "Aquela deve ter problemas, o que é está ali a fazer?".
Nenhuma era da minha idade. Só havia velhos. Apetecia me gritar-lhes: Estão a olhar assim para mim porque? Também já sabem que sou delinquente?
***
A minha mãe entrou em casa com o meu irmão pela mão. Eu estava a jantar, mas eles não me dirigiram uma palavra. Assim que acabei fui para o meu quarto.
Quem precisa daqueles dois estúpidos?
Fui me deitar. Preciso de estar fresca para amanhã dar o meu melhor para ser expulsa. Quanto mais depressa o conseguir, mais depressa bazo desta terra de campónios.
------------------------------------------------
Olá! Amo-vos muito!
Se estão a gostar votem e partilhem!
Obrigada por lerem vocês são muito importantes.
Este capítulo é dedicado a: "marianayouandi" ela tem uma fic. Vou dedicar lhe o capítulo porque ela é muito importante para mim tal como o pai da Marianne é importante para ela...
Em relação ao capítulo:
Acham que a Marianne está arrependida?
O que será que vai acontecer no próximo capítulo? Não se esqueçam que é o primeiro dia de escola da Marianne!
Até lá! Beijos, directioners
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fury
FanfictionMarianne é uma rapariga fria que não se importa com ninguém. Mas até o coração mais frio de todos tem um lado doce. Para Marianne esse lado chama-se Louis. Louis Tomlinson. "A pessoa certa pode ser a melhor cura, a única e a certa."