5 - Delinquência? Sim e depois?

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Mari.

O meu pai chamava-me Mari.

Era a única pessoa que me chamava Mari. É uma pena, pois eu adoro que me chamem Mari.

Sorri de forma assustada. Sorri pela parvoíce do meu pai, destino? Qual destino? O meu pai era a única coisa que me fazia sorrir desde os últimos 6 anos. Mas, ele parecia saber que aquela seria a ultima coisa que me ia dar.

Os meus pensamentos foram interrompidos pelo meu irmão que batia à porta.

Eu: O QUE FOI?

Andrew: Tens de cuidar de mim.

Eu: Por favor, tens 10 anos!

Andrew: A mãe mandou!

Eu: Quero lá saber do que a mãe manda, ou deixa de mandar.

Andrew: Ma-ri-ne.

Eu ignorei.

Andrew começou a tentar abrir a porta, mas esta estava tranca.

Andrew: Tens a porta trancada? Vou dizer à mãe! Deves estar a fazer porcaria, delinquente! É a única coisa que fazes.

Espera lá? Delinquente? Era o único nome que não aguentava que me chamassem. Podia até ser verdade, mas é tão mau! Só me apetece matar as pessoas que me chamam isso...

Aproximei-me da porta e destranquei-a devagar para que ele não reparasse e abri a bruscamente.

Ele começou a correr escadas abaixo, mas eu facilmente o apanhei, assim que chagamos ao andar de baixo. Atirei-o contra o chão, lancei para cima dele e comecei a esmurrar-lhe a cara. Ele tentava tirar-me de cima, mas não conseguia e gritava de dor. Posso ser rapariga, mas tenho muita força. A cara dele enchia-se de nódoas negras e feridas, e eu pretendia continuar.

E não ia mesmo parar, caso a minha mãe não me tivesse prendido os braços atrás das costas.

Eu: Mãe?

Mãe: AINDA BEM QUE ME ESQUECI DA CARTEIRA! O QUE PENSAS QUE ESTÁS A FAZER?

Eu: ELE CHAMOU ME DELINQUENTE. - ripostei

Ela olhou para o meu irmão que sangrava da cara e estava inconsciente no meio do chão da sala, largou os meus braços, empurrou-me para o lado e correu para ele.

Mãe: ANDREW! VOU TE LEVAR PARA O HOSPITAL!

Correu para a porta com o meu irmão ao colo e antes de sair disse com uma expressão aterrorizada: ÉS MESMO UMA DELINQUENTE, MARIANNE!

Dei um pontapé com força no sofá e dei um grito de dor.

Subi para o meu quarto. Peguei na chave que o meu pai me dera e gritei.

Eu: SE ESTIVESSES AQUI ERA TUDO TAO DIFERENTE!

Peguei numa tesoura e cortei um fio do cortinado branco que tapava a janela. Atravessei o fio por dentro da chave, pu-la ao pescoço e dei um nó.

A partir de agora, aquele era o meu colar da sorte.

Abri a janela e apoiando-me no parapeito e na parte de cima dela, subi até ao telhado que era daqueles bordô e inclinados, típicos das casas inglesas.

Encostei me à chaminé e vi que cada pessoa que passava olhava para mim com uma cara de quem diz: "Aquela deve ter problemas, o que é está ali a fazer?".

Nenhuma era da minha idade. Só havia velhos. Apetecia me gritar-lhes: Estão a olhar assim para mim porque? Também já sabem que sou delinquente?

***

A minha mãe entrou em casa com o meu irmão pela mão. Eu estava a jantar, mas eles não me dirigiram uma palavra. Assim que acabei fui para o meu quarto.

Quem precisa daqueles dois estúpidos?

Fui me deitar. Preciso de estar fresca para amanhã dar o meu melhor para ser expulsa. Quanto mais depressa o conseguir, mais depressa bazo desta terra de campónios.

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Obrigada por lerem vocês são muito importantes.

Este capítulo é dedicado a: "marianayouandi" ela tem uma fic. Vou dedicar lhe o capítulo porque ela é muito importante para mim tal como o pai da Marianne é importante para ela...

Em relação ao capítulo:

Acham que a Marianne está arrependida?

O que será que vai acontecer no próximo capítulo? Não se esqueçam que é o primeiro dia de escola da Marianne!

Até lá! Beijos, directioners

FuryOnde histórias criam vida. Descubra agora